⇝ 𝒗𝒊𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒄𝒊𝒏𝒄𝒐

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— Max! Mantenha suas vadias fora do meu apartamento!

Max apareceu na esquina, olhando para ver Charlene sentada no balcão. Ela estava tentando colorir uma imagem, mas quando uma garota começou a bater na porta para o máximo, ela quase perdeu a cabeça.

Draco estava fazendo compras, então Max estava fazendo companhia a ela, mas ela o expulsaria em um piscar de olhos se um de seus encontros de uma noite tentasse ameaçá-la mais uma vez. Especialmente com ela estando grávida de quatro meses agora.

— O que? — Max saiu de sua biblioteca e foi olhar pelo olho mágico da porta. — Ah.. uh. — Ele olhou de volta para Charlene, a preocupação estampada em seu rosto. — Você fica aqui. Eu cuido disso.

Charlene assentiu e o observou fechar a porta atrás de si. Ela se levantou da cadeira e percebeu que Max era burro, colocando o ouvido na porta e ouvindo silenciosamente a conversa deles.

— Você não está entendendo, Haven — A voz de Max vacilou, e o coração de Charlene bateu mais rápido. — Ela não sabe.

— Bem, ela precisa. Estou cansado disso, não durmo e não–

— Isso é culpa sua — Max deu de ombros. — Não é como se ela tivesse forçado você a dormir com Harry. Além disso... uh... caramba, isso é muito estranho.

— Apenas diga — Haven rosnou.

— Charlene está... grávida.

Silencioso, e então, Charlene jurou que seu coração inteiro foi arrancado de suas cordas.

— Eu pensei que Harry fez isso onde ela nunca engravidaria novamente depois de seu primeiro aborto?

O ar foi retirado de seus pulmões e suas pernas cederam. Parecia que algo estava preso em sua garganta e ela não conseguia respirar. A porta estava sendo aberta, e ela recuou, pegou uma faca do balcão e ofegou.

— Charlene–

Seus olhos lacrimejaram. — Afaste-se de mim.

Sua faca estava apontada para Max, Haven parado na porta. Ela estava tão, tão cansada de chorar. Mas suas mãos tremiam, e ela não podia deixar de pensar naquela sensação dolorosa que sentiu quando perdeu seu primeiro bebê.

Seu lábio inferior tremeu, e agora, quase todo o seu corpo estava tremendo. — Quem é você?

Era uma pergunta tão simples se tivesse sido feita a alguém que ela acabara de conhecer, mas Max, ela conhecia há quase sete anos. E, no entanto, agora, parece que ele é um completo estranho para ela.

Ele deu um passo à frente, estendendo as mãos. — Charlene, abaixe a faca.

Ela balançou a cabeça, lágrimas escorrendo pelo rosto. — Você – você sabia... — Um soluço veio de seus lábios, segurando a faca com mais força. — Você sabia porque eu perdi meu bebê! E você não fez nada além de perguntar se eu queria 'fazer' um novo!

Max engoliu em seco. — Eu estava–

— Charlene? — A voz de Draco soou em seus ouvidos, e ela começou a chorar ainda mais. — O que diabos aconteceu?

Ela engasgou com a respiração. — Diga-me o que está acontecendo! Diga-me, por favor, apenas seja honesto comigo. Só uma vez. Me responda uma pergunta.

Max assentiu, e Draco franziu as sobrancelhas, observando-a segurar a faca em suas mãos e chorar por um momento.

Então, tão baixinho que ele mal podia ouvir, ela perguntou: — Eu vou perder este bebê também?

O coração de Draco se partiu em pedaços, e ele tirou a faca da mão de Charlene com facilidade, as mãos dela muito ocupadas tremendo. — Saiam, Max. Vocês dois. Saiam.

— Eu não sei — foi a única resposta que Max pôde dar a ela, e ela jurou que sentiu seu coração ser apertado. — Tchau, Charlene.

A porta se fechou, e Draco puxou Charlene para seu colo, embalando-a até que ele pudesse segurá-la e ficar de pé com ela em seus braços.

