5. Voltas aulas, que beleza.

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Quem não conseguiu dormir de tanta ansiedade? Eu.

Céus, sem condições.

Quem fica ansioso para voltar para as aulas? 'Tá, eu estava com saudades dos meus amigos e tudo mais, mas tinha tantos contras do que a favores para às voltas aulas para mim, e eu não podia acreditar que tinha perdido o sono por causa disso.

Na verdade, fazem bastantes dias que eu não conseguia dormir direito... Porém, não é essa a questão.

A questão aqui é sobre os prós e contras das voltas às aulas e a insônia feita pela ansiedade que obtive, por conta do meu primeiro dia de aula.

E agora, aqui está eu, morta de sono, em plena aula de matemática.

Sendo essa matéria de exata em específico, nem deveria ser uma novidade a minha sonolência... Matemática e eu não temos uma boa amizade, desde sempre.

Sério, quem coloca aula de matemática como primeiro horário no primeiro dia de aula? Será que os diretores — ou coordenadores, ou seja, lá quem faz a grade de aulas — pensa que como é o primeiro dia, todos estão renovados ao ponto de se empolgar para aula de matemática? E não uma aula, mas duas aulas consecutivas pela incansável busca interminável de descobrir quem é o bendito x da questão? Céus, que sem noção e sem misericórdia, hein.

Nem o professor para bater um papo de como foram as suas férias ou mostrar o plano de ensino da matéria que seria ensinada nesse novo ano letivo que se começa. Já foi um "toma essas questões para funcionar esses neurônios na seca pelo conhecimento e um novo capítulo na busca do x".

Cadê a compaixão pelo próximo, professores?

Além de bater um leve branco nos meus neurônios, — por que facilitar se podemos sempre dificultar a sua descoberta pelo x, né? — eu estou caindo de sono, literalmente, pois já é a segunda cutucada que o Licheng faz com a ponta do seu lápis no meio das minhas costas, sentado em uma cadeira depois da minha, na nossa fila.

Como cheguei atrasada, nem tive tempo de conversar com os meus amigos. Sair de Águas Claras para correr em direção a Asa Sul em Brasília requer paciência e nem tive a decência de me poupar disso, pois havia esquecido todo esse caos em menos de um mês de recesso.

As coisas começaram todas erradas essa manhã, mesmo eu tendo me preparado — bendito trânsito deste lugar. Por que diabos eu não fui de ônibus como sempre? Ah, é, minha tia queria me levar para dar boa sorte, bem, não consigo dizer "não" para toda a animação dela, em plena seis horas da manhã, para me levar à escola, para um novo ano acadêmico que se começa.

Céus, me diga quem tem tanta disposição às seis horas da manhã? Ah, sim, a minha tia!

E claro, se não fosse o maravilhoso e visionário Licheng, quase eu não teria um lugar perto dos meus companheiros da manhã e relativamente bom, para sentar pelo resto do ano — maldito mapeamento escolar.

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