Capítulo 32

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Boa noite gente. Queria dar uns avisos antes de publicar.

Quem é ansioso, deixa pra ler esse capítulo domingo que vem, porque sim, vocês vão ter que esperar uma semana. Também deixo claro que não sou responsável por crises de ansiedade, problemas psicológicos, psiquiatricos, cardiologicos... Enfim, mantenham seus planos de saúde em dia, ou confiem no SUS (coitados de quem não é do BR e não tem SUS) kkk.

Brincadeiras a parte. Vamos ver o que temos para esse capítulo e quem acertou o quiz da semana passada.

Sem mais, DESFRUTEM ❤️

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Ele surpreendeu quando ela disse que sabia se poderia ou não amar ele, o Sérgio, como um dia amou Salvador. Seu coração acelerou.

– E então? – Ele questionou um pouco ansioso.

– É impossível. – Ela disse com pesar. – Você me fez amar Salvador, um homem que eu amei mais do que pensei ser capaz de amar, ele me fez descobrir sentimentos e sensações que eu jamais pensei sentir, e ele nem sequer existe. – Ela riu amarga pela insanidade que aquilo significava. – Sérgio é o responsável por isso, você destruiu meus sonhos e ilusões. Você criou o Salvador e o matou. Semanas atrás estavamos falando de futuro e agora eu descubro que fazia isso com um fantasma. São muitas coisas ruins para superar.

Sérgio respirou profundamente. Não queria jogar todas as coisas que havia feito na cara de Raquel, não queria que parecesse uma cobrança, porém, ainda sim, ele precisava se defender. Ele não era o Salvador, e Raquel precisava saber disso. Se existia algum dia, alguma chance, de ele poder voltar para ela e conquistá-la, fazê-la sentir como ele se sentia, precisava que ela o conhecesse e precisava desde já.

– Não foram apenas coisas ruins. – Ele disse sério. – Eu ajudei Paula voltar a falar, a superar seus traumas. E isso não fazia parte da missão. Eu descobri a verdade sobre a morte de Alberto, e isso não era parte da missão. Eu vim aqui para te salvar, porque querendo ou não acreditar, querendo ou não ouvir, eu te amo, e isso não fazia parte da missão. Nem te amar, nem te salvar. – Ele enfatizou. – E eu não quero me justificar, eu não consigo imaginar o tamanho da ferida que causei em você, mas eu não posso aceitar que não consiga ver nada bom vindo de mim. Porque eu fiz muita coisa pela missão, mas eu também fiz muita coisa despretensiosamente por você e pela Paula.

– Você pode ter ajudado Paula sem ser parte da missão, mas fez pela missão, para se aproximar de mim. – Ela disse séria. – Não subestime minha inteligência, apenas porque me enganou por alguns meses. – Seus olhos estavam novamente mareados. – Nada do que fez foi despretensiosamente, foi tudo pensado.

– Sabe que isso não é verdade.

– Eu não sei o que é verdade. – Ela disse séria lutando para não derramar uma única lágrima, ele não merecia.

– Me responde uma coisa. Quando transamos na escada, você sabe muito bem que aquele sexo não foi com Salvador, não sabe? Você notou a diferença, e eu sei disso e você também. – Ele a fitou com seriedade. – Não sentia como se tivesse traindo alguém, como se tivesse traindo ele? Por mais que isso fosse estranho e insano.

– Você está maluco. – Ela alterou a voz. – Eu...

– Shiu. – Ele fez um sinal para Raquel ficar em silêncio.

Havia ouvido movimentações na casa em cima. Ele esperava fechar o tempo para Andrés vir resgatar ele, já que não conseguia sair dali. Ainda sim, tinha medo de ser encurralado, pois não teriam para aonde correr. Ele já havia mapeado todo aquele calabouço enquanto conversava com Raquel. Seu cérebro nunca parava de trabalhar.

Disfraz ✖ SerquelOnde histórias criam vida. Descubra agora