CAPÍTULO 21 - SEGUNDAS CHANCES

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- Caralho! Cuidado. Vai arrancar meu cabelo assim - gritei quando Pinheiro tentou pentear meu cabelo.

- O que tu quer que eu faça? Essa merda está toda gozada - Pinheiro se divertia enquanto me ajudava a tomar banho.

De início, eles ficaram apenas olhando, mas vendo que eu tinha muito trabalho pra fazer, resolveram também tirar as roupas e me ajudar.

Pinheiro pegou um pente e Soares a bucha, e foi arrancando minha pele para tirar as inscrições de tinta. A água quente sobre mim completava aquele ritual de tortura medieval: esfolar, escaldar e escalpelar.

Soares esfregava meu peito. Todos em paz, rindo enquanto eu lutava pra não gritar. Acho que o verdadeiro castigo afinal não era o julgamento ou o batismo, mas sim essa limpeza depois.

- Tá bom. Chega galera, acho que dá pra sair assim - propus.

- Como? Olha teu cabelo. Está todo grisalho ainda - Pinheiro gargalhava.

- Relaxa, Mendes. Tirei o "D" o "E" e o "S". Podemos deixar como HONRADO. O que acha? - Soares Zoou.

Fui praguejando enquanto eles me limpavam. Mas apesar de tudo, sobrevivi. Pele bem vermelha dos esfregões e meu cabelo de encaracolado ficou liso com o jeito delicado de desembaraçar de Pinheiro. Mas de resto, inteiro.

- Aí, viu? Precisava chorar? Acabamos - Soares riu.

- Porra. Mas quase me mataram no processo - me queixei. Mas estava aliviado de ter acabado. - Obrigado. Eu acho

- Que isso, Mendes. Obrigado só? - Soares se achegou, aquele sorriso safado no rosto.

- Eh, parceiro - Pinheiro me cercou - Essa é sua segunda chance. Você acabou de ser anistiado. Isso quer dizer que começa tudo do zero. Nada melhor pra começar com pé direito do que dar um agrado para seus superiores

Eles me cercaram, com paus já duros.

- Será que eu não vou ter folga hoje? - Me queixei, mais fazendo drama do que propriamente reclamando.

- Para de manha, Mendes - Soares pôs a mão no meu ombro e me empurrou pra baixo - Vamos lá. Só uma mamadinha, vai

Eu fiquei de joelhos e olhei pra eles, que sorriam como os garotos travessos que eram. Como não tinha jeito, pus minha boca pra trabalhar, chupando bem cada pênis que me era apresentado, alisando suas pernas, seus sacos. Aproveitando bem seus cheiros e seus sabores.

Trocava rapidamente de um pênis para o outro, passava minha mão por suas bundas. Recebia seus elogios.

- Caramba, que boca - Soares comentou. De fato eu nunca havia chupado o pau dele.

- Eu não te disse? - Pinheiro assentiu

- Cara, vou gozar de novo - Soares anunciou e eu peguei rapidamente seu pau e o apontei para fora de minha direção. O jato foi direto no azulejo.

- Que isso, Mendes - ele se espantou, achando graça.

- Chega. Nem mais uma gota em mim, por favor - desabafei e todos gargalharam. Continuei chupando até todos se satisfazerem. Então, me vesti e eles me acompanharam até meu dormitório. Lá, fui recebido como um herói pelos calouros.

- Uma salva de palmas para nosso capitão! - Albuquerque anunciou e todos urraram e me saldaram. Gostei da recepção, mas estava exausto. Então agradeci e fomos dormir. Caí rapidamente no sono.

Nos dias seguintes, o clima já estava renovado. Se minha relação com o terceiro ano era boa, ficou ainda mais leve. Somente Santos ainda me olhava de rabo de olho de vez em quando, mas ele não me importava nem um pouco.

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