Capítulo 2

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Bem vindos a mais um capítulos de SVV. Fico muito feliz que já gostaram do primeiro capítulo e muitos já estão tentando adivinhar o segredo da Any! Como eu comentei anteriormente essa história é inspirada em CSI, mais precisamente no episódio Forget Me Not

Desfrutem <3
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Herrera sentia-se estranho, havia chegado há poucas horas em Vegas e só tinha tido tempo de largar suas coisas em um quarto de hotel, dormir um pouco e agora estava dentro do laboratório. Muita coisa havia mudado no tempo que esteve fora, muitos rostos novos, mas alguns conhecidos. Era bom rever velhos amigos. Ela não tinha contato com muitas pessoas desde que havia comprado o seu barco e começar, por conta do trabalho, a ficar mais tempo em alto mar que em terra firme.

De um modo estranho todos pararam quando o viram entrando porta a dentro. Hodges fora o primeiro conhecido a passar pelo corredor.

– Oi. – Herrera falou com um breve sorriso, irônico como sempre. Hodges era técnico do laboratório há anos e um grande puxa saco seu, ainda que não gostasse de puxa sacos, porém Hodges tinha um grande coração.

– Ah, oi. – Hodges disse com surpresa, mas incrivelmente seco. – Tenho muito trabalho a fazer, falamos depois.

Herrera estranhou o tratamento de David Hodges, mas seguiu em frente. Greg e Nick já estavam avisados que seu antigo supervisor retornaria. Eles, no entanto, passaram por seu antigo chefe como se não o houvesse visto, como se fosse um desconhecido, sequer o cumprimentaram. Obviamente estranhou o fato de Nick que tanto se espelhava nele, e Greg que ele tirou do laboratório para trabalhar em campo o ignorarem, mas talvez fosse algo realmente importante a tratar. Logo poderia revê-los. Herrera tinha consciência do "ídolo" que era quando saiu daquele laboratório, por esse motivo era meio estranho todos passarem por ele como se fosse um completo estranho, principalmente aqueles com quem trabalhou por tantos anos. Quando virou seu corpo cento e oitenta graus deu de cara com Anahí, ambos ficaram estáticos por alguns segundos.

Fazia muito tempo que não se viam pessoalmente e pareciam surpresos de terem se encontrado tão rápido. Ainda eram casados a última vezes que se encontraram. Não teve coragem de pedir o divórcio cara a cara, e até isso o fez pelo telefone. Ele não podia negar que ela estava linda.

– Eu voltei. – Herrera sorriu, não tinha muito que dizer. Na realidade ele não sabia exatamente o que dizer para Anahí, só estava feliz em revê-la.

– Eu percebi. – Anahí respondeu com o mesmo sorriso e com os mesmos sentimentos.

Ficaram por mais alguns segundos fitando um ao outro, porém logo Anahí percebeu que todo o laboratório estava virado para aquela cena, esperando que algo acontecesse. Ela se sentiu extremamente desconfortável diante de tudo aquilo.

– Eu tenho que ir, me chamaram na recepção.

Ela então seguiu o seu caminho até lá, e Herrera instintivamente foi atrás. Ele tinha que falar algo a mais do que simplesmente um "eu voltei", mas sinceramente não sabia o que falar para ela.

– Oi, sou Anahí Portilla. Queria falar comigo? – Se apresentou assim que avistou o homem na recepção.

– Sim, seu advogado pediu que eu lhe entregasse isto. – Ele alcançou um envelope para ela. – Ele falou que estaria aqui. Estou indo entregar para Alfonso Herrera também no hotel onde ele está hospedado.

– Eu sou Alfonso Herrera. – A voz ecoou por trás de Anahí.

– Posso lhe entregar senhor Herrera? – Ele então lhe alcançou um envelope.

– Claro.

Anahí sabia exatamente o que continha naquele envelope, não queria estar por perto quando Herrera o abrisse. Ele não sabia que ela finalmente havia assinado os papéis do divorcio, e provavelmente não imagina o conteúdo daquele envelope. Porém em pouco tempo, ele abriu o envelope e começou a ler, quando viu a assinatura de Anahí, seu mundo desestruturou. Como ela havia tido coragem para aquilo? Depois de tanto tempo achou que ela nunca o assinaria.

Quando olhou para o lado Anahí não estava mais ali, pode vê-la seguir pelo corredor até o vestiário. Ela nunca pensou que aquilo pudesse doer tanto. Finalmente estava divorciada e não tinha mais nenhuma ligação com ele, seu coração estava apertado e sua única vontade era chorar.

– Anahí... – Ele disse chegando ao vestiário, vendo ela sentada de frente para seu armário aberto.

Ele não podia ver, mas ela ainda encarava uma foto dos dois juntos, uma foto antiga de quando se conheceram em São Francisco há muitos anos. Eram tão jovens. Ela fechou a tampa do armário.

– Você pode voltar para sua casa...

– Nossa casa. – Ele se recordou como escolheram com tanto carinho o lugar que morariam juntos.

– Hank ficará feliz em vê-lo, e eu me mudarei para meu apartamento de solteira, assim que conseguir vende-lo comprarei algo maior para mim.

Hank era o cão de Alfonso, ele o tinha desde filhote, mas quando começou a viajar a trabalho, Anahí passava mais tempo com o cachorro que o ex-marido.

– Anahí, não precisa sair...

– Preciso sim. Amanhã sairei de lá.

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Pelo visto tem bastante mágoa rondando nosso casal. Como será que eles vão conseguir reverter isso? 

Si volvieras ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora