⇝ 𝒕𝒓𝒆𝒔

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Quando Charlene saiu do carro, ela não achou que queria que Draco fosse até seu apartamento.

Ela sabia que Max estava lá, ela sabia que ele iria surtar e pensar outra coisa quando Draco entrasse pela porta com ele. Eles estavam aqui em seu apartamento porque ele permitiu que ela pegasse algumas coisas se ele viesse – com ela – para levar de volta para sua casa. Ele não pretendia deixá-la ir tão cedo.

Na verdade, ele seria amaldiçoado se visse Charlene dizer uma palavra ao máximo sem que Draco pudesse ouvir. Ele a tiraria de seu apartamento e a trancaria por uma semana.

Enquanto eles subiam as escadas, ele não pôde evitar seus olhos vagando para o cabelo dela, e pensando em como seria se ele deslizasse a mão em seus cachos. Mas ele apenas soltou um suspiro, alcançando o último andar e seguindo-a até a última porta, observando-a puxar as chaves, destrancar a porta.

— Você se importa de ficar aqui? — ela quase sussurrou, mas não queria parecer tão fraca na frente dele. Concedido, seu corpo se sentia fraco em geral.

Ele balançou a cabeça. — Não. Ou eu vou com você, ou você não vai. — Draco examinou o rosto dela, observou sua hesitação em abrir a porta e cruzou os braços. — Ele traiu você de qualquer jeito.

— Eu sei que sim — foi a única coisa que ela disse enquanto abria a porta, Draco a seguindo para dentro.

Sem Max em seu apartamento, teria sido limpo. Draco poderia dizer pelo cheiro misturado com álcool que ela mantinha seu espaço limpo, mas por causa de Max e o quanto ele bebe, ele deixa suas garrafas em todos os lugares e basicamente destrói o lugar.

Os olhos de Draco se moveram para o sofá, observando o namorado dela inclinar a cabeça para trás em seu sono, e então ele viu Charlene levar um dedo aos lábios indicando que ele ficasse quieto.

Ele sorriu, puxou sua arma e atirou uma bala na parede.

Charlene pulou, observando-o com uma cara de nojo enquanto Max se virava no sofá, os olhos arregalados de choque e quando viu Charlene, ele sorriu um sorriso preguiçoso. — Ei, querida. Você me acordou?

Draco revirou os olhos, esperando conseguir uma reação maior dele. Ele caminhou até Charlene, colocou a mão nas costas dela gentilmente e a fez entrar no quarto.

— Apresse-se, eu tenho lugares para estar — ele fervia para ela, ignorando os gritos de Max e seus passos. Draco fechou a porta e a trancou.

Ela zombou, colocando algumas roupas em uma bolsa. — Oh, eu sinto muito que você decidiu me sequestrar

A arma dele estava deslizando em seu rosto em um instante, observando seu rosto se inflamar de raiva. Suas bochechas ficaram vermelhas, Draco se erguendo sobre ela com o rosto dela em seu peito de tão perto que ele estava.

Suas mãos vacilaram, deixando cair sua bolsa, e ele poderia jurar que quase gaguejou de quão perto eles estavam. — Cala a boca, Mave. Se ele te ouvir, o sangue dele está em suas mãos.

Ela deu a ele um olhar. — Tire sua arma da porra da minha cara. — Ela pegou sua bolsa. — Porque você não vai atirar em mim.

Sua boca se abriu, a arma vacilando enquanto ele a observava embalar mais de suas coisas. Pela primeira vez - ele não conseguiu responder.

Ele apenas a observou entrar no banheiro e saiu com uma roupa diferente. Ela usava uma saia preta e uma camisa cinza com uma jaqueta com zíper sobre os ombros. Sua respiração estava fodida.

— Estou pronta — ela afirmou, pegando sua bolsa e abrindo a porta.

Max ficou lá, batendo na porta anteriormente. — Que porra é essa, Charlene?! Você está transando com ele?

Ela balançou a cabeça. — Não.

