Capítulo 29

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Boa noite (para quem vai ler agora), bom dia e boa tarde (pra quem vai ler em outro momento). Desculpem a demora para postar, como alguns de vocês sabem, meu ano novo foi bastante turbulento. E eu também estava com muita dificuldade para fazer esse capítulo de Disfraz. Eu não acho que ele ficou 100% como eu gostaria, mas eu não queria enrolar mais então vamos seguir o baile!

Ah, FELIZ ANO NOVO, para todos vocês que acompanham as minhas histórias.

Desfrutem ❤️

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Sérgio havia ido a base da polícia, não era o normal quando estava se preparando para um novo caso. Mas ele queria saber como estava o andamento da acusação de Juan. Geralmente não acompanhava o desenvolvimento dos casos após destruir ou abandonar sua falsa identidade, mas não tinha como negar que tinha um interesse especial nesse. Seu maior desejo era que ele fosse condenado a perpétua, e que jamais pudesse colocar os olhos sobre Paula e Raquel novamente.

– Está morando aqui agora? – Andrés perguntou em tom de desaprovação ao encontrar Sérgio vagando pelos corredores. – Nunca vi passando tanto tempo aqui dentro. Aliás, antes nem colocava os pés aqui.

– Só vim verificar umas coisas. – Apesar da explicação o tom não foi de quem pedia desculpas.

– Não devia estar aqui, está arriscando muito.

– Está tudo certo. – Sérgio deu os ombros. – Vale lembrar que meu próximo trabalho é Sérgio por Sérgio, as várias faces de mim. – Ele disse debochado, ainda que não estivesse no clima, ele tentava fingir que não se sentia mal por estar longe de Raquel e por tudo que havia passado com ela.

A realidade é que não conseguia deixar de pensar nela um segundo que fosse. Quando dormia sentia a falta do peso das pernas dela sobre as suas. De sentir seu cheiro e sua respiração quando relaxada. Sentia falta de fazer amor com ela, não podia negar, mas o que mais sentia falta era de sua presença. De saber que ela estava ali e o amava.

Odiava pensar que da próxima vez que a visse, seu olhar seria de desprezo. E que ela o odiaria tanto quanto ou mais que um dia o amou. Porque ele nunca, jamais, amaria alguém assim novamente. Arriscava dizer que nem mesmo Elis havia lhe proporcionado sentimentos tão intensos quanto ela. E ele sabia que havia amado muito Elis, então o que sentia por Raquel transcendia tudo que ele podia imaginar e entender sobre os sentimentos de um homem por uma mulher.

– Eu nunca imaginei que ia chegar o dia em que eu ia ser o sensato e você o inconsequente. – Respirou pesadamente. – Eu ainda acho que não deveria fazer isso...

– E achava que eu não conseguiria prender Juan, mas está aí, com todas as acusações e algumas mais que nem esperava. Me diz uma única vez que eu falhei com você?

Andrés ficou calado.

– Exatamente.

Alonso passava pelo corredor, quando avistou Andrés conversando com Sérgio, apressou o passo. Fazia questão de repassar pessoalmente a informação que tinha sob seu poder.

– Está aqui Sérgio? – Perguntou fingindo surpresa.

– Onde mais estaria?

– Tanto faz. – Ele deus os ombros. – Eu apenas achei que depois da invasão na casa do teu alvo, você estaria bem envolvido com isso. Afinal, não é de deixar algo assim passar. – Ele disse sínico.

– Que invasão? – O coração de Sérgio acelerou.

– A invasão lá na casa do seu alvo mais recente, Juan, não é? – Perguntou. – Parece que levaram a mulher e a criança.

Disfraz ✖ SerquelOnde histórias criam vida. Descubra agora