13 - Jantar

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"Cê sabe bem quem eu sou

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"Cê sabe bem quem eu sou

Sabe que se me chamar, eu vou

E eu não sinto raiva

Eu não sinto nada

Além do que você já sabe"

(Luísa Sonza - Penhasco)

A data foi marcada e sua chegada ansiada por John, que sequer reparara na ansiedade inquietante da esposa naquela noite quando foi dormir

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A data foi marcada e sua chegada ansiada por John, que sequer reparara na ansiedade inquietante da esposa naquela noite quando foi dormir. Na verdade, ele não notara como ela se revirava na cama a ponto e levantar em plena madrugada, acompanhada por Alpine que a seguia fielmente para todos os cantos em que sua dona andava descalça, entrando e saindo de cômodos. Ele não notou as olheiras quando ele levantou naquela manhã, ou reparou em como a casa estava perfeitamente limpa. Se a questionasse ou pressionasse um pouco mais, talvez Daiana teria lhe dito que limpou, organizou, guardou e esfregou quase a casa inteira para passar o tempo durante a madrugada, e que não precisava de café para se manter acordada.

Qual teria sido a reação dele se ela lhe dissesse que a razão disso tudo, era saber que recebeu apenas uma confirmação de Sam para o jantar, sem nenhuma confirmação por parte de Bucky, e ela não perguntou se o outro viria. Ainda assim, quando saiu para trabalhar, Melinda, percebendo como a amiga estava cansada, se encarregou de cobri-la para que pudesse descansar um pouco mais no intervalo. E quando Daiana voltou para casa, sozinha, arrumou a mesa com um lugar a mais para o caso de James aparecer, apesar de ela começar a crer que não conforme o tempo passava.

Melinda chegou antes do marido para ajudá-la a preparar o jantar e foi ótima a distraindo de seus próprios pensamentos. Colocando uma música alta o suficiente para animá-las, mas baixa o suficiente para não receberem reclamações dos vizinhos, o apartamento, que parecia tão cinza nos últimos dias, foi preenchido por risadas graças a energia de Melinda que faria qualquer coisa para ver Daiana melhor.

Por ela, dançou no meio da cozinha com Alpine, mesmo não sabendo dançar. Usou uma colher de madeira como microfone, mesmo não sabendo cantar. E contou sobre como a sua adolescência foi catastrófica, pois andava em más companhias e na vez que foi parar na delegacia, sua mãe lhe bateu tão forte no meio da rua com um galho de árvore e na frente de seus amigos do colégio, que ela jamais tivera coragem de fazer algo sem pensar duas vezes nas consequências. Ficou satisfeita em ver que seus traumas vergonhosos da infância a faziam rir. Melinda decidiu que valeu a pena vive-los por este momento, vendo Daiana mais leve e distraída, sem toda aquela tensão anterior.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 | 𝙱𝚞𝚌𝚔𝚢 𝙱𝚊𝚛𝚗𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora