Conseguir um emprego como faxineira no maior centro executivo de direção da S.H.I.E.L.D. foi a luz no fim do túnel para que Daiana pudesse sobreviver. Após um acidente que lhe custou muito, a jovem mulher dedica-se a agradar aqueles que a ofereceram...
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"Continuam me dizendo que vai ficar melhor
Será que vai mesmo?
Me ajude
É como se as paredes estivessem desmoronando"
(Shawn Mendes – In My Blood)
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Daiana sabia pouco sobre o que acontecia no trabalho do marido, principalmente agora que ele estava envolvido em missões especiais. Não era a única a andar de um lado para o outro em sua sala, aflita. Há pouca horas John e Lemar ligaram para elas, avisando que precisavam urgentemente ir até a Alemanha. Não entraram em detalhes, mas pareciam estar com pressa. Não eram ingênuas em pensar que seria uma missão fácil ou algo do tipo, e foi por isso que após as chamadas, uma ligou para a outra e então Melinda foi até a casa da amiga com seus dois filhos que no sofá brincavam com Alpine, carinhosa como sempre.
— O que está acontecendo? — Mel, para não envolver os filhos no assunto ou preocupa-los, conversava com a amiga na cozinha, de onde podia observá-los a distância.
Daiana suspirou curvada sobre a mesa de jantar, olhando para a xícara de café quente e recém preparado entre as mãos.
— Sei que são terroristas, aparentemente. Estão contrabandeando alguma coisa, e o John e o Lemar foram impedir e descobrir o quão mais profundo é esse ice berg — bebericou um pouco do líquido escuro que desceu amargo por sua garganta.
Com aflição estampada em sua face, a mulher do outro lado da mesa, mas escorada no balcão, assentiu pensativa. Daiana a observou por alguns instantes quando o silencio melancólico as envolveu, mesmo tendo risadas infantis vindas da sala bem ao lado.
— Desembucha — Daiana mandou de repente, atraindo sua atenção.
— O que? — Piscou confusa.
— Você não para de se mexer. Olha para qualquer lugar, menos 'pra mim — semicerrou os olhos atentos. — Fala logo o que quer me falar.