— Eu vou te levar para algum lugar, ok? — Ele beijou sua testa suavemente.

— Draco — ela agarrou sua camisa enquanto ele saía de seu apartamento. — Eu vou perder este bebê. Eu sinto – sinto muito. Eu não serei capaz de–

— Charlene — ele a cortou suavemente. — Por favor, deixe-me explicar tudo para você antes que você coloque as coisas na sua cabeça.

Seus olhos se arregalaram, e assim, ela estava em pânico novamente. — Você sabia também?! Estão falando SÉRIO?!

— Não – amor, pare — ele tentou segurá-la sem machucá-la, mas ela estava dificultando. — Pare, Charlene.

Ela respirou fundo. — Você também é uma porra de um estranho. Eu não conheço você. Não conheço ninguém ao meu redor–

Eles estavam do lado de fora agora, e eram quase 8 horas, o que significava que estava quase escuro. Suas mãos estavam em seus antebraços para mantê-la com ele.

— Não diga isso–

— Eu estou dizendo isso! — Isso explodiu dela como raiva, empurrando Draco para trás. — Eu não conheço ninguém! Eu sou deixada no escuro, o tempo todo, PORRA! Eu nem sei mais o que está acontecendo.

— Charlene, eu só preciso que você me escute — Draco implorou suavemente. — Por favor. Apenas deixe-me explicar tudo para você.

A viagem inteira de carro foi silenciosa, cheia da respiração de Charlene enquanto ela adormecia contra a janela.

Assim que Draco parou, ele acenou para Mattheo que o cumprimentou com um sorriso. Ele saiu do carro e abriu a porta de Charlene, pegando-a nos braços.

Ela acordou um instante, agarrando sua camisa novamente. Seus olhos tremeram, e ela zombou quando viu Draco olhando para ela.

— Me trouxe aqui para me matar, não é? — A voz dela estava vazia de qualquer emoção, e isso preocupou Draco.

— Pare.

Ele a deixou andar o resto do caminho, pegando a mão dela enquanto caminhava para lhe mostrar o caminho. Mattheo estava na entrada do armazém e ia dar um abraço em Charlene, mas seus olhos quase saltaram quando viu a barriguinha dela.

— Puta merda, eu esqueci que Draco nos disse que você estava grávida — ele sorriu para ela, e então foi abraçá-la, mas ela deu um passo para trás, uma expressão vazia no rosto. — Charlene? Sou só eu. O que há de errado?

Draco viu os olhos dela lacrimejando, e ela apenas balançou a cabeça. Mas ele não podia culpá-la, tudo o que ela estava pensando agora era que toda a sua vida era uma mentira para ela.

E era.

Matteo abriu a porta mesmo assim, e então Draco guiou Charlene para dentro do prédio, Homens estavam por toda parte, nenhuma mulher à vista, e quando eles olharam para Charlene pela primeira vez, alguns assobiaram, alguns riram e outros – os mais ousados – realmente disseram alguma coisa.

Todos aqueles homens foram baleados na cabeça por Draco.

Charlene agarrou seu bíceps e se aproximou dele, até que pararam em um quarto.

Draco se virou para ela e segurou o rosto dela entre as mãos. — Eu preciso que você confie em mim aqui. Eu preciso que você me deixe explicar, e por favor, Charlene, por favor, acredite em mim quando eu digo que nunca quero te machucar.

Ela piscou os olhos para impedi-los de lacrimejar, e acenou com a cabeça, sentindo Draco beijar sua testa, descendo até o nariz, e então as duas bochechas, e finalmente os lábios.

Ela tentou segurar o beijo por mais tempo, mas ele abriu a porta, e a pessoa sentada amarrada a uma cadeira a fez querer vomitar.

Harry Potter.

𝑴𝒂𝒊𝒅 𝑶𝒇 𝑻𝒉𝒆 𝑴𝒂𝒇𝒊𝒂 {𝑫. 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚} +𝟏𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora