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_____oi, eu sei que eu devia ter postado isso ontem porque as sextas é o dia que eu combinei comigo mesmo que ia postar essa história, mas eu sou uma procrastinadora meio lerda e eu juro que eu achei que já tinha revisado esse capítulo e daí, eu falei, hm, amanhã cedo aposto; final da história, não eu não tinha revisado e então eu fiz isso de tarde me desculpem ;-;

_____esse aqui é um capítulo menos agitado, espero que gostem e boa leitura!!









004.
 



A vida na casa de Sirius era quieta. 

 Não tinha pessoas falando e carros passando o tempo todo. O silêncio predominava o dia inteiro numa calmaria agonizante que fazia Zero esperar por qualquer notícia ruim que o faria ter que fugir de doutores de ternos que ele sabia que ainda estavam ali, em algum lugar do mundo. 

 Porém nada acontecia, e eles continuavam seguindo a rotina. 

 De manhã, Zero acordava e Sirius lhe dava um bom dia rouco enquanto preparava o café da manhã, ovo frito sendo a primeira opção sempre, o café estranho e sem açúcar vindo como acompanhante. Eles conversavam sobre a noite e "eu não sonho. você dormiu bem?", "eu dormi sim, sono pesado e tranquilo" sendo mais que automático. 

 A tarde, Sirius se trancava no quarto e Zero em frente a televisão enquanto aprendia um montão de palavras novas e maneirismos que não combinavam consigo mas que ele imitava até se sentir bom o suficiente, se sentir como alguém que tinha um nome e uma casa e uma vida e um tio lhe chamando para um jantar tão desconfortável e cheio de palavras não ditas que tirava a água da boca. 

 E de noite, por fim, cada um ia pro seu quarto e Zero encarava o teto do quarto vazio enquanto escutava os soluços engasgados de choro ao quarto ao lado. 

 Sono tranquilo, Sirius dizia. Ainda bem que Zero não confiava em ninguém. 




 Sirius o encarou, o corpo tenso no sofá. 

 Ele parecia estar pensando em algo sério, pelo cenho franzido. Suas mãos não paravam de se apertarem e seus pés só pararam de bater quando ele anunciou:

 "Eu te matriculei numa escola." 

 Os olhos de Zero se arregalaram ao mesmo tempo em que ele inclinava sua cabeça. 

 "Sabe, é um lugar cheio de crianças da sua idade onde você vai aprender um monte de coisas. Vai ser bom pro seu desenvolvimento e eu acho que você vai gostar, também." 

 Zero abaixou seus olhos, as mãos brincando uma com a outra. Sirius tinha o costume de o explicar cada palavrinha que falava porque achava que Zero era burro, mas Zero não era tanto. Ele sabia o que era uma escola e ele já aprendia um monte de coisas em casa, com a televisão – o que era escola e o que era burro sendo uma delas. 

 Parecendo prender a respiração, Sirius se remexeu no sofá:

 "Tem algum problema, por você?" 

 Zero ergueu somente os olhos, encontrando Sirius o encarando como se fosse um cachorrinho abandonado – viu só, ele tinha aprendido um monte de coisas com a televisão. 

 Sentindo seus braços formigarem ao dar de ombros, Zero sussurrou:

 "Tudo bem." 

 O som surpreso que Sirius fez o irritou e tudo o que Zero queria falar era que não estava nada bem e ele não queria uma escola e nem queria estar ali, naquela casa. E que se pudesse ia embora agora mesmo e ainda levava sua professora pessoal e brilhante. 

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