Capítulo 7

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Desfrutem <3

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Morgan levou Anahí até sua casa, e ajudou com as sacolas, haviam combinado que ela iria descansar um pouco, e mais tarde, juntamente com Julie iriam busca-la para a primeira ultrassonografia. Pouco a pouco Anahí estava aceitando a gravidez e começando a gostar desta nova fase, uma mãe estava começando a aflorar dentro dela, ainda que tivesse muitos medos, seus amigos que também eram sua família, estavam ajudando a levar tudo de uma forma mais leve. Ela estava começando a amar esse pequeno ser que se formava dentro dela.

Nunca imaginou ficar grávida, Herrera jamais quis ter filhos, e agora começava sentir as primeiras sensações do que era ser mãe.

Levou todas as sacolas para o quarto, depois arrumaria um jeito de guardar tudo, precisaria certamente comprar uma cômoda, ou um guarda roupa só para o bebê de tantas coisas que já havia comprado. Em seguida foi tomar um banho e colocou um vestido leve, deitou-se sobre o sofá e fechou os olhos.

Em quinze minutos de sono o interfone tocou. Ela atendeu e mal pode acreditar quando o porteiro disse que era Herrera quem estava ali em baixo querendo falar com ela.

– Pode deixar ele subir.

Ela deitou-se no sofá novamente, e aguardou a campainha tocar. Ela respirou fundo antes de abrir a porta para Herrera.

– Oi Poncho, pode entrar...

Alfonso deu um beijo sobre a testa de Anahí e entrou, logo ela convidou-o para sentar-se no sofá e lhe ofereceu um café.

– Desculpa se eu parecer grossa, mas por que veio?

Anahí sentou-se no sofá ao lado dele.

– Eu queria saber como você está e o que você tem.

– O que eu tenho? – Ela perguntou atônita.

– É, eu falei com o D.B. e perguntei por que não estava trabalhando em campo, ele disse que você estava clinicamente impossibilitada e que não podia dizer mais. Eu sei que estamos divorciados, mas eu me preocupo com você. Se você está doente, por favor, me diga. – Ele implorou.

Por que era tão difícil dizer a verdade? Já havia decidido por falar da gravidez para ele, mas agora frente a frente, não saia uma palavra da sua boca.

– Poncho, eu... – Ela virou o rosto.

Herrera levou a mão até o rosto dela, acariciou de leve e a fez virar para ele. Seus rostos estavam cada vez mais próximos, e com os lábios quase encostados nos dela, ele murmurou:

– Eu te amo Anahí, confie em mim.

As bocas deles se encostaram, seus lábios se entreabriram, o beijo começou calmo, lento, cheio de amor e ternura. As mãos de Herrera foram para a cintura de Anahí, pode sentir seu corpo, ele estava diferente, sabia que sim... Havia passado a mão pelo corpo de Anahí por várias vezes, mais vezes do que poderia contar, explorado cada curva dele. Logo começou a se debruçar sobre ela, que levada pelo momento, deitou-se no sofá. Até o momento que ela voltou a realidade e parou o beijo, puxou seu corpo para trás sentando-se no sofá novamente.

– Poncho, nós não podemos... – Falou preocupada.

– Por que não Anahí, por conta desta outra pessoa?

– Sim...

– Me conte de uma vez o que está acontecendo Anahí. – Ele implorou, era um misto de ciúmes com preocupação. Tinha medo que ela estivesse com outro, porém tinha ainda mais medo de ela estar utilizando isto como desculpa para esconder uma doença séria.

– Eu estou grávida. – Ela falou olhando nos olhos dele, e reunindo toda coragem de dentro do seu ser para conseguir se manter firme naquele momento.

– Como? – Ele perguntou ainda sem entender.

– Eu estou grávida. – Ela repetiu tentando agir com toda calma.

Herrera ficou paralisado um instante, olhou para Anahí novamente. Ele nem precisava pensar muito, era obvio que o filho não era dele, isso seria impossível ainda que ela estivesse com a barriga estourando. Fazia muito, muito tempo que eles não se viam pessoalmente, seguramente mais de um ano.

– Quem é o pai? – Ele perguntou rouco tentando manter o controle.

– Isso não importa.

– Para mim importa. É o Greg? O Nick? – Ele perguntou nervoso, mas ainda em tom baixo.

– Não, é claro que não. – Respondeu ofendida.

Era até nojento pensar isso. Eles eram como irmãos. Nunca, jamais, conseguiria imaginar uma proximidade íntima com qualquer um deles.

– Eu sei que você não tem obrigação de me falar nada, não me deve satisfações. Mas eu gostaria de saber...

– O nome dele é Taylor Wynard.

– O homem que morreu no dia do seu aniversário, daquele homícidio que tentaram te incriminar? – Ele perguntou incrédulo.

– Como você sabe disso? – Ela perguntou um pouco exaltada.

– As noticias sempre correram rápido no laboratório Anahí. Só que eu não imaginava, bem... Que... – Ele respirou profundamente. – Que havia sido tão sério. Você deve ter sofrido muito quando ele morreu, ainda mais sabendo que está...

– Eu não sabia, – ela o interrompeu – não sabia na época que ele morreu. Fiquei sabendo há pouco tempo, e foi por isso que eu assinei o divórcio. Nosso relacionamento nunca fora forte o suficiente para superar obstáculos simples, quem dirá para algo dessa proporção. Sempre haverá um fantasma do pai dessa criança entre nós, você nunca o sentiria como seu filho. E eu nunca gostaria de ter que escolher entre você e ele... Por que eu tenho certeza que eu o escolheria.

– Eu nunca te pediria isso.

Ele olhava para ela, ainda estava chocado com a notícia. Ele respirou profundamente, o seu pensamento estava completamente confuso e não sabia exatamente o que falar para Anahí.

– Você fez certo...

– Sobre o que?

– Sobre assinar o divórcio. – Ele respondeu. – Realmente isto é uma provação muito forte, pela qual nosso casamento não sobreviveria. Eu sei que fui eu quem te empurrou a isso, e também não esperava que me esperasse a vida inteira.

– Poncho...

– Espero que encontre sua felicidade...

Herrera então se levantou, e a passos lentos deixou o apartamento de Anahí. A loira por sua vez encostou a cabeça na poltrona, fechou os olhos e deixou que as lágrimas escorressem livremente, não queria mais segurar o choro. Queria chorar até cansar e cair no sono.

Si volvieras ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora