— Ah por favor Kanawut, eu já disse que sinto muito, os empregados devem ter ouvido errado – aquele sorriso mais do que deslavado voltava a estampar seu rosto. Não parecia em nada o homem que apareceu no meu quarto naquele fim de tarde. De fato, desde que nos encontramos esta manhã o bom é velho Suppasit é quem está presente — É a sua letra na carta vossa graça – tive que maneirar minha raiva devido às inúmeras pessoas que passeavam pelo jardim do condado. Nossa atividade da manhã era um café da manhã que não foi realizado no dia anterior devido a toda confusão que aconteceu. Os cumprimentos vinham de todos os lados, por tanto eu não tinha espaço suficiente pra deixar meu ódio sair — Um pequeno erro de caligrafia majestade – ele se curva me dando passagem através da pequena ponte que dividia o jardim. O lugar era de fato muito bonito e bem cuidado, enormes trilhas de Crisântemos, Violetas e Gérberas de várias tonalidades nos cercam deixando o vasto espaço com um ar quase mágico. Subimos uma pequena escada que nos levou a um andar superior onde agora lindas árvores frutíferas e carregadas de delicadas flores enfeitavam o lugar.
Quanto a Suppasit eu já não sabia mais o que pensar, hora ele era o idiota com o qual convivo, em outros ele era o adolecente que quase não lembro como era. Eu já não sabia como reagir perto dele. Quando éramos mais novos tudo era mais fácil, éramos amigos apesar da diferença de idade, mas com a entrada de Mew na puberdade tudo mudou. Mew... esse nome foi uma das maiores mudanças em nossa relação. O nome que me foi proibido de ser usado por ele. Mas suas implicâncias se tornaram cada vez mais intensas e irritantes. O apelido que me seguiu pela adolescência inteira era dito por ele com soberania. Sinto um fogo me corroer por dentro, se ele podia me desestabilizar assim por que eu não tinha o mesmo direito !? — Tudo bem vou acreditar em você dessa vez... Mew – continuo caminhando lentamente a sua frente até perceber que ele ficou pra trás. Sinto um pequeno sorriso de satisfação em meu rosto antes de me virar lhe encarando — O que houve ? Não esta se sentindo bem duque... Mew – claro que eu faria questão de isolar e dar ênfase ao pequeno nome, e quanto mais incômodo eu via que ele ficava mais eu me sentia satisfeito com aquilo — Mew, o que houve ? Se sente mal – posso ve-lo engolir em seco e me responder entre os dentes cerrados
— Não, apenas pare de me chamar assim – percebo que ele respira fundo apertando as mãos atras do corpo e vindo caminhando em minha direção — Por que Mew ? Estou pronunciando de forma errada, talvez deva dizer mais pausado Meeww – sem disfarce nenhum debocho de sua cara, estávamos sozinhos ali, era o único momento em que podia me despir da exigência de cordialidade imposta a todos e qualquer um da nobreza, mas não imaginava que ele faria o mesmo. Solto uma arfada alta quando minhas costas se chocam contra a arvore, e os olhos profundos de Suppasit me encaram — Cala a boca – sua voz era grave, e eu podia notar que ele se esforçava para controlar a respiração, e a minha também já estava alterada... pela raiva.— Por que ? Chama-lo pelo nome faz com que vossa graça se sinta menos nobre ? Ou lhe remete a época em que era humilde e tratava a todos com igualdade ? Te faz lembrar quando éramos próximo, é isso te trás tanto nojo ao me ter lhe chamando de forma tão próxima? Me odeia tanto assim Mew – não era isso, não era pra ser assim. Minha intensão era apenas incomodá-lo, então por que diabos eu estava explanando tais frustrações imaturas de minha infância, por que o distanciamento dele me encomodava tanto. Eu estava pronto pra gritar mais alguns desaforos quando sua mão tapou minha boca de forma firme.
