9. Ajudar, têm os seus bônus.

18 5 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Uma das coisas que mais adoro fazer na semana é ir à lavanderia lavar as roupas sujas, pois é o meu momento de bobeira em uma semana corrida e cheia de estudos.

Eu uso esse tempo para ler, pensar, ver o movimento na área de lazer do condomínio, sabe, fazer vários nadas para dar paz de espírito por um curto período.

Nas férias eu já fazia isso nas 24 horas, por isso sempre chamava Ahye para conversarmos, mas por banalizar essa obrigação de casa eu estava esquecendo os motivos de querer ter esse momento. Entretanto, hoje eu realmente fui saltitante lavar as roupas, pois eu estava me sentindo sufocada com os vários questionamentos da minha avó.

Como explicar para uma pessoa de idade que sofri bullying na escola e tive que sair mais cedo, pois não tinha roupas reservas? E como explicar isso sem deixar a pressão dela ir lá nas alturas? Minha avó era a boneca de porcelana na minha vida e tinha que cuidá-la, pois qualquer coisa podia fragilizá-la.

Eu sei, coisas da idade, mas gosto de não importunar ela com esses assuntos, então preferia pensar que qualquer coisinha para não tirá-la do meu lado, enquanto espairecia os meus pensamentos para não pensar em situações ruins, como as que passei hoje de manhã.

Coloco as roupas na máquina, fecho a tampa e coloco as fichas. Vejo o horário no visor de quanto tempo seria o ciclo completo da lavagem e programo o meu celular para despertar assim que terminar — mesmo estando a metros da máquina, conseguia viajar tão profundamente nos meus pensamentos que nem via ou ouvia a máquina apitar (vulgo, coisas de Andy).

Assim que começa a lavagem, foco no barulho constante que a máquina faz enquanto sento em um dos bancos do lugar e solto um suspiro com isso. Parece muito estranho, mas gradualmente sinto uma crescente sensação de paz de espírito.

— Tranquilizante, né? — comenta uma voz feminina com um sotaque sutil, levou um susto e olho em direção de onde veio a pergunta, abro um sorriso ao constatar ser a Senhorita Nakamura.

— Sim. — respondo-a, um pouco envergonhada, por ser pega em meu momento viajando no barulho constante da máquina.

— Como está sendo o retorno das aulas? — pergunta, puxando conversa.

— Ah, o mesmo de sempre. — respondo, vagamente, dando ombros — Nada novo.

Ela solta um suspiro e hesita em falar, mas logo se pronuncia.

— Eu queria te pedir uma coisa. — pede, hesitante, se aproximando de mim e sentando no banco ao meu lado — Se não for muito incômodo, é claro.

— Pode pedir, senhorita Nakamura! — tranquilizo-a, um tanto curiosa com seu pedido.

— Você poderia ajudar Yuta na escola nova? — pede, com doçura e atenção — Eu conferi o seu uniforme agora e percebi serem da mesma escola. — explica, um pouco mais relaxada — É tudo novo para ele e ele é um garoto tão tímido...

MEU JAPA ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora