Parte 2 - Capítulo 3

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Desfrutem ♥

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Alguns dias se passaram, Anahí e Elizabeth haviam combinado que no próximo fim de semana vó e neto seriam apresentados oficialmente. Anahí estava ansiosa, mas Elizabeth estava muito mais, havia separado algumas lembranças do filho para apresentar ao neto. Era tão bom ter uma parte de seu filho de volta, quando achou que nunca fosse superar a perda, aparece Oscar e novamente tem vontade de voltar a viver com alegria.

Anahí por outro lado pensava se era melhor preparar o filho ou manter surpresa, conversaria mais tarde com Herrera sobre este assunto, uma vez que agora tinha outro assunto para resolver, nada como matar um leão por dia. Herrera, Anahí, Oscar e o mais novo membro da família Eli estavam no carro com destino ao laboratório da Las Vegas.

Anahí tinha o assunto de Elizabeth na cabeça, mas Herrera também tinha algo na cabeça, uma conversa que havia tido com o Nick.

– Herrera, eu não quero me intrometer na sua vida, sei que você e Anahí devem ter pensado muito sobre isso, mas não acha que agiram por impulso em relação ao Eli? – Perguntou meio constrangido, mas tinha que colocar seu ponto de vista para o amigo.

– O que você quer dizer?

– Eli deve ter em torno de dez anos já, não é uma criança pequena, ele já deve ter pensamentos e personalidade formada, levando em conta que foi criado por uma mãe drogada a maior parte da sua vida e que nos últimos anos fora criado por uma avó que nem sabemos como é. Não acha precipitado simplesmente leva-lo para sua casa? Você pelo menos já conversou com ele? – Ele suspirou enquanto caminhava nervosamente pela sala. – Olha eu sei que Warrick era importante para você, ele era importante para mim também, era como um irmão e você sabe disso. Eu apenas estou dizendo que você nem o conhece, é complicado simplesmente decidir adotá-lo.

– Eu sei o que estou fazendo Nick, mas obrigada pela preocupação. – Herrera sorriu, entendia a preocupação de Nick e não podia confessar que era uma preocupação que ele mesmo tinha. – O filho do Warrick não passará mais um dia se quer no abrigo.

A chegada de Eli havia sido um tanto estranha, ele estava quieto desde que havia chegado e não havia falado com absolutamente ninguém, fora então que Herrera e Anahí decidiram levar ele ao laboratório. Talvez ver coisas e pessoas diferentes, além de que seria um bom local para conversar sobre o pai, era melhor do que iniciar uma conversa sobre entender o que está acontecendo e milhares de coisas que ele já deveria ter ouvido. De fato Eli não entendia o que estava acontecendo e nem queria e seus atuais responsáveis aceitavam isso, teriam toda a paciência necessária para que ele os aceitasse como sua nova família.

– Ora! Ora! Se não é o Oscar Herrera e Eli Brown. – Nick falou animado chegando perto dos garotos que entravam pelo corredor sem nem cumprimentar os pais dos mesmos.

– Você me conhece? – Eli estranhou, tinha uma voz mansa e assustada ao mesmo tempo, eram as primeiras palavras que soltava desde que havia chegado na casa Portilla Herrera.

– Se eu te conheço? – Nick perguntou divertido. – Todos aqui te conhecem carinha, você é famoso. – Ele piscou.

– Eu? – Perguntou com uma incógnita na testa, o nível de estranhamento do menino era imensa.

– Claro. – Nick se abaixou da sua altura flexionando os joelhos. – Seu pai não era ninguém mais e ninguém menos que Warrick Brown, um herói. Deve ser muito bacana ter um pai herói, você não acha?

– Eu não sei. Minha mãe e minha vó não falavam muito sobre ele. – Era visível o pesar que havia na voz do menino quando falou.

– E você gostaria de saber? – Nick então viu uma resposta afirmativa de Eli quando ele assentiu com a cabeça. – Então vem comigo, eu sei tudo sobre seu pai, vamos passear, te apresento o laboratório e te conto. Pode ser?

