Capítulo 35

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Eu nem vou pedir desculpas pela demora para atualizar a fanfic, porque eu tenho que ficar pedindo isso todo capítulo hahah. Mas podem ficar tranquilos, eu NÃO ABANDONO FIC. Então, eu não sei se já disse isso, mas estamos oficialmente em reta final.
Espero que gostem. Desfrutem ❤️

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Andrés chegou no hospital e encontrou Camilie na sala de espera. Franziu o cenho, não era comum Sérgio receber visitas. Ela tinha uma expressão preocupada, batia o calcanhar no chão e as mãos juntas com os dedos entrelaçados, como quem fizesse uma prece, mas não tinha jeito de ser uma mulher religiosa.

– Oi. – Disse seco, porém com curiosidade.

– Oi. – Ela respondeu um pouco tímida.

Sua postura mudou na hora, Andrés não era tão bom quanto Sérgio, mas conseguia perceber as mudanças no comportamento. Ela separou as mãos e se encostou para trás na cadeira, ficando com o corpo um pouco mais tenso.

– Veio ver o Sérgio? – Queria uma confirmação.

– Na verdade, eu vim sim. – Ainda se mantinha um pouco tímida. – É triste, não é? Ele não tem família, e poucos amigos. Convivemos pouco, mas achei que devia uma visita.

– Pensei que estava infiltrada. – Ele murmurou ao se sentar ao lado dela.

– Estou, como policial corrupta. E ele seria apresentado se não tivesse sofrido esse... – Ela tentava escolher as palavras. – Acidente de trabalho?

– Podemos dizer que sim.

– Eu pude ver ele por poucos minutos, mas ele não parece muito bem.

– Ele está no quarto?

– Não, ele está em procedimento.

– Ninguém me avisou. – Andrés se alterou.

– Parece que alguns pontos internos romperam e ele estava com hemorragia interna, levaram ele para conseguir descobrir o ponto de sangramento e estancar. Parece que vai passar por mais uma transfusão de sangue. Ele está lutando para viver.

Andrés percebeu que Camilie sabia demais, estava realmente bastante informada sobre o que acontecia com Sérgio. Ele sabia que ela estava apaixonada por ele, mas arriscava a dizer que não era qualquer paixão, Camilie podia estar realmente amando o colega de trabalho.

Era estranho e triste, no ponto de vista dele. Estranho porque os dois haviam convivido pouco, e ela pareceu se interessar nele ainda antes de conhecê-lo, como uma mocinha que se apaixona pelo super herói ou um fã por um ídolo. E triste porque uma vez que, mesmo que Sérgio saísse vivo dessa, nunca teria olhos para ela. O coração dele já pertencia a outra mulher.

O médico se aproximava.

– São parentes do senhor Marquina? – Ele os interrompeu.

– Amigos. – Andrés se levantou. – Sérgio não tem família.

– Sérgio passou estável pelo procedimento, mas seu prognóstico ainda é bastante reservado. Ele ficará na UTI essa noite, e se ele se manter estável, voltará para o quarto daqui vinte e quatro ou quarenta e oito horas.

– Ele está consciente?

– No momento não. Porém nos poucos momentos que está acordado não possui momentos de lucidez. As enfermeiras dizem que ele chama muito um nome, não me recordo agora, mas o nome de uma mulher...

– Raquel... – Andrés disse sem pensar. – Ela e a filha estão desaparecidas.

– Sérgio precisa ficar em repouso absoluto nesse momento, está com sedativos fortes, e a pressão está bastante instável, provavelmente vamos começar a diminuição desses medicações pela manhã.

Disfraz ✖ SerquelOnde histórias criam vida. Descubra agora