⇝ 𝒅𝒆𝒛

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Quando Charlene acordou, uma dor surda se instalou entre suas pernas.

Ela se sentou na cama, esfregou os olhos e sentiu como seu corpo relaxou. Ela dormiu como um bebê na noite passada, e então quando ela se lembrou do porquê, um pequeno rubor cobriu suas bochechas. Seus lábios carnudos se separaram, seus dedos finos percorrendo sua mandíbula, seu pescoço, sua clavícula.

E então ela ficou na frente do espelho, nua, vulnerável. Tinha visto todas as marcas que Draco havia deixado em seu corpo, tinha pressionado as pontas de seus dedos macios em um deles e estremeceu um pouco quando sentiu como se fosse um machucado antigo. Chupões, mordidas de amor, o toque de Draco – estava por todo o corpo dela agora.

E agora, aqui estava ela, planejando ficar em seu quarto porque agora, agora ela não sabia como agir. Agora ela nem sabia como estar no mesmo quarto que ele, porque a noite passada foi sexo que ela nunca sentiu antes. Era sexo puro e cru que ela nunca teve. Quando ela implorou para senti-lo, ela nunca tinha feito isso antes.

Com Max, ele sempre era preguiçoso nisso, nem mesmo se importando se ela terminasse.

Então agora, aqui ela estava deitada em sua cama, enrolada com o cobertor de elefante, apenas olhando pela janela.

— Sim, eu entendi. A maldita casa inteira ouviu você — Blaise e Astória repreenderam Draco enquanto ele se servia de uma xícara de café.

— Você poderia relaxar, porra? — Draco retrucou, misturando um cubo de açúcar em seu café preto. — Foi só – uma vez. Não vou deixar acontecer de novo.

Sem mencionar que ele já se sentia culpado por isso.

Charlene não estava fazendo nada com Theodore. Ela estava apenas cuidando de seus negócios. Ela estava apenas conversando com alguém e acabou de sair do chuveiro. Mas ele ainda queria que ela dissesse isso. Ele ainda queria que ela admitisse que ela não o tocou – e uma vez que ela o fez, todo o seu autocontrole voou pela janela.

E ele realmente não tinha considerado fazer sexo com ela – ele realmente não pensou em empurrá-la contra a parede e fodê-la até que ela esquecesse seu próprio nome. Mas então ela pediu para senti-lo, e novamente, ele perdeu seu autocontrole. Ele estava começando a pensar que o controle nunca estava lá em primeiro lugar.

Astória colocou seu bagel no chão, mastigando, engoliu e então disse: — Isso vai acabar mal, Draco. Você vai ter seu pequeno coração partido. Você não pode ficar com ela. Harry a vê em seus braços então.

— Foi apenas uma vez. Uma vez — ele esclareceu, vendo a porta da cozinha se abrir novamente, Mattheo entrando. — Só uma foda rápida. É isso.

— Oh — Mattheo sentou-se, segurando seus papéis na mão. — Estamos falando sobre a garota que você estava fodendo na noite passada?

Blaise bufou, esfregando os olhos. — Não qualquer garota. Charlene. Malfoy não conseguiu mantê-lo em suas calças.

O rosto de Mattheo de repente desapareceu do sorriso, revirando os olhos. — Você está pedindo para ser morto? Hein? Você é maluco? — Ele se levantou, batendo seus papéis na mesa. — Draco, você vai matar todos nós. Você não fode a esposa de outro homem–

Draco gemeu. — Jesus. Vocês são brutais.

— E como Haven se sente sobre isso? — Mattheo continuou: — Ela–

— Estou começando a pensar que ela adulterou suas memórias — Draco o cortou suavemente, tomando outro gole de seu café. — Algo em sua história não está somando.

— Mm — Mattheo murmurou, lutando contra a vontade de dar um tapa na cabeça de Draco. — Será que ela sabe? Ela se lembra de alguma coisa? Ela sabe onde estão suas memórias? — Quando Draco ficou em silêncio, Mattheo e Astória gemeram.

A cabeça de Astória bateu na mesa da cozinha. — Draco, fique longe dela. Pare de brincar com ela. Deixe-a ir. Deixe-a viver sua vida – deixe-a viver como era antes. Antes mesmo dela saber que você existia. Você ainda pode mantê-la fora da visão de Harry – mas você tem que deixá-la em paz. Você não acha que ela já passou por bastante?