O menino então sorriu. Anahí e Herrera se olharam satisfeitos, parecia que Eli finalmente estava se sentindo um pouco feliz no meio de tanto sofrimento.

...

Herrera e Anahí foram com o filho até a sala de Herrera, iriam aproveitar que Nick ficaria um tempo com Eli para conversar com Oscar sobre a avó biológica que havia aparecido. Herrera se sentou a sua cadeira, Anahí preferiu ficar em pé, e deu a cadeira a frente da mesa do marido para o pequeno que olhava os dois impaciente.

– Oscar, nós queremos ter uma conversa séria com você...

O menino quase que instantaneamente arregalou os olhos ao ouvir as palavras vindas de sua mãe, seu rosto virou-se várias vezes intercalando olhares assustados para a mãe e o pai.

– Eu posso explicar. O... O pote que caiu na cozinha, não foi culpa minha, foi do Hank eu juro, ele que roubou os biscoitos, eu comi um ou dois, mas já estavam lá sabe. – Ele gaguejava enquanto falava desesperadamente, em um tom rápido e culpado. – E a capa do livro que eu amassei foi sem querer também, eu deixei cair o livro do Shakespeare sem querer enquanto tentava pegar Moby Dick na estante, mas coloquei tudo de volta depois. – Ele olhou novamente para os pais, e sabia que ainda não era aquilo. – O teclado do computador também foi sem querer, eu juro... Vocês que fizeram um filho desastrado, – culpou-os – eu estava só tomando água e jogando quando caiu acidentalmente em cima do teclado.

– Foi você? – Herrera olhou-o surpreso.

– Foi. – Disse culpado.

– Somos ótimos investigadores. – Anahí sorriu cumplice para o marido. – Mas não é nada disso, o que queremos falar com você é um pouco mais sério.

– Oh, droga. – Ele resmungou.

– Ei, olha o palavreado. – Herrera o repreendeu.

– A diretora disse que tinha resolvido tudo que não ia ligar para vocês. Eu sei que não deveria brigar na escola, mas o Max não parava de me incomodar, aí eu bati nele. – Ele baixou a cabeça quase chorando.

– Oscar, nós não queremos te repreender de nada. Pelo menos não agora, mais tarde conversaremos sobre essa briga. –Anahí fitou-o séria. – Eu estou querendo de falar de outra coisa, e não algo que você fez.

– Sério? – O menino falou decepcionado com ele mesmo. – Eu e minha boca de Hodges! – Rolou os olhos.

...

Nick caminhava com o menino mostrando o laboratório, até que avistou Greg no corredor. Quando viu o menino junto ao colega perito, ele veio a passos largos recebe-lo. Era incrível como estava igual ao pai, de longe podia-se notar de quem se tratava. Os olhos verdes e o cabelo armado, recordava-se de tê-lo visto há uns bons anos, quando tinha praticamente a idade de Oscar, agora era um pequeno homenzinho.

– Eli Brown. – Greg falou com voz surpresa. – Você é a cópia do seu pai. – Ele sorriu.

– Sou? – Falou com um sorriso no canto da boca, muito surpreso.

– Claro que é. Você nunca viu uma foto do seu pai? Vocês são idênticos.

O menino apenas baixou o rosto e negou com a cabeça.

– Tina e a avó não falavam muito de Warrick para ele, por isso estava contado o grande herói que ele foi. – Nick falou tentando animar novamente o menino.

– Bem, eu tenho uma foto do Warrick no meu armário junto com a equipe uns anos atrás. Se quiser eu posso te mostrar? – Greg olhou para ele, tentando animá-lo também.

– Verdade? – A expressão do menino mudou instantaneamente, tinha um certo brilho nos olhos.

– Sim, e eu também devo ter alguma coisa no meu armário. Eu estava indo mostrar para ele a condecoração do pai, mas acho que isso é bem mais divertido. O que você acha?

Eli assentiu, e juntamente com os dois peritos seguiu para o vestiário, onde ambos tinham guardadas algumas fotos da equipe de recordação. Warrick certamente fazia muita falta para eles.

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Até semana que vem!

Si volvieras ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora