Os jardins da mansão, agora estavam cobertos por flores e convidados que chegavam de todos os lados para a cerimônia. Nunca fui um filho que deu trabalho, mas naquele momento tudo que eu queria era abdicar dos privilégios e pressões de ser um nobre. Talvez minha mãe não tenha sido tão vilã afinal das contas. Minha mãe, era por ela, e por causa dela que agora estou me arrumando pra meu casamento, e pensar que esse dia estava sendo tão esperado por mim a alguns dias atrás. O choque que me tomou na manhã seguinte de Nat ter ido embora, só se tornou pior conforme o dia passava. Eu tinha um compromisso com os anciões do condado naquela tarde quando o rei em pessoa apareceu em minha sala
- Alteza, a que devo a honra de sua presença na mansão Jongcheveevat - me curvo, ainda que estivesse surpreso por ele estar ali, me torno ainda mais desconfiado quando meu pai surge a suas costas - Mew, vamos pro escritório conversar sim !?- ainda que estivesse estranhando seus comportamento, concordo e os sigo até lá. Nos sentamos e já sinto minhas palmas suarem quando o rei começa a falar - Meu menino Mew, sabe que tenho muito carinho e respeito por você. Seria uma honra ter você como parte oficial de minha família, mas não posso fazer isso com meu filho, não suportaria vê-lo infeliz, seu pai me entendeu perfeitamente, ele sabe o peso que uma união forçada pode causar a uma pessoa - eu entendi claramente a referência a minha mãe com aquelas palavras. Mas eu realmente não estava entendo nada - Meu rei me perdoe mas eu não - sua mão se ergue, me silenciando - Eu sei que pode ser doloroso meu jovem, sei de seus sentimentos por meu filho, mas sinto em dizer que ele não os retribui da mesma maneira. Gulf é uma criança que não tem coragem pra dizer o que realmente sente as pessoas, mas é claro pra mim seu desconforto com esse casamento - suas palavras parecem um punhal sendo cravado em meu peito. Não era possível, ele não podia estar falado do meu Nattarin, o homem que saiu daqui ontem, jurando voltar pros meus braços. Eu o assustei ?? Por que ele não falou comigo ? Não não era possível, havia algo errado naquele historia - Meu rei, perdoe minha ousadia, mas o que o príncipe lhe contou, eu, eu realmente não entendo, estávamos nos dando bem antes de sua partida e - mais uma vez sou silenciado - Eu sei que pode ser confuso Mew, mas Kana é uma pessoa doce e simples, ele disse que retribuía seus sentimentos ? - aquelas palavras foram como um tapa em meu rosto, porque... Não, de fato Nat nunca havia dito que se sentia da mesma forma. Seria possível que ele tenha apenas se deixado levar, Kana sempre foi uma criança um tanto influenciável e inocente, será que ele havia se sentido pressionado por meus sentimentos !? Sinto minhas mãos tremerem, eu de fato não poderia contestar o argumento do rei.
Ele se aproxima tocando meu ombro - Me desculpe Mew, mas Gulf é meu unico filho, eu só quero o que é melhor pra ele, você o ajudou muito, e sei que em parte seu afastamento é minha culpa, mas não acho que a mágoa que ele tem de você possa ser apagada, não posso forçar meu filho dessa maneira. Ele sai da sala, me deixando sem reação, eu mal conseguia respirar, me sentia tão confuso, meu peito doía, eu teria magoado Nat novamente ?? Meu mundo se despedaçava naquele momento, eu precisava falar com ele, eu queria ouvir diretamente de sua boca, mas agora quem me mantinha na sala era meu pai. Ele se aproxima, e pra meu espanto posso notar que ele também estava consternado - Mew me perdoe, sei que está magoado e não é o momento mas - um pergaminho me é entregue, minhas mãos trêmulas se erguem pegando o papel, meu pai não era uma pessoa que se transtornasse por pouco. Assim que meus olhos caem sobre o papel sinto meu ar sumir.
" Carta de reivindicação de Titulo e Posses"
Meus olhos passam pelo pergaminho, mas não conseguia crer no que lia. O título e posses de minha mãe estão sendo reivindicados, as leis arcaicas da nossa sociedade impõe que os primogênitos da realeza devem se casar até os 25 anos, ou as posses e títulos da família passam a pertencer ao condado. Me vejo em choque diante daquela informação, claro que o fato de minha mãe ter ido embora era o real motivo de tudo aquilo, a nobreza não perdoa uma mulher que abandona o lar. Encaro meu pai que já tem os olhos lacrimejantes - É minha culpa, se eu tivesse sido melhor pra Jullya talvez ela ainda estivesse conosco - e como nunca em minha vida, via agora diante de mim meu pai chorando - Me perdoe Mew, me perdoe meu filho, não queria por esta obrigação sobre seus ombros - ainda que parecesse só uma pedido de desculpa, sinto meu estômago revirar com aquela frase. Uma batida soou na porta e por ela passam duas pessoas, duas mulheres muito bonitas, uma delas provavelmente era a criada da outra mulher que claramente pertencia a nobreza - Com sua licença vossa graça - a mulher elegante se curva nos cumprimentando, meu pai rapidamente limpa as lagrimas e sorri para ela - Seja bem vinda minha lady, permita-me lhe apresentar, este é duque Mew Suppasit do condado do Sol... Seu noivo.
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Era Uma Vez... Pela Eternidade
FanficOs contos de fadas são lindos e emocionantes... Mas na pratica nem todos as "princesas" tem a sorte de serem salvas por um príncipe em um cavalo branco... Então o que fazer quando seu príncipe é na verdade o "cavalo branco " !? Um duque debochado e...