wrong souls, HARRY POTTER

018.

018.

 Harry e Draco combinaram de se encontrar na lan house do único shopping de Hogsmeade. O problema é, que talvez, Harry não soubesse o significado de nenhuma das duas dessas coisas.

 Ron, então, deixou seu queixo ir ao chão quando viu a cabeleira loira no meio daquela sala cheia de telas brilhantes.

 “Você veio encontrar ele!” berrou baixinho, os olhos se esbugalhando. 

 Harry encolheu os ombros. Talvez ele devesse ter pedido ajuda a Hermione para achar o caminho do local, não a Ron.

 “É?” Harry perguntou baixinho.

 “É! E eu pensando que você queria conhecer as maravilhas da tecnologia! Já estava até pensando em te mostrar como jogar Free-Fire e mine-”

 “Harry! Ron!” uma voz conhecida gritou ao fundo. Harry entortou a cabeça.

 “Hermione?” ele espiou entre as pessoas. A menina vinha caminhando em passos rápidos em direção a eles, uma sombra às suas costas. “E Ginny?”

 “Oh, Hermione! Que coincidência!” Ron ergueu os lábios de uma maneira estranha, endurecida. 

 “É?”

 “É!” 

 Eles trocaram um olhar estranho também, Harry espiou Ginny e deu uma olhada em Draco. Os dois se vestiam quase igual, a diferença era que o moletom de Ginny parecia querer engoli-la e o de Draco parecia o deixar mais confortável, mais solto. Ele percebeu, logo de cara, que todos eles ali não era uma coisa boa.

 “Eu e Ginny viemos lembrar dos velhos tempos,” Hermione falou tranquila, calma. Ron fez uma careta:

 “Aparentemente, eu só vim trazer Harry e já vou embora.”

 “Eu posso ir com você, Rony.” Ginny sussurrou baixinho, remexendo as mãos nos ombros.

 “Por que?” essa foi Hermione.

 “Porque ele veio conversar com o outro amigo dele ali.” apontou emburrado para Draco, encarando a tela do computador com as sobrancelhas franzidas. 

 “E por que nós não conversamos todos juntos?” Hermione questionou, Ginny crispou os lábios e Ron fez um som indignado.

 “Hã-” Harry tentou falar em meio aquele tanto de energia ao seu redor. 

 “Hã o que, Harry? Nós não podemos ficar com vocês superpoderosos?”

 “O que? Não!”

 “Então qualé do hã?”

 “Nada. Eu só-”

 “Acho melhor nós irmos embora mesmo. Ginny?”

 “Okay.”

 “Não! Vamos ficar aqui, juntos. Draco!” Hermione chamou alto, o garoto virou a cabeça tão devagar que parecia já saber que eles estavam ali.

 Harry não ficaria surpreso se soubesse, mesmo.

 De repente, todos ficaram quietos.

 Harry sabia que Ron tinha criado uma antipatia por Draco desde que o conheceu, no porão. E ele entendia, porque todo mundo tinha uma antipatia por Draco. Mas Harry não estava entendendo o porque ele não queria ficar nem uns minutinhos só perto do outro, porque o que Harry queria com ele era muito importante. Harry também não estava entendendo o porque Hermione queria obrigar a todos a ficarem ali, preso com o Draco. Nem o que Ginny estava fazendo ali, presa com Hermione e agora com o-