10. Yuta, tem uma namorada.

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Suspiro feliz por estar adentrando a escola, sem nenhum atraso, sem nenhum medo do sinal me atazanando e sem nenhum Japonês no meu encalço.

Apenas, eu e os meus fones de ouvido tocando a Ost* de Goblin* enquanto caminho até o meu amado armário com toda tranquilidade do mundo.

Ah, que dia feliz.

Hoje sinto que será um bom dia, mesmo com uma insistente sensação me perturbando, em que eu esteja esquecendo de um detalhe bastante importante que deveria muito lembrar antes que seja tarde demais...

Bem, a sensação foi ignorada.

Coloco alguns livros da minha mochila no armário deixando apenas os materiais dos horários antes do intervalo e retomo o meu caminho para a sala de aula, entro na sala e logo tiro os fones de ouvido para cumprimentar os colegas até chegar ao meu lugar como sempre, porém, assim que chego ao meu lugar na sala de aula, três serzinhos me esperavam com os olhares semicerrados e os braços cruzados.

Então um alerta percorre o meu corpo todo enquanto uma grande placa brilhante em neon me mostrar ser tarde demais pra bater em retirada, no entanto, eu faço cara de paisagem e falo na maior delicadeza.

— Bom dia, pessoas lindas do meu coração! — cumprimento-os, mas só as sobrancelhas arqueadas é o que ganho de resposta.

Eles ensaiaram isso? O que eu fiz para ter esses olhares pra mim? Por que estão com essas poses de que foram traídos de alguma forma por mim? Eu sou tão da paz... Que injustiça é essa? Será que ainda dá pra fugir? Percebo que os três estão bem preparados se eu fugir, então continuo na cautela.

— Não faz meu tipo, é? — remenda Ahye, com zombaria e implicante, olho-a confusa tentando entender o porquê dessa atitude deles.

— Cheia de segredinhos, hein. — provoca Jae, com o semblante sério e chateado — onde foi "nada de segredos entre nós" dona Addelline?

— Quando você ia nos contar sobre o seu novo namorado, Andy? — Licheng questiona, em seguida e de forma impassível, com a feição de que foi traído.

Engulo em seco.

Então os flashes de ontem repassam na minha cabeça e eu me lembro das conversas, da ajuda do Yuta e tudo mais, e o pensamento central resumiu tudo.

Eu estava ferrada.

Dou um sorriso de quem foi pega na mentira e na cara de pau, tentando amenizar as atitudes de aversão dos meus amigos comigo enquanto penso em uma boa explicação para dar pra eles.

— Eu juro que ia contar, mas a presença de Yuta na minha vida é tão insignificante que nem precisa de tanta importância para falar por aí. — explico, abanando a mão, fazendo pouco caso com esse assunto, rezando internamente que eles deixassem essa pequena informação de lado.

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