Desfrutem ♥
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Anahí chegou na recepção e avistou uma bonita senhora de cabelos loiros e curtos, olhos azuis, de média estatura, possuía roupas refinadas, não que indicasse grandes riquezas, apenas um bom gosto.
– Olá, sou Anahí Portilla.
– Prazer senhorita Portilla, sou a senhora Wynard. – Ela a cumprimentou lhe esticando a mão.
Anahí também estendeu a mão, ainda sim aquele nome não lhe era estranho, na realidade era muito comum. Aquilo não poderia ser coincidência, poderia? Ela não acreditava em coincidências. Sem obter mais respostas, a senhora Wynard continuou:
– Eu sei que faz muito tempo, mas você deve imaginar como é duro para uma mãe perder um filho. – Respirou profundamente. – É que finalmente, depois de mais de cinco anos eu comecei a me desfazer de alguns pertences do meu filho, e encontrei seu nome atrás de um cartão do laboratório. Liguei para o celular e não funcionava, então descobri que ainda trabalhava aqui. E quis vir conversar... – Disse tímida.
– Claro. – Anahí tentou falar sem engasgar, sentiu seu corpo gelar por dentro. – Nossa, faz tanto tempo.
– Eu sei que pode parecer estranho eu vir aqui depois de tanto tempo, mas eu senti que tinha que vir. Vocês foram namorados?
– Não exatamente. – Era completamente constrangedor falar disso ali no laboratório, sabendo que o neto desta senhora estava ali tão perto e que as paredes tinha ouvidos. Como dizer tudo aquilo? – Nós nos envolvemos por um tempo, ele tinha suas mágoas e eu as minhas. Ele era um homem muito gentil, doce...
– Mamãe... Mamãe... – Oscar veio correndo em sua direção.
Anahí ficou estática. Naquele momento não somente ela, mas a senhora Wynard também. Ela poderia estar louca, talvez fosse uma alucinação vindo da sua cabeça diante da saudade que sentia do filho, mas aquele garoto lembrava demais o filho que havia perdido.
– Olá, garotinho como vai? – Ela se abaixou, sentiu grande empatia por ele prontamente.
– Me chamo Oscar, senhora. – Ele respondeu educado. – E tenho cinco anos. – Ele então fez cinco com a sua pequena mão. – Mas logo vou fazer seis. – Ele sorriu.
Anahí não sabia o que fazer, se deveria ou não intervir. Talvez a senhora Wynard nem notasse, e se ela se exaltasse tudo fosse pior. Ela nunca teria escondido o neto da verdadeira avó, somente não sabia que ela existia. Durante o caso do assassinato do filho, ela teve que ficar afastada, e até onde sabia nenhum parente havia se envolvido de perto, além da ex noiva dele.
– E você tem um papai? – Ela perguntou totalmente indiscreta, movida pelos seus sentimentos.
– Tenho dois! – Respondeu normalmente.
– Dois? – Ela questionou com estranheza.
– Meu papai de coração é o Alfonso, mas meu papai de sangue eu não conheci. A mamãe disse que ele se chama Taylor e que hoje é uma estrelinha brilhante que fica lá no céu cuidando de mim. – Ele sorriu. – Eu tenho minhas duvidas já que estrelas são formadas por nuvens de gás interestelar, ou seja, poeira e hidrogênio, mas a mamãe não mente, então tenho que acreditar.
– Muito esperto você garotinho. – Ela sorriu emocionada.
– Meu amor, por que não está com seu papai?
– Ele pediu para eu vir ver você mamãe. – Ele sorriu.
– Eu e a senhora Wynard precisamos conversar. – Ela olhou para a senhora Wynard. – Vou apenas levar ele para o pai, e nós saímos para conversar em uma cafeteria que tem aqui perto.
...
Sua vontade era esmagar a cabeça do Herrera, já havia pensado em diversas maneiras de matá-lo, mas foi obrigada a respirar profundamente. Entrou na sala de Herrera junto com o menino.
– Qual a dificuldade Herrera?
– Oi? – Ele tirou os óculos e virou-se para ela.
