16. Consequências da festa.

17 2 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


— Hoje, será apenas nós dois. — anuncia Yuta, ao pé do meu ouvido, quando chega na parada de ônibus, bem de fininho atrás de mim.

— Bom dia pra você também. — murmuro em resposta, sem fôlego enquanto sinto a quentura nas minhas bochechas — Por que você está dizendo isso?

— Yuto vai ficar em casa hoje, em observação pelos olhares do senhor e senhora Adachi. — explica, colocando as mãos nos bolsos e ficando ao meu lado, aguardando o nosso ônibus, termina de falar fazendo uma careta — Tadinho, porém, sortudo.

— Ainda de ressaca por ter tomando muito guaraná? — implico, ainda sorrindo por conta da sua feição engraçada.

— Na verdade, estou com insônia desde a festa. — comenta, com o olhar para a pista movimentada e mordendo de leve o lábio inferior.

— Eu posso saber o motivo? — questiono-o, curiosa, me aproximo dele e inclino o meu rosto para encará-lo melhor, isso o faz inclinar o seu rosto para encontrar o meu olhar — O que está tirando o seu sono, Nakamura?

Você. — murmura baixinho, me encarando minuciosamente.

— O-O quê? — indago, toda abobalhada, dando um pulinho involuntário para trás, perdendo todo ar existente no meu corpo.

— O nosso ônibus, dá o sinal. — manda, trocando bruscamente de assunto, após ter desviado o seu olhar para a pista novamente, ainda o encaro de forma atônita enquanto o mesmo sorri de maneira travessa.

— Por que sempre eu, hein? — resmungo, a contragosto.

— A sua fofura captura mais rápido a atenção dos motoristas. — explica, todo sorridente e eu lanço o meu olhar semicerrado para ele.

Começo a dar o sinal para o ônibus enquanto tento fazer o meu coração normalizar as batidas.

Yuta vai me fazer ter um infarto com essas brincadeiras, sinceramente. Isso é tão injusto! Ele consegue tirar o meu ar todinho só com algumas palavras e nada do que eu faço parece surtir efeito nele.

Muito injusto.

Ademais, entramos no ônibus e, como frequentemente, Yuta me ajuda a passar na roleta com a minha mochila — que deve ter um lance com as barras da catraca, senhor amado —, e o ajudo com a sua, mesmo não precisando — já que ele é todo alto e a mochila dele não deve curtir a catraca —, pego na mão do Yuta enquanto começo a caminhar pelas pessoas presentes no ônibus para irmos ficar na parte de trás, como todos os dias.

Tenho que admitir, foi meio triste chegar na parte de trás do ônibus e não ver o Adachi todo modelo, segurando em uma das grades de ferro superiores enquanto observava o movimento dos carros em que é proporcionado pela janela.

No entanto, a tristeza logo foi embora quando eu avistei uma cadeira recém-liberada e não perdi tempo indo me apossar dela — é um evento muito raro, essas oportunidades você agarra com unhas e dentes.

MEU JAPA ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora