Chapter Eighteen

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— Em que você está pensando?

Olhei para cima, não parando de esfregar meu pé no tornozelo de Harry por um único segundo. Quando vi seu rosto iluminado pela luz dourada dos abajures e uma curva preocupada nos lábios, voltei a deitar a cabeça no seu peito. Deixei um beijo demorado logo abaixo de um arranhão pequeno, minha mão espalmada perto do seu umbigo, a um centímetro de onde seu membro estava encostado ao abdômen.

— Em nós dois — respondi. — Em tudo, acho. — Está tudo bem? Você está arrependido?

Havia tanta preocupação transbordando em sua voz que foi inevitável não subir um pouco na cama para que ficássemos frente a frente. Coloquei as mãos nas suas bochechas quentes e deixei o primeiro beijo na sua boca, sua mão imediatamente vindo para a base da minha coluna quando inclinei a cabeça e coloquei a coxa em cima das suas pernas.

— Não, não estou arrependido — outro beijo, dessa vez mais longo para que eu pudesse chupar seu lábio inferior. — Como poderia me arrepender? — parei a centímetros do seu rosto e sorri. Harry me acompanhou hesitantemente, percorrendo meu rosto inteiro com os olhos.

— Obrigado por me fazer sentir confortável.

— Isso não é uma coisa pela qual você deveria agradecer. É assim que deve ser, é assim que você deve se sentir: confortável com qualquer coisa que esteja fazendo e em qualquer relação que esteja entrando, entendeu? — endureceu o tom nos últimos segundos, como se estivesse me dando um conselho para a vida inteira. E realmente era isso: ele queria se certificar de que quando fosse, eu estaria com isso na cabeça. Respirei fundo. — Eu quero que você sempre se sinta bem.

Fique. Fique, por favor. Afirmei com a cabeça, deitei no seu ombro e deixei meus dedos repousarem no seu pescoço, esfregando a pele sensível ali.

— Quero que você vá ao festival comigo. Escutar Cage The Elephant com suas mãos em mim e sua voz acompanhando as músicas por cima da multidão. Por favor.

— Você vai me deixar tirar fotos suas? Se não, nem quero ir — brincou, mas pela forma que sua mão apertou minha cintura, eu sabia que já havia ganhado a batalha.

— Pensei que Michelangelo fizesse pinturas, usasse uma tela, o pincel e–

Harry me colocou em cima dele e começou a rir antes mesmo de rebater minha frase, o nariz franzindo e as covinhas cavando buracos nas bochechas conforme ele tentava segurar a risada com os lábios apertados.

— Você quer que eu use meu pincel de novo?

— Harry! — exclamei, contorcendo-me para fingir que queria escapar e que estava indignado com aquela frase.

Ele me abraçou com mais força. — Não aceito esse tipo de piada, não, não. Não compare seu pênis com um pincel na minha frente porque–

— Meu pênis é muito maior — balançou as sobrancelhas diversas vezes e eu dei um tapa no seu peito, perdendo o ar de tanto rir. — Fala a verdade, Louis. Você sentiu todo o poder e talento de Michelangelo em cada pincelada, né?

Eu grunhi de frustração e ele ainda estava rindo quando me puxou para beijá-lo, agarrando minha bunda rapidamente e enviando uma leve rajada de dor pelo meu corpo devido à ardência daquela área. Separei os lábios quando sua língua lambeu rapidamente meu lábio inferior e abri as pernas no seu colo, acariciando os cachos.

— Posso chupar você? — perguntei, afastando-me rapidamente para sentir seu pau endurecendo contra minha bunda.

Porra... pode, Lou. Pode. — respondeu, tirando a coberta de cima de nós dois. — Por favor.

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