> LIVRO UM <
Addelline é uma garota distraída e fácil de se conviver. Vive entrando em garfes vergonhosas com seus amigos enquanto sobrevivem o período mais inconstante e intenso, a adolescência.
Com um acontecimento desastroso a envolvendo, a garo...
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— Vamos à festa? — indaga Ahye, praticamente esfregando o seu celular com o torpedo do convite, na minha cara.
— Se Ellie for por livre e espontânea vontade... — debocha Jae, rindo e eu o lanço o meu olhar da morte — Vai ser o primeiro sinal do apocalipse.
— E se você tomar uma iniciativa com o seu interesse romântico vai ser o segundo sinal. — rebato, com ironia e insinuações, vejo-o empalidecer enquanto me olha abismado.
— Sua desbocada. — vejo-o mover os lábios pra mim sem emitir som, arregalando os olhos.
— Seu medroso. — rebato, da mesma forma.
— O terceiro sinal vai ser eu, finalmente, dando a voz às minhas vontades de meter a mão em vocês dois. — resmunga Ahye para nós dois, mas vejo que ela está um pouco corada.
Ela sacou tudo e preferiu seguir o caminho da sonsice, de novo.
Ahye entende todas as indiretas dadas por mim e por Licheng, porém, permanece em ficar desconversando ou se fazendo de sonsa. Jae-In já desistiu de dar as diretas pra ela e agora permanece a espera de um milagre da parte de Shin-Shin.
Eu espero que um dia eles saiam dessa zona.
Aí será o próximo sinal do apocalipse, mas eles não estão prontos para essa conversa.
— Shin, você já sabe a nossa resposta, por que ainda pergunta? — retruca Licheng, enquanto joga Candy Crush* no seu celular sentado na sua carteira à minha frente.
— Por que tenho esperanças de que meus amigos possam mudar de ideia? — rebate, com outra pergunta, com o sinal claro de esperanças em cada palavra.
— Eu sou caseira então sempre a minha resposta será um lindo "não". — profiro, dando ombros.
— Faço as palavras de Andy, às minhas. — refuta Licheng, logo em seguida.
— Eu vou se você for, mas já que ninguém aqui vai... — pontua Jung, dando tapinhas consoladoras em Ahye, que fica com o semblante muxoxo — Então, provavelmente, não vamos.
A situação é a seguinte: todo ano as turmas do ensino médio gostam de fazer uma festa conjunta comemorativa de um novo ano escolar, no propósito de que relaxarmos antes de as aulas e os seus conteúdos se intensifique, pois a palavra diversão será apenas vista ou aclamada nas férias do meio do ano, daqui há alguns meses.
A escola nada tinha a ver com o preparativo, porém, estava ciente da existência dessa aglomeração dos seus estudantes em uma casa, na tentativa de relaxar de uma forma mais liberal e sem adultos, felizmente, tentavam indiretamente dar alerta contra qualquer eventual acontecimento infortúnio.
A festa seria na Casa da Lia esse ano — o que foi uma surpresa recebermos convites, já que é tão nítido os nossos sentimentos de repúdios mútuos pra qualquer um ver —, então automaticamente já estava estampado uma resposta negativa da nossa parte.
