Eu sou amaldiçoado
Tudo que tento e faço
Sempre dá errado
Talvez eu não passe de um fardo...Sempre estrago tudo no fim
Um imprestável tentando acertar
Mas sempre erro enfim
E agora sobre uma mesa estou à chorar...Não consigo fazer nada de forma correta
Apenas tenho dom em quebrar coisas e pessoas
E por isso minha alma deslacera
É que parece que eu vivo atoa...Esse gosto amargo de lágrima caindo na minha boca
Me faz lembrar das desgraças que já fiz na vida
Eu mesmo me direciono à forca
Tudo o que torno à fazer é essas malditas poesias...Eu só queria acertar ao menos uma vez
Queria ser um garoto normal
Queria fazer o que ninguém já fez
Mas eu nasci para me lástimar até meu final...Quero socar essa parede de concreto
Socar até sangrar
É tudo o que eu mais quero
Mas...eu ainda não posso me entregar...Me desculpem por favor
Por ser um inútil com grande amor
Acho que nasci para cair e mergulhar nesse rancor
Eu só queria poder me esquentar com meu calor...Se eu sou tão patético
Por que o senhor não me deixa morrer?
Já vi esse filme "inédito"
Por que um verme como eu tem que viver?...Amaldiçoada seja minha existência
E maligna seja minha insistência
Maldita seja minha resistência
Abençoada seja minha ausência...
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Crônicas poéticas de Mikaeru
PoesíaALERTA de gatilhos para pessoas que sofrem de algum transtorno mental, neste livro contém poesias intensas e profundas, caso o caro leitor for sensível a este tipo de conteúdo, peço que não leia para seu próprio bem estar mental.