— Ele viu você se trocar? — Max a apoiou em uma parede, os olhos de Charlene querendo lacrimejar. Ela ficou envergonhada por não se defender contra Max. — Você se trocou bem na frente dele?

— Max, pare–

— Eu tenho que fazer você gozar antes que você perceba–

O braço de Charlene foi puxado, puxando-a para longe do aperto de Max, e Draco a puxou para fora da porta, fechando-a com força. Ele não perdeu tempo em descer as escadas, ignorando o jeito que ele queria mergulhar o rosto de Max no chão e cuspir nele.

Charlene também não protestou – ela apenas desceu as escadas silenciosamente com ele até entrarem no carro. Ela deslizou para o banco do passageiro e puxou o cinto de segurança.

— Obrigada.

Ele zombou, acelerando na estrada. — Se você aprendesse um pouco de auto-respeito, não teria que me agradecer. — Ela baixou os olhos, sentindo-o afundar de volta em seu assento com um suspiro. — Você nem se importou quando eu disse que ele te traiu.

Ela deu de ombros. — Isso é porque eu sei. Ele me disse que eu não – o satisfaço. Então é normal que ele vá encontrar outras garotas que o satisfaçam.

Ele rolou a língua no interior de sua bochecha. — Você o satisfez o suficiente para ele engravidar você.

Sua cabeça estalou na dele, e ele engoliu o nó na garganta. — Como diabos você sabe disso?

Ele não respondeu, e toda a viagem até o hospital foi silenciosa.

Charlene enxugou as lágrimas do rosto, despedindo-se do pai.

Draco não estava muito feliz por estar aqui. Este era o lado que Harry possuía. Se Draco fosse pego aqui, especialmente com uma garota e sem seus homens, ele era um homem morto andando.

— Ok, podemos ir — Charlene sussurrou, Draco abrindo a porta para ela.

Quase imediatamente, ele bateu a porta. — Bruxa estúpida do caralho. — Ele amaldiçoou baixinho. — Você vai matar nós dois.

— Eu não-

— Dê-me sua jaqueta — ele ordenou a ela, observando seu rosto cair de confusão. — Mave, porra, dê para mim.

Ela fez o que lhe foi dito, tirando a jaqueta e ele a vestiu, surpreso com o quão bem ele se encaixava devido ao tamanho grande nela. Ele puxou o capô e abriu a porta, saindo enquanto agarrava o braço de Charlene com ele.

Ele olhou pelas janelas das portas de vaivém, viu Adrian Pucey flertando com uma enfermeira enquanto caminhavam e se virou para Charlene.

— Você está prestes a me odiar — ele disse a ela, mas sentou-se nas cadeiras de espera.

Ele observou a porta se abrir e puxou Charlene para seu colo, sua saia não fazendo muito sobre sua virilha. Um suspiro deixou seus lábios, sentindo-o inclinar a cabeça no ângulo certo para fazer parecer que eles estavam se beijando, a mão na cintura dela e a outra pegando a bunda dela em sua mão, apertando.

Porra, ela queria gritar com ele. Ela queria dizer a ele para deixá-la ir por causa de quão bom era para os dois.

Ele olhou em seus olhos. — Não se mova. Esperamos até que eles passem. Ele vê meu rosto e nós dois estamos mortos. Entendeu? — Draco mal movia os lábios, mas ela assentiu suavemente.

Adrian tomou seu tempo doce, falando com a enfermeira como se ele tivesse nascido para fazer isso. Draco estava ficando impaciente – ele precisava de Charlene fora dele agora. Ou ela sentiria algo debaixo dela que o envergonharia até o dia em que ele morresse.

Por um momento, ele pensou em empurrar seus lábios nos dela.

Mas ele não o fez.

Adrian passou por eles como se fossem um casal normal, e ele se levantou, agarrando suas coxas e depois a colocando no chão suavemente, ajeitando sua saia. — Desculpa aí. — Ele não estava arrependido. — Vamos lá.

𝑴𝒂𝒊𝒅 𝑶𝒇 𝑻𝒉𝒆 𝑴𝒂𝒇𝒊𝒂 {𝑫. 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚} +𝟏𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora