Se na semana anterior eu estava ansioso, nesta eu me encontrava ainda mais. Eu não sabia o que esperar daquilo. Na verdade, não sabia o que esperar de nada. Eu havia encarado muito bem tudo o que era novidade do relacionamento humano do Pracinhas até então, mas tinha minhas dúvidas se saberia administrar tão bem as questões envolvidas naquela simples tarefa de passar um fim de semana com Siqueira e conhecer sua mãe.
- É amigo, parece que a coisa ficou séria - Elias disse, quando contei pra eles - Como está se sentindo?
- Como se tivesse com falta de ar - confidenciei.
- Ah, que maravilha. Se vocês dois ficarem juntos, podemos marcar uma saída de casais - Pedro ficou ansioso.
- Calma, Pedro. Por favor. Não me deixa mais em pânico.
- Oh, que bonitinho. O Fábio tá ficando vermelho. - Elias me zoou.
- Ai que lindo - Pedro foi na onda e depois completou - Até que é divertido quando se está do outro lado - constatou, e rimos muito.
Praticamente todos do nosso ciclo mais íntimo já estavam sabendo. Com exceção de Pinheiro. Até meus pais já sabiam, embora eu tenha sido muito econômico nos detalhes. Falei pra eles apenas que passaria o fim de semana na casa de um amigo, sem especificar quem. Não era uma mentira, afinal.
Antes do fim de semana chegar, teve um acontecimento inusitado. Foi quando fui devolver para Elias o livro de matemática, que tinha pego emprestado, pois o meu estava esquecido em casa naquela semana. Fui informado que ele estava com Pinheiro, na quadra dos fundos, jogando tênis. Então fui lá.
Eu poderia deixar na cama dele, mas não gosto. Sempre prefiro entregar em mãos quando pego algo emprestado.
Acontece que cheguei na quadra e não havia ninguém. Chutei que estariam na ducha e me dirigi.
Saber que Elias e Pinheiro curtiam uma amizade colorida não era nenhuma novidade, mas o que encontrei ali, era. De costas, escondido atrás dos armários, encontrei Valente, espiando o que ocorria nos fundos na área do chuveiro
Dei uma olhada e vi Elias contra a parede, de costas para Pinheiro, tendo seu corpo banhado pelo chuveiro enquanto o major cuidava de sua retaguarda.
Pinheiro lhe dava boas estocadas, marca registrada dele. Fazia largos movimentos, que nos permitia ver a grande extensão de seu órgão entrar e sair do corpo pequeno de Elias.
Eles gemiam sem pudores. Eu pensei em sair dali e lhes dar privacidade, mas o voyeur de Valente me deixou curioso. Ele olhava tudo, hipnotizado, sem se tocar nem nada, só curtindo o show. Ele sequer tinha me notado ali.
Pinheiro metia com mais força, provavelmente chegando ao orgasmo. Elias se empinava todo, pedindo mais.
Quando Pinheiro gozou, encravou fundo, fazendo meu pequeno amigo ficar na ponta dos pés, quase sendo erguido do chão pelo seu potente pau.
Valente então se virou para sair. Foi quando deu de cara comigo. Levou um susto e quase gritou. Ficou me olhando com cara assustada, mas eu apenas sorri pra ele e assenti. O que ele me olhou agradecido e saiu.
Então, escuto a voz de Elias:
- Fábio? Você também está ai?
- Oi? Ah, desculpe. Vim te devolver isso e não sabia que... Pera aí. Vocês sabiam que o Valente estava vendo?
Pinheiro deu uma risadinha.
- Ele costuma vir me ver tomar uma ducha depois do meu treino de tênis. - contou. - Não sei se ele sabe. Já pensei em chamar ele pra uma brincadeira, mas achei divertido ver ele me espiando. E fiquei curioso pra saber quanto tempo ele ia ficar só olhando.
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Colégio Pracinhas
RomantizmEstruturas são como grilhões, que nos moldam e limitam, mas também podem abrir possibilidades para novas experiências quando as condições ideais são aproveitadas. Fabio ingressou no colégio militar Pracinhas e não imaginava o mundo de aventuras e po...