— E se eu deixá-la ir — Draco jogou seu copo vazio na pia. —, e os policiais aparecerem, eu vou cortar a porra da sua garganta. A decisão é minha. Eu escolho quando ela sai. — Ele apertou a mandíbula, todo mundo ficou em silêncio. — Agora vá fazer as malas, nós partimos amanhã.

Draco coloca o buquê de rosas na mesa da biblioteca, procurando Charlene.

Ela não estava aqui, ele descobriu. Concedido, era no final da tarde, mas ele sabia que ela vem aqui a maior parte do dia, então ele pensou em encontrá-la aqui.

Embora não fosse pela razão que ele pretendia que fosse. Ele veio aqui para simplesmente contar a ela sobre quando ela pode sair – seus amigos entraram em sua cabeça. Ele já sabia que tocá-la era uma má ideia. Ele já sabia que ela nem fazia ideia de quem ela realmente era. Mas agora ele definitivamente sabia que deveria deixá-la em paz.

Mas quando Charlene entrou na biblioteca, seu corpo vestido com um moletom verde de grandes dimensões e calça de moletom preta, seu cabelo em uma presilha enquanto seus cachos mais curtos emolduravam seu rosto - tudo em seu corpo vacilou.

Assim como o dela.

Ela olhou duas vezes ao vê-lo, seus braços instantaneamente envolvendo-se. As mangas do moletom foram puxadas pelas palmas das mãos, sua respiração gaguejando. Charlene odiava confrontos, e agora, ela nem sabia como olhar para Draco sem ver o que eles faziam.

— Charlene.

Ela deu a ele um pequeno sorriso. — Draco.

Ele se levantou do sofá, observou seus olhos vagarem para as flores, suas sobrancelhas franzidas. Seus pés o levaram até ela, de pé sobre seu corpo, seu rosto agora olhando para cima para encontrar seus olhos.

Tão suavemente que ela mal podia sentir, ele pegou as costas de seus dedos e os deslizou por sua bochecha, sua pele florescendo como fogo por conta própria. — Quando todas essas rosas murcharem — Ele pegou um cacho em suas mãos, girou ao redor. —, e caírem do caule — Ele colocou o cacho atrás da orelha dela, observando seus cílios tremularem para ele, seus grandes olhos verdes observando cada movimento dele. —, então você pode sair.

Ela soltou um suspiro calmo e suave, sua boca caindo aberta. — Oh – hum, tudo bem.

— Entendeu? — Ele respirou, as mãos deixando seu rosto. — Se você os arrancar, eu corto seus dedos. Você espera que elas caiam. Você me entende?

Lentamente, ela assentiu, não pôde evitar que a observação sarcástica saísse de seus lábios. — Eu entendo. Mas você nunca faria isso comigo.

— Não aja como se ontem à noite significasse alguma coisa — ele disse a ela severamente, vendo seu rosto cair um pouco. — Porque não aconteceu. Apenas uma foda rápida. E isso nunca vai acontecer de novo–

Uma zombaria deixou seus lábios, sua boca se abrindo em choque. — Uma foda rápida? Você deve estar brincando. — Ele engoliu o nó na garganta, as bochechas dela ficando vermelhas devido ao constrangimento. — A última vez que verifiquei, uma foda rápida não envolvia deixar mais de 15 marcas no meu peito.

— Ok — ele retrucou para ela, observando seus olhos brilharem. Porra, ele queria se estrangular. — O que eu quis dizer é que foi apenas uma foda e nada mais.

Uma risada sem humor escapou de seus lábios, mas seu coração de repente estava cravado de agulhas. — Não, eu acho que você estava certo. Foi uma foda rápida. — Quando ela o empurrou, ele olhou para ela, os olhos dela o encarando. — E essa foda rápida, fez você gozar em cinco minutos. Lembre-se disso.

𝑴𝒂𝒊𝒅 𝑶𝒇 𝑻𝒉𝒆 𝑴𝒂𝒇𝒊𝒂 {𝑫. 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚} +𝟏𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora