7. A Gafe no ônibus.

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Morar na capital do Brasil, tem as suas vantagens e as suas desvantagens.

Brasília tem um clima seco e bem gostinho de viver na maioria dos meses, mas quando chegava a seca... Se prepare para tudo e esqueça a existência de um temporal.

A cidade é muito organizada, facilitando a locomoção das pessoas e é linda de se passear, nos dias de descanso da correria diária. A Capital tem a sua história mesmo sendo nova comparada a outros estados do país, tropical, a cidade não é perfeita, mas há oportunidades em todos os lugares, porém, a força de vontade para correr atrás é o essencial.

Em resumo, eu amo o lugar que nasci e vivo desde então.

Dou o sinal para o ônibus parar. O motorista parar o ônibus e abre as portas para que eu entre, subo os degraus e passo pela catraca — não sem antes engatar a mochila no negócio, porque se não for eu a passar vergonha, tem algo de errado nesse meio social certo —, após pagar a passagem, começo a primeira batalha do dia: encontrar um lugar confortável e tranquilo para ficar durante os próximos trinta minutos.

O ônibus estava lotado como sempre e diariamente essa era a minha primeira batalha, pois achar esse lugar não era nada fácil. Sentar estar fora de cogitação já que não tem lugar vago e os que tem são para as pessoas de idade, então opto pelo lugar entre o cobrador e as primeiras fileiras de bancos, pois é um lugar que apenas cabe pessoas pequenas como eu e é um paraíso durante a viagem inteira.

Andar de ônibus tem um lado positivo e um negativo; o positivo é que hoje estava com o clima mais friozinho, então não ficaria abafado ou quente demais, o vento circulava e comparado aos outros dias, o transporte não estava tão lotado.

Bem, até a próxima parada.

Subiu tanta gente que não conseguia me mexer e é aqui que entra o lado ruim: não existe limite de quantas pessoas. Pode até haver limites, porém, não existia essa regra em horário de pico, podendo entrar o máximo que pudesse no transporte; se tinha espaço, dava para entrar — oh, infernos.

Com todo esse fluxo de pessoas sem fim gradualmente esse detalhe acabava comigo, por conta da minha fobia, pois era uma loucura todos os dias — bem, se olharmos para o lado positivo dessa situação, era quase que um tratamento contra a minhas crises de claustrofobia.

Um tratamento forçado e totalmente inevitável diariamente.

Ah, e como deixar de lado os acontecimentos peculiares de cada dia? Todos os dias têm um acontecimento totalmente louco e inesperado nos ônibus em que eu entro.

Semana passada teve uma pregação com um pastor — bem, eu acho ser um pastor de alguma igreja — e ele me fez ler algumas partes da bíblia para o mesmo e todos que estavam dispostos a ouvir as palavras do Senhor, pois eu estava bem ao seu lado e o mesmo não conseguia ler corretamente as letrinhas.

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