— Como sempre o soberano Nattarin acha que sabe tudo não é. Você não faz ideia do que acontece ao seu redor, é tão ingênuo e mimado que não encherga o perigo mesmo quando está diante de seus olhos. Acha que me afastei por que quis? Acha que te odeio ? Tem noção do quão ridículo são suas acusações – seus olhos pareciam injetados de algo que eu não fazia ideia do que era, seu hálito contra meu rosto arrepiava minha pele, sua mão era quente contra meus lábios. Eu me sentia apavorado, mas não tinha certeza se era de medo — Acha que o motivo de não querer que me chame assim é por lembranças?? Pois bem, esta certo, cada vez que meu nome sai de seus lábios me lembro do quão sujo eu sou, do quão indigno me tornei por ser assim em sua presença, isso Nattarin é o resultado de meu nome em teus lábios – arregalo meus olhos e sinto minha respiração acelerar quando sua mão pressiona a minha sobre o volume em suas calças — Cada vez que pronúncia essa palavra através desses lábios inocentes e provocativos, meu corpo reage sem minha permissão, minha pele parece em brasas ao escutar o som de tua voz – minha mão ainda é presa pela sua, e posso sentir o pulsar daquele membro quando sua voz sussura em meu ouvido e seu nariz toca meu pescoço — Seu cheiro domina meu olfato me atiçando a tocar sua pele de chocolate – seus olhos voltam a encarar os meus, algo quase selvagem trasborda através deles — Meu nome se tornou uma maldição desde que você aprendeu a fala-lo. Esqueça-o apartir de agora Nattarin, ou o farei esquecer o seu próprio – ele mantém seus olhos sobre os meus mais alguns segundos antes de se afastar por completo. Assim que seu domínio se acaba meu corpo cede indo de encontro ao chão, minhas pernas tremem e na palma de minha mão ainda posso sentir o calor daquela parte tão íntima de seu corpo.
Quando ou como voltamos pro castelo, não saberia dizer. Não trocamos mais nenhuma palavra durante todo nosso caminho, a comida durante o jantar veio de forma automática a minha boca, de forma que se precisa-se descrevê-la não saberia como fazer, tomei um banho e agora me acomodo sob as cobertas. Os acontecimentos e conversas durante o dia ainda rondam meus pensamentos impedindo que o sono se aproxime, o calor de seu corpo, o aroma de sua respiração, a imponência de sua presença. Balanço a cabeça tentando fugir de todas aquelas sensações. Início um cantarolar de uma antiga canção de ninar afim de que em algum momento de sua melodia eu adormeça.
Estava em completo silêncio até que sinto um peso sob meus pés, me remexo tentando me livrar daquilo mas ele se torna mais intenso e sobe por meu corpo, me viro de contas contra o colchão, apenas uma vela ilumina a penumbra do quarto, quando quase grito ao ver quem estava ali. Minha boca foi coberta pela mão de Suppasit no momento em que minha voz tentou fugir, mesmo no escuro nossos olhos se encontraram e aquele mesmo sentimento que eu não sabia identificar refletia nas orbes escuras, sua mão se afasta de meus lábios e quando torno a tentar falar, sou novamente impedido, mas dessa vez por sua boca. Seus lábios se junta aos meus, no primeiro momento de forma delicada e logo, para meu choque com mais brutalidade, a língua que invade meus lábios tinha pressa, sua mão agarra meus cabelos mudando o ângulo de nossos rostos e permitindo que o beijo fosse mais profundo. Seu corpo cai sobre o meu, deixando minhas pernas abertas e encaixadas em sua cintura, meu corpo se aquecia de forma quase dolorosa, e minha respiração era falha, por sorte ele abandona minha boca, mas logo toma meu pescoço entre os lábios deixando marcas de dente por toda sua extensão. Meu quadril era pressionado pra baixo, e sem dúvida nenhuma podia sentir algo duro contra meu corpo, mas o que me deixou em pânico foi o fato de eu estar da mesma forma. Meu membro pulsava contra o dele, e sem me reconhecer eu podia notar meus gemidos fugindo de minha boca. Ele se movimentava contra meu corpo criando uma fricção em nossos membros que me causava calafrios, uma sensação que nunca me vi sentindo antes, eu estava com medo, queria gritar e chamar por ajuda, mas tudo que eu conseguia fazer era chamar roucamente seu nome e agarrar suas costas trazendo ele mais pra perto de mim. Sua mão envolve minha coxa a apertando firme e sua boca volta a tomar a minha, quando nossos corpos se esfregam com mais rapidez e um gemido rouco ecoa em sua boca, fugido do fundo de minha garganta.
A batida na porta me faz saltar na cama, me sento rapidamente tanto estabilizar a respiração. Do lado de fora a empregada espera por minha autorização pra entrar, e do lado de dentro me vejo descrente da situação em que me encontro, os lençóis da cama revirados, meus cabelos bagunçados, a respiração descontrolada e as calcas ainda úmidas pelo liquido que fugiu devido ao sonho que tive — Ahh pela Deusa que merda foi essa Kanawut !?
Obrigada por Ler 🌻☀️
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Era Uma Vez... Pela Eternidade
Fiksi PenggemarOs contos de fadas são lindos e emocionantes... Mas na pratica nem todos as "princesas" tem a sorte de serem salvas por um príncipe em um cavalo branco... Então o que fazer quando seu príncipe é na verdade o "cavalo branco " !? Um duque debochado e...