– Eu pedi para ficar com Oscar enquanto eu falava com a pessoa que estava na recepção. Podia ser uma pessoa perigosa ou algum assunto que não fosse conveniente para Oscar ouvir. Por que mandou ele me seguir? – Anahí tentava controlar o tom da voz, ela estava visivelmente nervosa.
– Me desculpe. Eu não pensei que pudesse ser algo sério. – Ele falou em tom de desculpas, mas logo percebeu que alguma coisa não estava bem.
– Tudo bem. – Anahí suspirou, realmente não era total culpa de Herrera, mais cedo ou mais tarde teria de contar a verdade para a avó biológica do seu filho, e desse modo havia sido até mais fácil. – Fique com ele, por favor, eu preciso resolver um problema.
– É algo que eu possa ajudar? – Ele questionou demonstrando estar prestativo diante do nervosismo da sua mulher.
– Não. É algo que eu mesma que tenho que resolver. Vou ter uma conversa com a senhora Wynard. – Anahí ergueu as sobrancelhas. – Vai ser algo difícil.
Herrera arqueou as sobrancelhas do mesmo modo de Anahí, pensou ter escutado errado, mas sabia exatamente de quem sua esposa estava falando. Se sua memória não estivesse falha, e ela nunca falhava, ela deveria estar falando na mãe de Taylor, o pai biológico de Oscar.
Agora Anahí se encontrava frente a frente com a tal senhora, de nome Elizabeth, que de uma maneira meio irônica era também o nome da mãe do seu marido. Fechou os olhos, e tomou um gole do café que estava sobre a mesa a sua frente, nem sabia por onde começar.
– Quando Taylor morreu, eu não sabia que estava grávida, descobri meses depois e não achei conveniente procurar ninguém da família dele. Não nos conhecíamos direito, e ele nunca falou da família nos poucos encontros que tivemos, e eu fiquei com certo receio de procurar familiares. Um relacionamento casual, ele tinha uma ex-noiva da qual a família gostava muito, me senti uma intrusa, tinha medo de Oscar ser tratado como um bastardo. – Ela olhou. – Olha, eu não quero ofender, mas na real eu tinha medo das reações que teriam em relação a ele. Até por que eu me sinto parcialmente culpada pela morte do Taylor, mataram ele para se vingar de mim, não acreditava ser um bom momento para chegar com uma criança.
– Não me sinto ofendida Anahí. Posso te chamar assim? – Ela perguntou educadamente e Anahí assentiu com a cabeça. – Quando temos filhos nós o queremos proteger, e tomamos muitas atitudes pensando no melhor para eles. Mas quando vi o pequeno Oscar, Taylor está presente nele de alguma forma... – Ela sorriu de forma boba. – Parecia que eu via meu filho nele. – Emocionada seus olhos marearam.
– Oscar é uma parte de Taylor sim, e nunca escondi isso dele. Apesar de não saber muito sobre ele, eu tinha uma foto da identidade do pai, e ele tem em um porta-retratos no quarto. – Ela sorriu. – Eu sempre quis saber mais sobre ele para contar para Oscar, para que ele tivesse orgulho do pai biológico.
– Bem, se eu puder fazer parte de vida dele, eu tenho tantas coisas para contar. – Ela sorriu emocionada com a lembrança do filho. – Taylor era um ótimo filho, um homem preocupado com a família, ele mudou um pouco após o fim do relacionamento com Juliana, mas ele era tão feliz...
– Fora difícil para ele, não? Para mim aquela época também era difícil, ele era um bom ouvinte. – Anahí lembrou carinhosamente. – No dia que ele morreu estava disposto a voltar com Juliana... Sentia falta dela. – Ela ficou silenciosa por um tempo. – E eu adoraria que você fizesse parte da vida de Oscar, amaria que ele tivesse uma avó, que contasse as histórias do pai. Meu marido certamente ficará enciumado, ama Oscar como um filho, mas com certeza entenderá.
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Eita, não é que o pequeno tem a lingua maior que a boca? haha, melhor pra nós! ;)
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Si volvieras ✖ AyA {finalizada}
FanficAlfonso já havia colocado muitos empecilhos no relacionamento com Anahí, até o momento que pediu o divórcio alegando ser o melhor para ela já que não podia estar tão presente em sua vida. Motivada por uma notícia recente, Anahí depois de quase um an...