Seven

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Assim que saiu do carro de Ronald, Harry desejava profundamente que seus olhos fossem metralhadoras para eliminar a existência de Draco Malfoy. Entrou no hospital disposto a mandar tudo à merda, tão logo pensou isso, desistiu. Lembrou-se que nenhum de seus pacientes era merecedores de seu mal-humor, este era uma cortesia para o loiro.

- Potter – Malfoy disse provocante e em completo deleite da feição mal humorada de Harry – Hoje você fará dois turnos, teremos emergência no noturno.

- O seu objetivo é me destruir, não é? – Harry o olhou.

- Não e sim! – Malfoy disse e logo foram caminhando. – Você irá acompanhar alguns casos de internação comigo, três pacientes que colocaram o marca-passo recentemente.

- Não preciso sequer supor que foi você a colocá-los. – Harry respondeu.

- Obviamente. – Malfoy disse e eles entraram no elevador. – Me poupe de ouvir sua voz, ela me dá nos nervos!

Harry apenas revirou os olhos. Um dia todo aturando Draco Malfoy, quando poderia estar na casa dos Weasley's, descansando de uma semana desgastante. Harry nunca em sua vida nutriu raiva por alguém, apenas alguns conflitos em trabalhos em grupo, mas nada que o fizesse dizer que verdadeiramente não gostava de alguém. Porém, Malfoy fazia o possível e impossível para exceder os limites de sua paciência e bom ânimo.

Quando saíram do elevador no andar desejado, encontraram-se com Pansy e Theodore que estavam discutindo algo sobre um político londrino estar violando alguma lei. Logo ficaram de postura ereta ao ver Draco e Harry.

- Bom dia, doutor! – Pansy disse com um sorriso casto.

- Bom dia, Srta. Parkinson – Draco respondeu simplista – Theo!

- Bom dia – o garoto era na dele e Harry percebia o apreço de Draco pelo garoto.

- Bom, hoje iremos supervisionar alguns pacientes. Servirá de base futura para vocês, como não formados, a interação com os pacientes será mínima ainda. Lembrem-se que terça-feira poderão assistir a uma cirurgia minha.

Os três estagiários assentiram.

- Enfim, vamos ao primeiro paciente. O senhor Rutheford, colocação de marca-passo, 85 anos... – Draco iniciou as explicações e os três ficaram atentos.

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Hermione chegou ao hospital e se despediu do motorista. As lágrimas ainda tomavam conta de seu rosto, entrou no hospital e disse estar ali para levar uma marmita para Harry. A recepcionista permitiu sua entrada, Hermione agradeceu e adentrou hospital pegando o celular em mãos e discando o número de Harry. Distraída não percebeu que uma pessoa vinha de encontro a si e o choque foi certeiro.

O celular voou longe e se espatifou. Só conseguiu ver a bagunça que havia causado quando viu um homem com uma pilha de papéis caídos pelo chão.

- Era só o que faltava! – ele disse raivoso.

- Me desculpe, eu estava desatenta! – Hermione tratou de tentar ajudar o homem a pegar os papéis.

- O que diabos você pensa que está fazendo? – ele disse e Hermione parou para olhá-lo. Os cabelos negros compridos emolduravam a face descontente e ele estaria totalmente trajado em vestes negras se não fosse pelo jaleco branco, com as letras bordadas ali "Dr. Severo Snape" em conjunto a um Neurocirurgião. – Estou falando consigo!

- Mil perdões, eu estou apenas tentando consertar o meu erro! – Hermione disse em defesa.

- Você está misturando a ficha de um paciente com de outro! – Snape disse.

Não Brinque Comigo - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora