Parte 2 - Capítulo 10

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Bem vindos ao último capítulo. Espero que gostem.

Desfrutem ♥

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Um ano e alguns meses mais tarde.

Não importaria quantos anos passassem, aquelas duas equipes quem um dia foram uma única, tinham horário marcado no intervalo entre troca de turnos para conversarem e colocarem os papos em dia. Obviamente não era sempre que todos podiam estar reunidos, mas naquele dia em especial estavam todos lá.

Nick e Julie no sofá que havia perto da porta, Greg e Morgan sentados a mesa juntamente com D.B. em uma conversa bem animada. Perceberam a porta se abrir, era Anahí entrando.

– Ei, olha quem está aí. – Nick foi o primeiro a falar. – Se não é a minha supervisora favorita. – Ele disse assim que viu a loira chegar na sala.

– Achei que tuas férias iriam até o fim da semana. – Morgan questionou.

– E vão, mas vim aqui, por que queria dar uma notícia para vocês. – Sorriu. – Cadê Henry e Hodges? Quero que eles estejam aqui também.

– Eu busco eles. – Greg se prontificou. – Mas e Herrera?

– Bem, ele está no carro com Oscar, não queremos que o nosso pequeno menino estrague a surpresa. – Ela riu.

Logo estava todos reunidos, e Anahí mandou uma mensagem para Herrera dizendo que ele poderia ir entrando. Ela não precisava de muito mais que alguns minutos para poder contar-lhe as novidades.

– Bem, para quem não sabe, Herrera e eu tínhamos um forte desejo de ter um novo filho. Depois de Eli, que agora é filho de Julie e Fin, – Ela então fitou o casal apaixonado – decidimos que iriamos trazer um bebê para casa. – Ela riu. – Enfim, depois do acidente que eu tive e vários outros acontecimentos, não achamos seguro que eu engravidasse novamente. Digamos que tudo que aconteceu iria comprometer um pouco a gravidez e preferimos não arriscar. – Ela então olhou pelo vidro da porta e viu Herrera se aproximando. – E então achamos outro meio de aumentar a família, e gostaríamos que vocês conhecessem uma pequena pessoinha... – Ela deu uma pausa enquanto ia abrir a porta. – Esta é a pequena Julia Portilla Herrera.

Julia era uma menina de aproximadamente um ano de idade, tinha os cabelos morenos como os de Anahí e os olhos verdes como os de Herrera, quem olhasse mal poderia dizer que não era filho dos dois, pois tinha características de ambos. Anahí quando fora conhecer as crianças no orfanato disponíveis para adoção, tinha em mente em adotar uma criança que tivesse mais dificuldades de ser adotada, de idade entre cinco e sete anos, negra ou de alguma etnia que sofresse preconceitos, desde que obviamente ela quisesse fazer parte de sua família. Porém quando viu Julia, seu coração disparou, ela sabia que aquela era a menina de seus olhos, e naquele momento nem se preocupou por ela ter síndrome de down.

Obviamente Herrera e Anahí conversaram bastante e estudaram sobre isto antes de abrirem um processo de adoção para trazer Julia para a família. Ela era pequena, menor do que esperavam adotar, e iria requer cuidados de um bebê por muito tempo. Conversaram com várias pessoas que faziam parte da vida da pequena Julia, e procuraram estruturar seus pensamentos em relação as dificuldades que traria e das adaptações que precisariam fazer em sua rotina, estarem preparados psicologicamente para isso. Porém Anahí e Herrera estavam decididos, depois de dias com Julia na cabeça, sabiam que ela já fazia parte da família, que eles já a amavam. Faltava somente Oscar concordar.

Eles foram francos com Oscar, ele era um garoto esperto, e poderia entender o que a síndrome que Julia tinha, além da idade que tinha poderia trazer de mudanças na rotina da família. Oscar quando também conheceu a pequena Julia, reafirmou algo que eles já tinham certeza: ela fazia parte da família.

Eles sabiam que o processo de adoção seria demorado, mas seguiram até o fim, e o dia que ela chegou em sua casa como Julia Portilla Herrera fora um momento tão especial que não podia deixar de compartilhar com ninguém mais e ninguém menos do que com aqueles que considerava sua família.

Todos ficaram completamente encantados em conhecer ela, e um pouco surpresos de como eles haviam escondido esse segredo durante todo o processo de adoção. A família havia aumentado, a Julia, assim como Oscar e Eli, teria todo amor do mundo, dos pais e dos tios. Porque eles sempre seriam uma família.

...

Meses mais tarde

Haviam chegado em Los Angeles, e Anahí queria fazer algo que havia prometido a Oscar há muito tempo mas não havia conseguido cumprir.

Herrera fora a passos lentos, procurando o local exato, até que encontrou o que procurava. Ali estava o túmulo onde mãe e filho foram enterrados. Elizabeth e Taylor Wynard.

– Está aqui. – Herrera avisou para Anahí que vinha juntamente com Oscar ao seu lado e a pequena Julia no colo.

Oscar se aproximou do tumulo com certa cautela. Ele então viu o nome de seu pai e de sua avó no tumulo. Ele respirou pesadamente e largou as flores sobre a sepultura perto da lápide. Anahí entregou sua filha no colo de seu marido e em seguida se abaixou na altura do menino que olhava atônito para a lápide, visualizando os nomes.

– Como se sente?

– A Elizabeth também está enterrada aqui? – Ele perguntou rapidamente.

– Sim. Ela agora está junto com o filho dela, Taylor. O seu pai.

– Eu a odeio. – Seus olhos marearam.

– Pelo que ela fez contigo?

– Não. – Ele negou com a cabeça também. – Pelo que ela fez contigo.

– Oscar, ódio é um sentimento muito forte que só trás mal àqueles que o sente. Perdoar é algo importante, e ter empatia também. – Ela levou a mão ao rosto de seu filho e acariciou. – O que ela fez foi errado, muito errado. Mas ela estava com os sentimentos confusos, perder um filho é o pior sentimento que uma mãe pode sentir, aquele dia que ela tentou te levar de mim, eu senti que meu mundo fosse terminar, não estava preocupada comigo, somente com você. A ordem natural Oscar, é que os pais vão antes dos filhos, e quando isso inverte geralmente não aguentamos. Se não morremos, enlouquecemos. – Ela explicou para ele. – Apesar de tudo, Taylor não deixa de ser seu pai, Elizabeth não deixa de ser sua vó, e você não deixa de ser ao menos um pouco Wynard.

– E você, perdoou ela pelo que ela te fez? – Ele se referia ao tiro e Anahí sabia muito bem.

– Sim. – Ela respondeu sinceramente. – Mas ainda não conseguir perdoar por ela ter quase te levado de mim. No entanto, todo dia eu tento um pouquinho.

– Eu prometo que também vou tentar mamãe. – Ele sorriu.

– Você sempre me deixa orgulhosa sabia. Não tem presente mais especial que ser sua mãe. – Ela esticou os braços e o menino nem hesitou em abraça-la fortemente. – Acho que está um pouco pesadinho, – ela riu – mas acho que consigo te pegar no colo. – Ela então levantou com o seu pequeno no colo. Levantou-se com Oscar no colo e aproximou-se de Herrera que tinha em seu colo a pequena Julia, com a cabeça repousada sobre o ombro dele, ficaram mais um pouco olhando em direção a sepultura.

E naquele momento, olhando a lápide da avó e pai biológico de Oscar, com seus dois filhos em seus braços, Anahí e Herrera, puderam por um momento se relembrar de todos os momentos que passaram, todas as dificuldades e alegrias que os levaram até aquele momento. Desde o dia em que se conheceram, até o momento em que se tornaram uma família. Uma família de verdade, cheia de amor, que passavam pelos problemas unidos, e com laços muito mais fortes do que o definido por somente sangue.

Há pouco mais de sete anos Herrera pensava como seria sua vida se ele voltasse a Vegas. E ele agora agradecia por ter voltado.

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Espero que tenham gostado do último capítulo de SVV. Espero ver vocês nas minhas próximas histórias.

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⏰ Última atualização: Dec 07, 2022 ⏰

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