CAPÍTULO 11

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POR HECTOR...

Quando vejo javier saindo daquele carro e caminhando de volta, são e salvo, finalmente pude respirar aliviado, não só eu como  Fernandes que a cada dois segundos verificava nervoso a localização da segunda equipe, enquanto o Sr.j se aproxima, os mais de vinte homens mascarados e altamente armados recuam, voltam aos furgões e partem junto com o Cadillac que manobra e se vai nos deixando sozinhos e confusos.

_ Vamos para casa ! - Diz javier assim que volta ao seu lugar ao meu lado no banco de trás do carro.

_ Sim Sr.j. - Fernandes manobra e acelera sentido ao centro novamente, a viajem segue de volta a nossa residência em total silêncio, javier estava estranho, distante, eu não sabia se era por ainda está com raiva ou pelo que aconteceu dentro daquele carro,  percebi manchas de batom na gola de sua camisa e na parte exposta do seu pescoço, um cheiro diferente, doce como perfume feminino retornou  junto com ele  assim como suas roupas desgranhadas, eu me segurava para não perguntar o que aconteceu, quem era a mulher que deixou marcas em seu corpo, eu estava com ciúmes, o que era ridículo pois não tinhamos nada, só momentos onde flertamos e nada mais, javier nem era gay, mas isso  não me impedia de ficar raiva e estranhamente triste, lembro que a meia hora a trás javier havia gritado comigo, sabia que em parte ele tinha razão e sabia que o que tinha acontecido hoje foi por imprudência minha e a falta de maturidade para levá-lo a sério e obedecer suas ordens porém eu estava tão empolgado em poder sair depois de dias trancafiado dentro de um mausoléu de luxo que eu não poderia lidar com apenas algumas horas de liberdade.

Assim que o carro estacionado já dentro da casa, vejo javier sair e gritar a plenos pulmões enquanto andava pelo gramado até a porta principal.

_ Reúna toda a equipe de segurança e me encontre na piscina daqui em dez minutos ! - Sinto cada parte do meu do meu corpo tremer ao escutar a voz de javier, ele parecia transformado pela raiva.

_ Sim Sr.J - Rapidamente Fernandes parte indo fazer o que seu patrão mandou, eu fico para trás, parado no mesmo lugar   pensando no que fazer, engulo seco e decido ir em direção do segundo andar, reparo que a casa estava silenciosa, não vejo Lupita e nem Dania na área externa ou interna enquanto subo as escadas e passo pelo corredor  parando só quando estou em frente a porta entre aberta que ficava na frente do meu quarto.

Empurro a superfície de madeira encontrando um ambiente totalmente diferente do restante da casa que possuía uma estética industrial, o local era um pouco mais sóbrio e frio, sem muita cor ou alegria, reparo que as paredes do quarto de javier eram de tom de preto azulado que descia até o chão onde se encontrava o piso quase tão preto quantos as paredes, tirando o fato  que nele eu enxergava minha imagem refletindo como um espelho, sua cama era grande o suficiente para comportar quatro pessoas e se encontrava  perfeitamente arrumada com um jogo de lençóis negros, na frente, uma escrivaninha com um notebook e mais ao fundo frente a porta de entrada um jogo de sofás de couro e uma mesa de centro, meio metro atrás uma parede de vidro com vista para a entrada da residência e uma porta logo ao lado onde se encontrava uma trilha de roupas largadas no chão.

Vou andando cauteloso pegando as peças sentindo novamente o cheiro daquele perfume feminino empregado nelas, enfrente a porta encontro um corredor grande que servia como closet, ternos, calças, camisas, sapatos e todos os itens do vestuário de javier se encontrava perfeitamente organizado sobre cabides e guardados dentro de gavetas, mais a frente um ambiente claro, sigo encontrando um banheiro não muito maior que o meu, javier estava de costas, bem na  minha frente de baixo do chuveiro, eu via sua imagem embaçada pelo vidro do box , ele estava apoiado com ambas as mãos na parede de azulejos e com a cabeça baixa  enquanto a água do chuveiro caia sobre seus cabelos e corpo, desvio o olhar envergonhado ao vê-lo totalmente nú, vejo meu reflexo no espelho da bancada de mármore, eu segurava sua camisa e a calça ainda com a cueca  em minhas mãos, reparo também que sobre a suficiente lisa, as duas pistolas prateadas  descansavam, engulo seco.

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