4. Lá vem, o japonês arrependido.

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Coloco o meu material na mochila e arrumo os cadernos que não usarei no canto da minha escrivaninha, deixo todos pilhados na horizontal sobre a cômoda, tomando todos os cuidados para não derrubar. Não ficaria nada impressionada se eu esbarrasse nos meus materiais pilhados e tudo caísse sobre mim, o meu azar e falta de atenção, às vezes, não tinha limites.

Infelizmente, as aulas estavam chegando e as minhas férias tendo o seu triste fim — temporariamente, pois as férias retornariam no meio do ano, em julho.

Sempre penso no futuro, assim não me entristeço de vez.

Falando em entristecer, estou muito triste desde que os meus primos foram embora para a casa deles, tristes e muxoxos, por conta de terem expectativas em promessas alheias. Não queria que no fim das férias deles, ambos tivessem tido as suas empolgações cortadas abruptamente, por um sem coração que nem o Yuta Nakamura.

Só de pensar nisso, me deixa com raiva, mas nada surpresa. Decepcionada até demais, mas esperançosa de que Yuta não era nada do que eu pensava de menos — eu não acredito estar criando expectativa com os meus primos...

Quando me despedir deles, eles estavam tristonhos, mas compreendiam totalmente o "bolo" Que tiveram do Japonês gentil. Os dois pequenos falaram estar tudo bem e que eu deveria conversar com ele, pois Yuta poderia ainda está chateado comigo porque eu sou uma péssima namorada e que na próxima oportunidade, eles iriam brincar e fazer os preparativos do nosso noivado.

Os meus primos têm uma personalidade peculiar de serem tão anjinhos em simultâneo, como uns demoniozinhos na minha vida. No entanto, no fim eles optaram por ser uns anjinhos e até perdoaram aquele sem coração.

Quero jogá-lo pela minha janela de tanta raiva.

Custava ele avisar? Ligar pelo interfone e dizer não hoje, mas um talvez um dia, para os pequenos?

Suspiro.

Realmente, eu nunca vou entendê-lo.

Pego o meu pijama e vou para o banheiro, me preparando para ir dormir. Minha cabeça está cheia de tantas possibilidades de mortes sendo criadas para pôr em praticar contra o Japonês enquanto criava possíveis acontecimentos futuros para o que aconteceria no primeiro dia de aula.

Eu estava com saudades dos meus amigos, isso é um fato, mas tinha aquelas pessoas que, infelizmente, também estariam lá e teria que conviver novamente por mais um ano com elas. Yuta era fichinha perto delas, elas abre a boca e eu já quero tacar a cadeira nelas.

Todavia, eu não quero me estressar com isso, ainda.

Ahye era uma companheiraça, mas não substituía o meu melhor amigo, o sensato Dong Licheng, ou como gostávamos de chamá-lo Licheng — pois ele era vencedor duas vezes diante do nosso olhar.

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