Depois que sai pela janela dele, com aquele sorriso brilhante, aquele sorriso perfeito, aquele sorriso que hoje é a unica coisa que me mantem vivo, não sentia mais nada, apenas sorria, andava pelas ruas, sem rumo, sem pra onde ir, dopado pelo sorriso, eu ainda tinha vontade de matar, eu tinha nescessidade de matar, entao simplesmente entrei em uma casa, direto no quarto de uma garota que dormia suavemente em sua cama, eu ia começar a minha pequena brincadeira, ia colocar minha faca em seu corpo, eu ia, de verdade, mas depois de ver o rosto dela, eu...eu não acredito, é ela, como não percebi antes!? Quem mais morde o travesseiro como ela!? A unica garota nesse mundo que eu ja amei, por que ela!? Por que quem que ser essa pessoa!? Eu não podia ter entrado na casa do vizinho!? Tenho que ser um puto fodido mesmo.
Eu nao consigo fazer isso, ela não, mas ainda preciso dela pra mim, eu quero ela pra mim, tampo a boca dela e a acordo, ela da um pulo da cama, mas logo me reconhece, mas eu estou com a roupa cheia de sangue ainda do filho da puta do meu primo, ela tenta fugir, mas eu a pego nos braços e a abraço, nenhum dos dois conseguem falar nada, apenas se abraçam, eu consigo mecher minha boca e digo "vem comigo", ela me empurra e faz negativo com a cabeça, eu peço de novo e de novo, mas continua recusando, eu não tenho paciencia, eu quero ela, mas não tenho coragem de fazer mal pra ela, então eu saio do quarto dela e só digo "você está ME matando", ela ia dizer alguma coisa, mas foda-se, ela não me quer, não vou ouvir, saio de lá, pela mesma janela que entrei.
Volto a andar pela rua, meu sorriso sumiu do meu rosto, eu preciso dele de volta, quero sorrir de novo, mas agora, não vou aguentar, eu tenho raiva, eu preciso fazer ela se dissipar, mas preciso de alguem pra desconta-la, eu entro em qualquer casa da rua, não quero saber quem eu vou matar, eu só quero matar alguem, quando entro vejo um berço, ele esta forrado, mas deve ter algum ser dentro dessa merda, abro o manto e tem uma criança, provavelmente homem com uns 3 anos, mas foda-se, só quero matar, na hora que vou fazer, minha visão fica turva, e eu tenho aquela sensação de sempre, volto à mim, logo que eu percebo, a criança tava acordando, mas tampo a boca dela na hora, eu abro a barriga dela, sinto as lagrimas escorrerem do rosto dela pra minha mão, continuo cortando, mais e mais fundo, não sinto mais a respiração, não sinto mais nada, mas já!? Nem deu tempo de me divertir muito, mas ja foi o suficiente, meu sorriso volta a tona, deixo o que sobrou da criança sangrando no berço e volto pra minha caminhada sem rumo com esse lindo sorriso.