Crônicas poéticas de Mikaeru

Filho da lua

Me sinto filho da lua
Com intenso frio em minhas mãos
Giro na órbita tua
O inverno congelou meu coração...

Assim como à lua atrai meteoritos
Para livrar e salvar nossa terra
Eu atraio qualquer detrito
Para lhe salvar dessas feras...

Me desculpa
É que eu sou feito de várias fases
Mas não é minha culpa
É que também sou feito de fraudes...

Não sou quente e intenso como os filhos do sol
Sou frio e sincero como os tons cinzas
Não sou tão belo quanto o girassol
Meus olhos e cabelos não possuem melanina...

Posso não transmitir calor
Mas meu frio é confortável de dormir
Não tenho ondas de vapor
Mas tentar te fazer sorrir...

É que eu me sinto filho da lua
Brilhando apenas por causa da gigante estrela
Posso não ser apenas sua
Mas prometo não lhe fazer mas indefesa...

Sou como um noturno lobo
Uivando para o satélite natural
Enquanto aproveita com gosto
A liberdade de correr pela noite sem final...

Assim como à lua tem seu lado escuro
Tenho meu lado obscuro
Mas assim como a lua também é dos amantes
Tenho meus arriscados romances...

Minhas mãos podem ser geladas
Meus olhos podem ser sem cor
Mas eu viveria com você em uma vasta geada
Sinto nenhum vestígio de rancor...

É que eu vim de muito longe
E caí nessa terra ferida
Agora minha mãe lua está distante
Essa criança aqui foi detida...