Não Brinque Comigo - Drarry

Nineteen

A festa começava a ameaçar o seu fim. Aos poucos a grande maioria ia se despedindo, entre eles os Weasley's, Gina tentou uma despedida calorosa por sorte Hermione notou a situação e chamou Harry para uma conversa. O rapaz de olhos esmeraldas se encontrava visivelmente aliviado por não precisar lidar com a ruiva extremamente afetuosa.

- Parece que desta vez a tradição dos Potter's será quebrada! – Hermione passou um braço pelos ombros de Harry.

- A qual tradição você se refere? – Harry a olhou curioso.

- Uma ruiva com um moreno de cabelos bagunçados! – Hermione sorriu.

- Imagine se você soubesse que papai era apaixonado por Sirius. – Harry riu contido.

- Não me diga... Isso é mesmo sério? – Hermione o olhou boquiaberta.

- Sim, mamãe quem me contou! Sirius também era apaixonado pelo meu pai, mas em uma tentativa, perceberam que não funcionavam bem como casal. – Harry comentou.

- Imagine a loucura que seria! – Hermione deu risada.

- Ainda é uma loucura! – o moreno respondeu. – Os dois são melhores amigos, mas eventualmente descobriram outros amores. Meu pai é perdidamente apaixonado por minha mãe e bem Sirius e Remus, é visível que são almas gêmeas.

- Mesmo que Remus seja todo politicamente correto. – a castanha afirmou.

- É o que enlouquece Sirius, ele sempre está em uma tentativa constante de arruinar a compostura do outro. – Harry disse. – A propósito, o Snape?

- Aquele crápula! Como seu pai pode ser amigo de alguém tão amargo? – Hermione olhou para o amigo.

- Mal faço ideia, não tenho lembranças de Severo aqui em casa. Fui trocar as primeiras palavras com ele há poucos dias. – Harry sentou-se em uma cadeira.

- Aliás, faz alguns dias que não conversamos bem. Como andam as coisas no hospital? – Hermione se sentou em uma cadeira ao lado.

- Digamos que não estão nos conformes que eu esperava. Draco Malfoy e eu, caímos no soco. – Harry disse como quem não dizia um absurdo.

- Espera, vocês dois brigaram? – Hermione parecia processar tudo.

- Nada surpreendente! Severo foi quem nos separou e sinceramente, não espero ver ele nunca mais! – Harry disse cruzando os braços.

- Me surpreende você cair no soco e não aos beijos com ele! – Hermione riu.

- O que? – o Potter ficou confuso com o comentário.

- Vamos lá, Harry! Já vi algumas fotos de Draco Malfoy e sei que é alguém bem aparentado. – Hermione sorriu galante.

- Não consigo enxergar beleza naquele crápula! – Harry resmungou.

- Você pode não suportá-lo, mas negar que ele seja bonito é uma tremenda mentira! – Hermione o olhou.

- Tudo bem, talvez eu tenha o fitado algumas vezes. Ele é bonito, ok? Começa com aquele rosto simétrico, o maxilar e o nariz bem delineado. – Harry começou a pontuar. – Ele usualmente é bonito durante o dia, porém, engomadinho demais! Oras, Hermione estou elogiando alguém que eu considero extremamente odioso.

- Ande, Harry, agora termine! – Hermione exclamou animada.

- Não há o que terminar, tudo bem?! É a primeira e última vez que pontuarei pontos positivos acerca de Draco Malfoy! – Harry disse. – Como eu ia dizendo, ele é bonito quando chega de manhã para os plantões, apesar de ser tão amargo. Mas o ponto alto é quando ele está despojado. No último plantão que fizemos em uma madrugada, ele tem uma tatuagem no ante-braço e o deixa terrivelmente atraente. Mas com os cabelos bagunçados e ofegantes... Eu quase ponderei sobre meu ódio!