Capítulo 5

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Oii, bem vindos a mais um capítulo de Disfraz. Acho que vocês podem gostar bastante do modo que esse jantar vai se encaminhar.

Desfrutem ❤️

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Sérgio não podia negar que haviam muitas facilidades em ser o Professor Salvador Martín. A primeira, e talvez principal, era não ter que se preocupar com as roupas. O guarda roupa dele parecia a de um desenho animado, tinha apenas um look: sua roupa social.

Depois de tomar um banho demorado, e vestir uma roupa limpa, ele pegou seu óculos na gaveta. Havia levado ele sexta feira para trocar a lente, não aguentava mais usar um grau diferente do que necessitava, estava cansando sua vista e dando dores de cabeça.

Colocou os óculos frente aos olhos. E era muito mais agradável agora. Dali passou em uma confeitaria e pegou um doce. Não podia chegar sem nada na casa de Raquel.

Como não era longe, resolveu ir a pé. Passando em frente a uma floricultura, ele pensou em pegar flores. Não soube exatamente porque, mas parecia certo, por um momento.

"Isso não é um encontro. Não pode chegar com flores.", repreendeu a si mesmo em pensamento.

No fim, ele acabou entrando na floricultura igualmente, mas ao invés de pegar flores, pegou uma planta pequena. Era algo que daria o ar de um gesto atencioso sem forçar o romantismo.

Dali, rumou, sem mais paradas, para a casa de Raquel. Ou, como falava agora com seu contato: Rumo a Lisboa.

...

Raquel terminava os últimos preparativos da janta. A casa estava impecável e a mesa posta para quatro pessoas.

– Oi mana, teremos visita? – Juan chegou e deu um beijo na sua irmã.

– Sim, o professor de Paula, chamei ele como agradecimento por tudo que tá fazendo por ela. – Ela sorriu.

– Ah, esse cara? – Ele rolou os olhos.

– Não gosta dele? – Perguntou curiosa.

– Nada contra, só vi uma vez. Mas é que você fica diferente quando fala dele. E eu não quero te controlar nem nada, mas... – Ele respirou pesadamente.

– Mas a gente sabe como as coisas terminaram da outra vez. – Ela entendia o que ele queria dizer. Seu irmão tinha vários defeitos, mas a qualidade que ele tinha era o amor sincero pela irmã e sobrinha. – Não precisa se preocupar, é apenas um jantar de cortesia.

– Que eu adoraria participar, mas infelizmente não vou poder. – Ele suspirou.

–Ué, porque? – Ela estranhou.

– Vou ter que cobrir um colega no trabalho, vim só tomar um banho, trocar de roupa e já vou ter que sair. O que é péssimo, porque essa comida parece daora. – Resmungou.

– E você vai ficar sem jantar?

– Eu faço meus corre. Dou um jeito.

– Vai lá se arrumando que eu preparo uma marmita pra ti. – Piscou.

– Você é a melhor irmã do mundo! A minha preferida.

– Eu sou a sua única irmã. – Ela riu.

– Mas tendo você eu não preciso de mais nenhuma mesmo. – Piscou.

– Só uma coisa. – Ela o fitou séria.

– Hm?

– Vê se não transforma o banheiro em uma piscina, não deixa a tolha no chão e coloca a cueca no cesto de roupa suja. Tu não é um adolescente. E cada roupa tua que eu ver espalhada no banheiro vai direto pra lata do lixo. – Ela falou séria.

Disfraz ✖ SerquelOnde histórias criam vida. Descubra agora