Twenty

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Harry não poderia se sentir mais entusiasmado depois de um dia daqueles, desde o início do estágio, aquele havia sido o dia mais feliz para si. Blaise era alguém de fácil convívio e de constante bom humor. O neurologista fazia questão de ensinar tudo que podia para Harry, "não quero ser tendencioso em trazê-lo para a neuro, mas eu Blaise acho que é a melhor especialização". E depois ria muito e admitia ser um cara de pau.

Aquilo era um diferencial e tanto. O sorriso de Harry era largo enquanto descia para o refeitório, sequer tinha vontade de almoçar mas Blaise frisou que Harry precisava de um tempo para uma pausa. Andando animadamente pelo corredores não viu quando o Malfoy vinha ao seu encontro.

- Animado demais para um segunda-feira, Potter. – o Malfoy não conseguiu se segurar e teve que abordar o garoto.

- Não me sentia tão bem há dias, doutor Malfoy. – Harry sorriu. – Tenha um ótimo dia!

Draco sequer pode crer quando Harry passou por si como se sequer lembrasse. Não houve sequer algum diálogo sobre a troca realizada, algumas justificação ou simplesmente algo sobre. E aquele maldito sorriso estampado nos lábios do Potter, aquele brilho nos olhos esmeraldas. Como ficaria sua reputação após perder um estagiário para Blaise?

Pensando quanto aquilo, se encaminhou para a sala do Zabini. Sabia que o homem não estaria em plantão e sequer se importou em abrir a porta num rompante.

- Parece estar se divertindo em ter furtado o meu estagiário! – Draco o olhou.

- Primeiramente, não temos mais uma amizade para que você entre na minha sala quando bem entender. – Blaise disse – Também é totalmente dispensável seu surto, já que Harry escolheu a mim, apenas o aceite.

Blaise escolheu bem as palavras para que elas pudessem provocar o platinado.

- Não levarei em consideração o término da nossa amizade, você continua sendo o meu melhor amigo. – Draco cerrou os olhos se sentando na cadeira em frente à mesa do Zabini.

- Pois eu estou levando em real seriedade. Não quero ter amigos covardes ao meu lado! – Blaise respondeu.

- Você está tentando me provocar, Blaise! – Draco revidou nervoso.

- Tentando de provocar? Faça-me o favor, Malfoy! Você acha mesmo que o universo conspira em torno da vossa divindade! – Blaise o olhou.

- Cala essa boca! – Draco respondeu.

- É por isso que você está perdendo tudo, não só pela covardia. Mas pelo egocentrismo! – Blaise o olhou. – Ande, parta para cima de mim e tente me socar. Não é assim que você lida com quem te diz a verdade? Ou melhor, prefere sair correndo daqui no seu drama de o menino que não teve escolha.

- Você está jogando baixo. Eu sei que está fazendo tudo isso para me provocar, agradando o Potter, se encantou com os olhos dele naquela madrugada? – Malfoy alfinetou.

- E se eu estiver encantado? – Blaise se levantou e caminhou para próximo de Draco. – Sou solteiro e ele também, se houver interesse recíproco, quem sabe!

- Você... – Draco fechou os punhos.

- Não vivo a fixação que você tem com ele! Justificar seu descontentamento com Astoria nas pessoas não é algo novo, mas você o faz com todos. – Blaise o olhou incisivo. – Não estou querendo levar o garoto para minha cama, sequer faz o meu tipo. Estou dando a ele o mínimo que você deveria ter feito.

- Você está criticando a minha postura com ele? – Draco o olhou.

- Sim! Não esperava uma amizade, mas você tem noção da sua incompetência? Eu poderia relatar a Dumbledore e eliminar toda e qualquer possibilidade de você lecionar em Hogwarts, você levou o Nott e Pansy para um congresso junto de si no último mês, compensou a data com um plantão na madrugada, o mesmo em que eu conheci o garoto. – Blaise o olhou. – Eu poderia te socar nesse instante!

Não Brinque Comigo - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora