Conseguir um emprego como faxineira no maior centro executivo de direção da S.H.I.E.L.D. foi a luz no fim do túnel para que Daiana pudesse sobreviver. Após um acidente que lhe custou muito, a jovem mulher dedica-se a agradar aqueles que a ofereceram...
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Os homens fardados e fortemente armados andavam de um lado para o outro, tal como os vestidos de jaleco branco que sempre pareciam todos ocupados demais com algo mais importante que a única mulher alí presente, fazendo seu trabalho sendo responsável por toda a base. Sem vínculo familiar algum, resultado por ter crescido em um orfanato e aos dezoito anos ter sido jogada em uma vida adulta da qual não teve preparo algum para enfrentar, Daiana não hesitou ou pensou duas vezes ao ser abordada por dois homens naquela viela, trajados como os que passavam por ela naquele corredor atualmente.
Uma jovem que do mundo nada conhecia ainda, sem ninguém para se preocupar se ela estaria viva ou quando retornaria para casa, não atrairia atenção se simplesmente sumisse do mapa. Afinal, ninguém a procuraria.
A jovem adulta não hesitou em assinar os papéis para permitir que testes fossem realizados nela, com a promessa de estarem à procura de cobaias para a cura de doenças raras. Sem nada a perder, tudo o que seus ingênuos e desesperados olhos viam, eram a alta quantia em pagamento que receberia por aquilo. Que mal faria, não é mesmo? Não tinha um emprego fixo, mal tinha uma casa. Mas tinha fome. Tinha fome e tinha frio.
Então ela assinou os papéis como quem assina um pacto com o diabo. A proposta tentadora a seduzindo, escondendo quanto sangue seria derramado por não ler aquelas letrinhas miúdas.
Os olhos jovens demais não estavam preparados para o terror que viria a seguir.
Com uma única mochila nas costas, carregando tudo o que tinha de material, embarcou com um numeroso grupo de pessoas em um avião militar. Avisaram que o laboratório que estariam indo era em um lugar muito frio, e não estavam mentindo. A gélida neve quase tomava a estrutura diante deles assim que a porta abaixou e todos, incluindo ela, foram guiados para dentro onde o ar era mais quente, mas a áurea das pessoas que por alí vagavam era tão fria quanto o clima lá fora.
Daiana passou, ao que parece, pouco mais de um mês sendo "preparada" para o experimento. Dividia um quarto grande, mas nada confortável, e dois banheiros com outras vinte e duas pessoas saudáveis. Esse número, no entanto, ela viu diminuir e despertar desconfiança na mais jovem do grupo quando notou muitos passarem por aquela pesada porta de ferro, mas nunca retornarem. Quando questionados, nenhum dos homens responsáveis por aquele lugar respondia.
Então um dia ocorreu um acidente. Disseram que foi um mal contato na eletricidade que causou uma pequena explosão muito próxima do quarto onde estavam. Um guarda apareceu ordenando que todos saíssem para as suas seguranças, e sem questionar todos foram, assustados demais para raciocinar por conta própria. Mas enquanto corriam pelo corredor com um dos fardados guiando-os para longe da confusão, Daiana foi a única a olhar para trás.
Nunca soube se aquele foi o seu erro, se foi o seu acerto...
O que teria acontecido se tivesse apenas seguido com o restante do grupo e se importado apenas em salvar a própria pele, mas mesmo que em sua vida inteira ninguém a tenha escolhido, Daiana sempre escolheu o próximo do que a si mesma. Ela aprendeu isso a vida inteira desde que fora deixada naquele orfanato, jovem demais para ter qualquer recordação de sua "família". Talvez, de tanto as pessoas a tratarem dessa forma, tenha passado a enxergar que ela mesma não valia tanto a pena.
Mas a verdade é que ela nunca soube ao certo o que a levou a tomar aquela decisão: arriscar-se por outra pessoa. Disseram que ela era boa demais para simplesmente ignorar como os demais.
Mas não importava o que poderia ter acontecido ou o que a levou a fazer o que fez, porque agora, nos dias atuais, meses após o incidente com o ataque fracassado da HYDRA que levou Daiana a bater a cabeça mesmo com James amortecendo parcialmente sua queda, ela se lembrava de tudo.
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❝Por que o mundo está nos meus ombros?
Você quer que eu seja alguém que eu não sou
E é por isso que os heróis desaparecem tão rápido
Você deveria saber❞
(James Arthur - Heroes)
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• Essa foi uma pequena introdução da Parte 2 da estória.
• Nessa parte 2 nós iremos abordar melhor a relação do Bucky e da Daiana, tendo muitas revelações pela frente, seguindo ainda um pouco na linha dos filmes. Mas será na Parte 3 que estarei introduzindo cenários originais, desviando um pouco do foco que é Falcão e o Soldado Invernal. Confesso que estou mais ansiosa pela parte 3 kkkkkk
• Agora, como dito anteriormente, ela se lembra de tudo (recuperada da amnésia do acidente de carro quando bateu a cabeça na queda das naves).
• Como este capítulo é mais curtinho, estou pensando em postar outro ou hoje, ou amanhã. O que acham?
