Second

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O dia de Draco não poderia ter começado pior, acordou com Astoria agarrada a si e logo tratou de se desvencilhar para ir ao banheiro se higienizar. Amava a esposa? Todos os dias se questionava sobre esse ponto e a resposta era sim. A mulher era detentora de uma beleza única e era extremamente charmosa, mas isso não atraía Draco, era apenas conveniente apresentá-la perante a sociedade como Astoria Greengrass Malfoy e ocultar seus piores segredos, segredos estes que afastaria seus pais de si e como consequência afetaria sua imagem pública.

Com a mente perdida em pensamentos quanto ao seu casamento, o Malfoy entrou no box e ligou a água. O choque da água gelada contra sua pele fora doloroso, mas aquilo era o que fazia ao menos a parte física de si acordar. Odiava tantas coisas em sua vida. Tentava a todo custo não odiar seus pais, porém, era inevitável não culpá-los pelo casamento monótono que vivia.

- Amor! – ouviu a voz de Astoria.

- Estou no banho! – Draco disse e tão logo se sentiu frustrado. Fechou os olhos e foi pego de surpresa quando Astoria o abraçou por trás em seu banho.

- Sinto a sua falta. – a mulher disse e Draco sabia ao que ela se referia. Virou-se roboticamente e segurou a cintura fina dela, tomando-lhe os lábios para que assim pudesse fechar os olhos e não ter de encará-la. As mãos dela foram para seu pescoço e Draco deslizou as mãos pelas curvas femininas. Não se sentia obrigado a fazer sexo com Astoria, sentia-se atraído pelo corpo da mesma, o problema era a ligação romântica que era obrigado a ter, com a ausência total de sentimentos pela mesma.

Tão logo as carícias se tornaram mais intensas e os gemidos de Astoria preencheram o banheiro. O vai e vem do membro de Draco dentro da mesma, o orgasmo da mesma que tão logo o abraçou em meio ao ápice, o homem só tomara cuidado de se retirar antes de se desfazer. Antes de fazê-lo, Astoria segurou seu quadril e abriu os olhos olhando para si.

- Goza dentro. – ela proferiu.

- Não é a hora, ainda. – Draco a olhou e a viu formar um bico nos lábios.

Tão logo atingiu prazer em uma masturbação rápida, Astoria terminou de se banhar e logo saiu do banheiro enrolada em uma toalha. Draco bufou prevendo a mesma ladainha que o perseguia há semanas. Fechou o registro do chuveiro e agarrou uma toalha se secando, escovou os dentes e aproveitou para ligar o secador, secando os fios platinados e já modelando-os em um topete, finalizou com spray. E saiu do banheiro, adentrando o quarto e vendo a mulher com o rosto entre as mãos.

- Eu não entendo, Draco. Juro que todos os dias tento, mas não faz o menor sentido para mim! – ela disse e Draco viu as bochechas molhadas.

- Não entendo o motivo para tanto alarde. – Draco a respondeu.

- Por que se recusa a me dar um filho? – Astoria o olhou.

- Porque ainda não é o momento. – Draco disse simplista.

- Estamos casados há três anos, um casamento estável, ambos possuímos carreiras sólidas e nossa situação financeira é mais que propícia. – Astoria começou – Seria a solidificação do nosso amor.

Que amor? Draco pensou consigo. Respirou e se concentrou em vestir a boxer preta. Ignorando por completo a presença e falácias de Astoria. Crueldade? Não mesmo, crueldade seria gerar um filho em um lar que não havia amor e posteriormente romper o matrimônio, colocando uma criança em um conflito, conflito que geraria uma vítima completamente inocente.

- Ande Draco, não me ignore! – Astoria exclamou nervosa.

- Isso não se trata apenas sobre você, Astoria. – Draco dirigiu um olhar frio para a mesma.

Não Brinque Comigo - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora