cap 13

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Boruto

2 anos.

2 anos que eu saí da vila.

Depois que eu consegui um contrato de invocação com Garaga, digamos que ficou mais fácil.

Quando a luta tá um pouco complicada eu chamo ele, ou quando estou sozinho, ele sempre aparece com um "tá carente é", mas ele é uma boa companhia.

Nesse ano que passamos juntos, pudemos nos conhecer melhor e eu acabei falando do porquê eu me tornei renegado.

Lá na minha caverna tem até um espaço pra ele.

Agora é oficial!

Eu estou morrendo de saudade dos meus amigos.

Das missões.

De chegar atrasado e ser recebido por um soco da Sarada.

Do Mitsuki sempre ficar do meu lado.

De jogar com o Shikadai, Inojin, Denki, Metal Lee e Iwabee.

Das frases da Chocho que sempre tem relação com comida.

Dos treinos com o tio Sasuke.

Dos puxões de orelha do irmaozão Konohamaru sempre que eu aprontava.

E por incrível que pareça, quando penso em meus pais eu não sinto nada.

Nenhum sentimento.

Simplesmente nada.

Eu gosto de pensar que nossos sentimentos são como o mar em tempestade, as vezes a tempestade é intensa, as vezes calma, assim como nossos sentimentos, seja de um jeito bom ou ruim.

Mas quando eu penso nos meus pais, o mar tá calmo, parado, sem sentimentos, nem bom nem ruim.

Parece que eu finalmente tenho paz.

Não preciso me preocupar com as broncas da minha mãe, nem com a falta do meu pai.

Quando eu saí da vila, eu não tinha muita pretensão de voltar não, eu falei que ia voltar só pra eles não vierem atrás de mim.

Mas eu tô morrendo de saudades dos meus amigos.

Nesse momento eu estou em um hotel na vila da cachoeira.

Vim pra essas bandas a fim de umas férias, tava trabalhando muito e eu tô sendo muito perseguido também.

Mas é até bom, já que eu não preciso ir atrás deles, são eles que vem até mim.

Eu já tô aqui na vila da Cachoeira há 2 semanas, está na hora de voltar pra minha casa.

Depois de acertar tudo eu vou indo embora, eu até gostei dessa vila, vou voltar mais vezes.

Assim que eu passei por umas latas de lixo, próximo a saída da vila, eu escuto um choro, parece de bebê.

Liguei meu sensor de emoções e senti uma grande angústia vindo da lata de lixo.

Assim que cheguei na lata de lixo, pude ver um pequeno bebê enrolado em um pano velho.

Meu Deus! Quem que joga um bebê em uma lata de lixo?

Eu peguei o bebê e ele parou de chorar, mas eu acho que ele deve estar com fome. Mas, será que ele é menina ou menino?

Não sei, mas acho melhor levar ele no hospital.

Assim que cheguei no hospital, pedi para atenderem com urgência e depois de alguns minutos eu fui chamado.

A médica disse que ele só precisa comer, que ele está bem e que nasceu não tem mais de uma semana e ele é um menino.

Depois de tudo ok no hospital, eu fui comprar leite pra ele e coisas de bebê, até porque ele precisa de roupas.

Depois de ter gastado uma grana boa na loja de bebês, ter comprado tudo o que queria e algumas dicas da mulher que trabalhava lá, eu saí da vila.

Fui em direção a floresta e achei um lugar seguro pra dar a mamadeira pra ele, ele deve estar com tanta fome, tadinho.

Achei um lugar seguro e sentei próximo a uma árvore e deitei o bebê confortável no meu colo e coloquei a mamadeira na boca dele.

Ele sugava com muita vontade e me olhava com os olhos curiosos.

Ele é tão fofinho!

Ele tem os olhos azul e os pouquinhos cabelos parecem ser loiros.

Não foi feito por mim, mas foi feito pra mim.

Ele precisa de um nome, eu não posso ficar chamado ele só de bebê.

Depois de pensar um pouco eu decidi que ele vai se chamar Minji

MINato e neJI.

Nome dos meus 2 grandes heróis.

Agora eu não vou mais ficar tão sozinho.

Agora eu tenho um filho.

Agora somos eu e Minji.

Decepções Mudam As Pessoas Onde histórias criam vida. Descubra agora