"Dói saber
Que os nossos filhos nem vão nascer
Dói saber
Que não vai ter festa e nem briga pelo seu buquê"
(Henrique e Juliano – Evento Cancelado)
Sharon, apesar de ser uma fugitiva em um lugar péssimo e perigoso como Madripoor, parece ter se adaptado bem em viver como uma traficante, apesar de todo o ressentimento perceptível em sua voz ao falar sobre sua vida atual e o que teve que deixar para trás, como a sua família. O prédio que pertencia a ela, e para onde os levou, era muito elegante, sendo um contraste gritante comparado a Cidade Baixa onde estavam.
— Toma, para você — após conseguir para Bucky uma roupa mais confortável e deixar para que Sam escolhesse entre as opções conseguidas por ela, estendeu para Daiana algo retirado de seu próprio roupeiro. — Temos quase o mesmo tamanho, então vai servir — deu de ombros.
— Obrigada — agradeceu por também ver um par de botas escuras de saltos curtos entregues a ela, e assim não teria mais que se preocupar com vestidos e torção no tornozelo. — Onde posso me trocar?
— Por aqui — fez sinal para que a seguisse.
Deixando o trio masculino para trás que conversavam entre si com algumas trocas de farpas, nada fora do comum, Daiana foi guiada até o outro cômodo que era um quarto de hospedes, como informado por Sharon. Daiana não pôde disfarçar a sua surpresa. Era um cômodo bastante grande e finamente mobiliado com uma cama de casal bastante confortável que a chamava para descansar. Seus músculos tensos lhe pediam aquilo também.
Passariam a noite alí e mais tarde discutiriam sobre o próximo passo a ser dado.
—Fica a vontade — disse a loira com a mão na maçaneta, achando graça de sua reação para o redor. — Sabe o caminho de volta, não é?
— Sim — assentiu.
— Ótimo.
E a porta foi fechada. A morena deu mais alguns passos, observando o seu redor com admiração e mais calma. Deixou as roupas entregues a ela sobre a cama, retirou os saltos que começavam a incomodá-la e caminhou pelo espaço. Não haviam fotografias como em sua casa. Era um local muito bonito de se viver, mas não haviam lembranças pregadas nas paredes, nem em molduras sobre os móveis. Isso não tornava aquilo um lar, pois era, apesar de belo, frio.
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𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 | 𝙱𝚞𝚌𝚔𝚢 𝙱𝚊𝚛𝚗𝚎𝚜
Teen FictionConseguir um emprego como faxineira no maior centro executivo de direção da S.H.I.E.L.D. foi a luz no fim do túnel para que Daiana pudesse sobreviver. Após um acidente que lhe custou muito, a jovem mulher dedica-se a agradar aqueles que a ofereceram...