04 - Minha intuição não falha

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Narrado por: S/n

Enquanto escutava meu pai falar sobre os estágios, só conseguia pensar no que aconteceu mais cedo com o dabi.

Essa é a segunda vez que ele fica nervoso quando o assunto é o Shoto Todoroki.
Uma vez, cheguei a citar ele, perguntei se o dabi o conhecia, mas ele disse que não, ficou meio nervoso e mudou de assunto.

Hoje, como ironia do destino, esbarramos com o Shoto e seu irmão Natsuo.
Achei muito estranho o fato do dabi ter ficado trêmulo só de ser puxado para mais perto dos meninos, e depois ele ter gaguejado.

Me pergunto se em algum momento, ele como vilão, teria feito algo para aquela família.

Dabi - Vida?

S/n - Hm?

Dabi - Tudo bem? Cê tá meio área.

All might - Verdade, o que aconteceu?

S/n - Nada de mais...

Encosto minha cabeça no ombro do dabi, que passa os dedos por meu cabelo de leve.
Vejo ele erguer uma colher de sorvete em minha direção e abro a boca, comendo um pouco daquilo.

All might - Como vai os trabalhos rapaz?

Dabi - Bem, tá surgindo umas coisinhas aí da liga, mas nada de mais. Nada de assassinatos, essas coisas.

All might - Nunca pensou em virar herói? - o dabi o olhou - Você tem uma individualidade forte.

Dabi - Não...não me dou pra isso.

All might - Que pena, sua individualidade é realmente forte e...familiar para mim.

S/n - Pra mim também. É igual a dos Todoroki.

O dabi se engasgou com o sorvete e eu tirei a cabeça de seu ombro, cerrando as sobrancelhas.
Estava certa. Com toda certeza ele tem algo haver com aquela família.

É óbvio que fiz isso de propósito, queria ver sua reação. Cuja, o entregou totalmente.

Dabi - Quem?

Ah meu amor. Nessa escola que você aprendeu, eu dei aula. Sei ser cínica também.

S/n - Os Todoroki amor, o shoto, o Endeavor. A individualidade deles é o fogo também. Só que é de outra cor.

Dabi - Sério? - desviou o olhar - Mas...eai all might, vai começar os treinos da s/n quando?

Se ele soubesse que está se entregando de mãos beijadas...

Mais tarde, quando nós despedimos do meu pai, entramos no carro e logo seguimos em silêncio pela estrada.

Uma coisa estava entalada na minha garganta, enquanto via as luzes dos carros na nossa frente, as buzinas e os sons dos motores, me faziam me desconcentrar no meio da procura de palavras.

Dabi - Sobre o que aconteceu mais cedo

Ele limpou a garganta, um pouco desconfortável para continuar. Mas, que bom que ele começou. Não sabia como dar início a essa conversa.

Meus 50 tons de azul - Imagine DabiOnde histórias criam vida. Descubra agora