CAPÍTULO 22 - GUERRA E PAZ

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E num piscar de olhos, entramos nas provas do terceiro bimestre. Estava cada vez mais fácil passar por essa temporada de estudos. Uma vez conhecendo a rotina. Naquele bimestre, porém, tivemos uma mudança no cronograma. As provas foram antecipadas uma semana. Isso porque, na semana seguinte, no sábado, uma importante prova militar ocorreria e a qual praticamente todos do terceiro ano participariam. Então, os alunos do terceiro seriam liberados para suas casas uma semana para que pudessem terminar sua preparação da forma que melhor convir. Aos demais, restaria uma semana mais leve, em que os professores combinaram de passar revisões nos pontos em que os alunos mais tinham dúvidas.

Consegui passar pela semana muito bem. Porém, no dia da última prova, eu sofri um pequeno acidente. Nada sério, apenas fomos jogar futebol após a última prova como forma de aliviar o estresse, e numa dividida de bola com Elias, acabei tropeçando e torcendo o pé. Doeu bastante, mas nada sério. O médico da enfermaria havia confirmado isso.

Então, voltei para o alojamento para ficar em repouso o resto do dia. Lá, encontrei Valente lendo. Não quis atrapalhar, então deitei e tentei dormir um pouco. Meu tornozelo ainda incomodava.

Era início de tarde ainda, e o alojamento estava praticamente deserto e eu não conseguia dormir.

Tédio, somado a uma fertilidade própria da adolescência, e é claro, uma total falta de constrangimento em atazanar um colega de classe, me fizeram ter uma ideia.

Não era das minhas ideias mais brilhantes, eu concordo, mas era funcional. Botei o pau pra fora e comecei a brincar com meu único companheiro naquelas horas de solidão.

Olhei de surdina para Valente, mas o garoto estava tão focado na leitura de 'Os homens que não amavam as mulheres', que sequer me olhava. Não podia julgar, o livro era ótimo, mas eu não estava afim de deixar ele ler. Pigarreei, e nada. Maldita hipnose por livros que aquele garoto parecia ter.

Então, continuei a massagear meu órgão e dei um leve gemidinho. Depois outro, um pouco mais alto. Então finalmente consegui chamar sua atenção.

Começou com uma olhadinha rápida, por cima das páginas. Ele logo voltou a leitura e eu cheguei a pensar que ia ser de fato ignorado. Mas não. Logo depois ele olhou de novo. E de novo. E de novo.

Sempre de forma rápida, furtiva. Era engraçado. Arriei minha calça toda, até a canela. E levantei minha blusa até o meio do peito e me masturbei. Devagar, puxando bem a pele e revelando a cabeça vermelha.

- Ah ... Fábio

Eu então fingi um susto e joguei o lençol por cima.

- Foi mal, cara. Esqueci você aí.

- Aham - não se deu ao trabalho de fingir que acreditava. Estava sentado agora, ajeitando os óculos.

- Como está seu tornozelo?

- Doendo um pouco - admiti.

Ele levantou e veio. Sentou do meu lado

- Posso fazer alguma coisa? - Se mostrou solicito

- Não cara. Pode voltar a ler. Não quero atrapalhar. - Me fiz de desinteressado.

- Ah tal - e riu de deboche. Então, meteu a mão por baixo dos lençóis e pegou nele. Depois alisou minha barriga e meu peito.

A carinha de garotinho, os óculos e o ar intelectual. Valente deu um meio sorriso e desceu, colocando meu pau na boca

- Oba - me reclinei e recebi suas chupadas de bom grado.

Era uma chupada tímida, um pouco sem técnica. Mas também não era justo julgar. Depois de experimentar a boca experiente de Vinícius, qualquer outra careceria de técnica.

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