Casa

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Acordei com o despertador tocando agitado. Estiquei o braço rapidamente para desligar e voltei a fechar os olhos respirando fundo.

Olhei para o lado vendo Charlie no sétimo sono, completamente em choque por ele não ter acordado com aquele despertador. Morria de dó toda vez que tinha que acordá-lo, mas não teria jeito.

— Amor _ o balancei de leve _ amoooooooooooor.

Ele abriu os olhos lentamente e eu sorri. Tão bonitinho.

— Ta na hora? - sua voz saiu extremamente rouca, como sempre assim que acordava.

Assenti esfregando o olho e me levantei meio desnorteada e fui para o banheiro jogar uma água no rosto. Nos arrumamos rapidamente em completo silêncio e quando estava fechando minha bolsa, Charlie me abraçou por trás beijando meu ombro.

— Ainda bem que você vai dirigir _ ele sussurrou.

Ri, segurando sua mão que abraçava minha barriga.

— Mas você não vai dormir _ virei a cabeça para olhá-lo _ vai conversando comigo o caminho todo igual eu fiz.

Ele sorriu assentindo e beijou minha testa.

— Claro, loirinha.

Comemos panquecas em um lugar na frente do hotel, que por sorte, estava aberto àquela hora e rapidamente pegamos a estrada para chegar o mais cedo possível na minha casa.

— É legal ter para onde ir nas férias _ ele sorriu _ seus pais são muito legais comigo.

Sorri de leve o olhando rapidamente.

— Gostam de você, mas eles gostam de todo mundo então... _ ele riu _ me faz feliz, senhor Martin, sempre será bem recebido lá.

A falta de trânsito fez com que, novamente, fizéssemos o percurso em menos tempo, e antes do meio dia, estávamos na rua de casa, sorri abertamente ao ver meu pai no jardim regando as flores da mamãe,

Estacionei o carro na vaga onde Carter deixava o dele antigamente e só então meu pai percebeu que éramos nós.

— Andaram rápido! _ ele disse contente vindo até nós.

Saí do carro rapidamente e abracei aquele homem com força.

— Oi, anjinho _ ele sorriu beijando minha cabeça.

— Oi pai _ o abracei mais uma vez antes de deixá-lo cumprimentar Charlie.

— E aí, garoto? _ se cumprimentaram com um forte aperto de mão e papai o puxou para um rápido abraço.

Larguei os dois lá fora enquanto conversavam da estrada tranquila e entrei em casa rapidamente quase infartando minha mãe que estava na cozinha.

— Mas já? _ disse sorrindo soltando tudo.

A abracei com força também sorrindo quando ela acariciou minhas costas antes de segurar meu rosto para me olhar.

— Ta comendo direito, meu bem?

Revirei os olhos sorrindo e assenti.

— Só porcaria, na verdade.

— Ai ai, dona _ arrumou meu cabelo antes de me soltar para prestar atenção na porta da frente abrindo de novo _ e você, garotinho! _ foi depressa abraçar Charlie _ cada vez que te vejo está mais bonito,

— Tenho essa sensação também _ disse sorrindo ao ver as bochechas vermelhas de Charlie.

Por sorte, chegamos a tempo para o almoço. Eu sentia muita falta da comida da minha mãe, meu Deus, e por mais que eu estivesse cheia de salgadinho, chocolate e refrigerante, encontrei espaço para comer, assim como Charlie.

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora