Medicamentos jogados na pia
Meus olhos perdendo à vista
Perdi todas as pistas
De desvendar o mistério da minha vida...Ao me olhar para esse embaçado espelho
Percebo um garoto ao alheio
Eu não gosto do que vejo
Malditos sejam as lembranças dos teus beijos...Se isso for um jogo
Que velha logo o "Game over"
Para à vida darei meu troco
Brincando de overdose...Duas cartelas de remédios
Mandaram eu me matar
Pena que não me levaram à serio
Agora sinto meu corpo flutuar...Quantos problemas eu já resolvi?
Lutando para viver
De quantos eu só fugi?
E agora só planejo morrer...Eu não sou um herói
Eu sei, eu menti
Isso tudo me corrói
Eu sei, eu senti...Tentei consertar
Mas nasci somente para quebrar
Quebrar como eu quebrei minha vida
Próxima parada, morte sofrida...Encaro meu próprio olhar uma última vez nesse espelho
Olhar que transmite todo meu desespero
desespero esse apagou amuleto
Escrevi meu nome no mortal caderno e minha morte espero...Lamento por todos que tentaram me ajudar
É que, eu não sou alguém fácil de salvar
Mas, obrigado por me amar
Uma pena que eu só consiga me odiar...Não é um "até logo"
É um definitivo "adeus"
Estou há sete palmos abaixo solo
Mikaeru, aqui morreu...
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Crônicas poéticas de Mikaeru
PoetryALERTA de gatilhos para pessoas que sofrem de algum transtorno mental, neste livro contém poesias intensas e profundas, caso o caro leitor for sensível a este tipo de conteúdo, peço que não leia para seu próprio bem estar mental.