⇝ 𝒖𝒎

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— Me–me desculpe, Sr. Malfoy, isso não vai acontecer de novo — Charlene se desculpou várias vezes, sentindo seu peito apertar enquanto ela continuava a pegar o copo.

Haven Riles, namorada de Draco Malfoy, tinha propositadamente jogado um copo da mesa, apenas para Charlene pegá-lo. Haven odiava Charlene. Ela a odiava com tudo o que ela tinha, porque Malfoy era dela, e não de Charlene. Ela queria esfregar na cara de Charlene, que ela sempre seria uma empregada e apenas uma empregada.

Theodore Nott e Blaise zabini estavam na ponta da mesa da sala de jantar, observando Charlene pegar os preços dos vidros com as mãos levemente trêmulas. Draco foi rude, ele foi duro. Isso ia tirar pelo menos 15 por cento de seu salário. Ele não gostava quando Charlene fazia besteira.

Theodore pousou a xícara, esfregando o rosto. — Isso não é justo, ela não deixou cair. Haven derrubou.

Ainda assim, Draco não disse nada e viu Charlene soltar um pequeno suspiro quando ela cortou o dedo.

— Não, e-eu derrubei — a voz de Charlene não ecoou pela sala, era muito pequena, mas Draco definitivamente a ouviu. — Eu deixei cair. Sinto muito, senhor.

A fúria queimou no peito de Charlene quando Haven começou a rir. Ela sempre tentou dizer a Haven que não queria nada com Draco, mas Haven simplesmente não queria.

De qualquer forma, Charlene não se impediu de dar uma olhada nele de vez em quando.

Ele era atraente, muito atraente. Ele a pagou muito bem, e ela teve sorte de ter esse emprego, mas ele a escolheu assim que ela entrou pela porta. Draco apenas a encarou quando ela entrou, a fez assinar seu nome, e desde então, ela teve o trabalho.

No momento em que ela terminou de varrer e limpar, ela começou a caminhar de volta para a cozinha para se preparar para o jantar. Ela lutou contra a vontade de chorar, mas lembrou que poderia fazer isso quando fosse para a cama.

Entre suas pernas doía. Ter um aborto a machucou mais do que qualquer coisa que ela já passou além de ver seu pai doente.

Ela foi aos médicos antes de vir trabalhar, eles removeram o que precisavam também, e ela chorou o tempo todo. Seu namorado, Max Tolen, nunca tentou consolá-la. Seus pais queriam filhos. Ele não se importava que ela o perdesse, ele estava com raiva por ela ter.

Ela tenta pensar que ele está apenas de luto pela perda de um filho. Ela não quer pensar que ele realmente não se importa.

— Por que você está andando assim?

Ela quase deixou cair o prato que estava carregando para a mesa de jantar quando Haven começou a falar novamente, suas pernas quase cedendo. Mas ela manteve os olhos baixos, murmurando. — Nada.

Pansy Parkinson e Astória Greengrass juntaram-se à mesa com Mattheo Riddle, são risadinhas ecoando pela sala. — O que tem para o jantar? Estou morrendo de fome — Astória falou, enviando um pequeno sorriso para Charlene. — Oi, Char.

— Oi — ela gentilmente sorriu de volta, colocando o prato na frente de todos.

Draco a olhou com cuidado, podia sentir o quão chateada ela estava. Normalmente, ela tinha um sorriso no rosto, e isso não era normal para Charlene não ser positiva. Concedido, ele provavelmente poderia dizer a Haven para deixá-la, mas isso resultaria em Haven gritando com ele, então ele apenas evitou toda a situação.

Ele a observou colocar o sal e os talheres, preparando a mesa para todos. — Potter ainda tem um dos meus carregamentos — Draco falou baixo, um arrepio percorrendo a espinha de Charlene. — Por que caralhos não está de volta em minhas mãos?

𝑴𝒂𝒊𝒅 𝑶𝒇 𝑻𝒉𝒆 𝑴𝒂𝒇𝒊𝒂 {𝑫. 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚} +𝟏𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora