Assassinos São Calados.

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Eu entrei em uma das casas abandonadas dessa rua, só tinha uma estante, um sofa, alguns potes e álcool, enchi um dos potes com ele, e coloquei a sua cabeça dentro, tampei e pûs na estante, sentei no sofa e fiquei observando meu troféu, minha conquista, minha caça. Tudo em minha volta n existia, apenas o meu orgulho de olhar para aquilo e saber que fui eu, meu trabalho.

Escuto um barulho, muito alto, oco, senti algo frio escorrendo na minha cabeça, passando pelo meu rosto, eu fico tonto por um tempo, caio no chão, eu não sei o que aconteceu, mas vejo algo vindo em minha direção, QUE PORRA TA ACONTECENDO AQUI!? Algo que destruiu meu sorriso, minha alegria, que merda pode fazer isso!? NENHUMA... NINGUEM... NADA estraga meu sorriso, minha visão ta embaçada, não vejo muito bem, mas percebo que é alguém, um cara, grande, com um taco de baseball, ele parece esperar eu fazer algo.
Mesmo a pancada ja ter passado, eu vejo tudo embaçado pelo ódio, raiva por alguém ter feito o que ele fez comigo, eu quero destruí-lo, não só matá-lo, quero ver ele sofrer muito, muito, só isso vai restaurar o que ele me fez perder, meu sorriso clama por sua dor, levantei rapido, cambaliei um pouco, fui atéminha faca que estava do lado do meu troféu, eu olhei pra lá, ainda um pouco desnorteado, mas dei um pequeno sorriso direcionado pra ele... Como se ele fosse responder... Mas ja estava com a mão perto da minha faca.
O cara tava logo atrás de mim, então peguei ela e virei rapidamente, desferindo um golpe perto de seu olho direito, aposto que se estivesse bem, ele ja estaria caolho, mas estou atordodado pela raiva, ele me ataca de volta com o taco, eu abaixo, e passa alguns centímetros acima de minha cabeça, sinto o vento mexendo meus cabelos, dou um contra ataque, acerto perto de seu diafragma e forço até quase minha mão entrar em seu peito. Ele me empurra pra longe e bato com as costas na parede, levanto o mais rapido que posso, ele vem correndo pra cima de mim, me segura pelo pescoço contra a parede tentando me enforcar, eu consigo forçar meu braço e rasgar mais o corte que fiz antes, ele se destrai com a dor e avanço pra pra cima, mordo sua jugular, tirando uma parte da sua carne, eu mastigo e não consigo cuspir, aquilo é bom, estranhamente bom, a carne pode ser um pouco dura, mas é um pouco doce, deliciosa.
Tem um rastro de sangue no chão, e o taco abandonado mais pra frente, o rastro leva até o sofá, ele está ali, com sua mão embaixo procurando algo, sem muitas forças pra puxar o que for ali de baixo, sua mão sai, junto de seu punho, uma pistola, não sei nada sobre armas, é só uma pistola, brilhante, prateada. Vou correndo em direção à ele, ja quase sem sangue, ele aponta a arma pra mim, tremendo, mal mantendo a arma no ar, chego até ele, e ele consegue bater em minha faca, ela cai longe, mas não tenho tempo pra pegá-la, ele iria atirar em mim, então eu pego o seu braço que está com a arma, e o forço até quebrar, parte de seu osso esta visível, a arma cai e a pego, não sei nem como tiro o pente dela, então só jogo ela pra longe, armas não tem graça, armas não tem a poesia, a arte da minha faca, mas nao tenho tempo de pega-la, então subo em seu corpo quase morto e soco sua cara até apagar.
Desejo fazer algo novo.

Happy.Onde histórias criam vida. Descubra agora