Prólogo

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As vezes estar viva era para mim uma tortura, queria por alguns instantes poder silenciar e nunca mais ouvir ruídos, palavras, sorrisos, músicas ruins e piadas de mau gosto. Não sabia como eu deveria viver dali pra frente, se é que eu poderia chamar aquilo de vida. O mais engraçado no meio disso tudo é que a alguns meses atrás tudo que eu queria era um pouco de liberdade, me sentir viva, com o coração batendo forte ao acordar, sentir a luz do sol, pegar um ônibus cheio ou até sentir a adrenalina ao correr de dois homens em cima de uma moto.

Nada disso fazia sentido agora.

Não sei realmente qual o conceito da tal liberdade, não sei se eu tinha liberdade, talvez essa coisa nem existisse, a verdade é que eu daria tudo para ser como eu era antes.

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