Capítulo XIII - Presos

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- Quanto tempo mais achas que aguentamos? - Já estávamos presos a 3 dias e Dylan com razão, já estava impaciente

- Com a fome que estou diria que nem mais um dia - vi seu desânimo

- Devia tê-lo ouvido enquanto tinha tempo - suspirei cansando

- Se tivesse me ouvido não teria a encontrado

- Pode ser, mas não estaríamos à mercê da fome e em um lugar sujo como esta cela - amargurei

- Ele está jogando alto para ter informações

- O que achas disso?

- Espero que não contes nada. Estaríamos entregando sua índia

- Agora ela é minha? - o fitei com graça

- Se não quiseres posso ficar com ela - riu

- Pensando bem eu morreria feliz depois da noite que passamos juntos, mas me sinto mal por ti que não poderá viver o mesmo - zombei de seu rosto frustrado

- Falas como se fosse um garanhão, mas contou-lhe que foi a primeira?

- Digas baixo, não é adequado a uma moça saber que não tens experiencia - senti a bochecha esquentar com o medo que senti dela reparar

- Ora Zac é da Vanessa de quem falamos

- Não sei se ela soube. Na verdade, quanto a tive meio que foi natural e não tive receio de falhar ou não a satisfazer

- Poupe me detalhes - rimos

- Escute, se nós saírmos vivos daqui prometo não medir esforços para fugirmos juntos e vivermos bem

- Como uma família?

- Já somos uma Dylan - ele sorriu

- Não duvido que ela nos tire daqui

- Estamos falando de uma índia ou justiceira?

- E tem diferença? - riu sentando-se no chão. Aos poucos notava suas olheiras e o físico que começava a ficar cansado. Precisávamos dar um jeito de sair ou em breve não teríamos nem mais forças.

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No mesmo momento na aldeia

- Como está?

- O que fazes aqui? Se te virem a próxima a estar presa ao relento serás tu

- Ande beba água

- Monique saias daqui

- Não seja teimosa - bebi a água que ela cedia

- Por que fazes isso?

- Porque algumas pessoas valem a pena

- São nossos costumes e eu estava ciente das consequências quando me deitei com Zac

- Não vou deixar que morra aqui. Já basta as agressões na sua face de seu Awa - encostou a mão no meu rosto dolorido

- Só a um fim para desonra, não estou reclamando dele

- Escute - se escondeu atras da árvore em que eu estava amarrada - fui a cidade

- FOI O QUE?

- Não grite! Quer que sejamos pegas?

- O que foi fazer lá? - sussurrei

- Avisa-lo e as notícias não são boas

- O que houve? - me preocupei

- Os yanks pegaram os yanks

- Como? - a encarei confusa

- A própria tribo deles os prenderam

- Por quê?

- Não consegui descobrir, mas algo haver com aquele xerife - suspirei - descobri que estão no porão da delegacia - fiquei quieta- Aponi - vi sua fúria

- O que quer que eu faça? Monique você tem que sair daqui

- Não é homem que amas? Por que não vai libertá-lo? - mostrei as cordas que me impediam - volto a noite para te soltar

- Não corra esse risco - fui ágil na resposta - queres ser desonrada também?

- Se tens a chance de ser feliz não a jogue fora

- Por que está aceitando o que fiz?

- Porque já fui apaixonada por um yank - a olhei perplexa- só que diferente de você não tive coragem de me entregar e hoje eu sei o quanto uma noite como a sua poderia ter me feito feliz

- Monique

- Não me olhes assim, sabes que a tenho como uma irmã mais nova e por mais que tenhas escolhido viver com um yank eu não consigo deixar de apoiá-la

- Perdeu o juízo - sentenciei emocionada

- Olha quem fala - sorriu me dando um beijo na testa - aguente mais um pouco

- Tenha cuidado - ela saiu e eu só respirei calmamente sentindo a brisa gelada trazer o alívio que minha alma precisava. Presa e sem poder me mexer no Sol que queimava esperei até que pudesse vê-lo por mais uma vez

Zanessa - Colors of the WindOnde histórias criam vida. Descubra agora