Pov: Shinobu
Estou em meu laboratório procurando um livro específico de Plantas Medicinais. Depois que Tanjiro me deu informações a mais sobre venenos e Onis no dia anterior, estou tentando descobrir combinações para venenos, assim posso adicionar na minha Katana até melhorando no extermínio dos Onis.
Encontro o livro com sua capa bem judiada e antiga em um armário pequeno. O pego e sem querer, cai outro livro no chão. Reconheço aquele livro, era o diário de coleta de borboletas que eu e minha irmã fazíamos quando menores.
Tínhamos o hábito de quando encontrássemos borboletas já sem vida, estudar suas cores e estruturas. Era bem legal. Mas não perco tempo lembrando do passado.
Pego o livro o qual procurava e vou logo localizando as páginas que eu preciso para sincronizar meu raciocínio com as outras 5 páginas de livros diferentes em minha mesa.
Percebo que a junção de alguns venenos realmente se assemelham à descrição do Ruivo. Começo a anotar e a criar algumas composições interessantes e talvez necessárias mais para a frente.
Fico muito concentrada, tanto que nem percebo após 5 batidas na porta. Só depois de gritarem lá fora que vejo que entraram de repente na minha casa.
Levanto meu olhar e lá está Giyuu com passos apressados e chega até mim com uma feição determinada já pegando em minha mão e me levando correndo para fora sem nenhuma explicação.
- O que você está fazendo?! - isso foi muito rápido e a cabeça de Tomioka parece estar em outro mundo.
- Ataques. Ao lado do lago, você precisa vir. - ele diz isso com preocupação na voz e depois olha para mim. Percebe que ainda está de mão dada comigo e solta com um pouco de timidez.
Tenho que admitir que foi fofo. Mais tarde encho o saco dele por causa disso.
Estou com minha Katana, por incrível que pareça, mas nem devia por conta de ser de dia e não haver nenhuma Oni, porém, hoje tem uma ameaça, e isso é estranho. Principalmente por estar do lado daquele Lago.
Tomioka está na minha frente, por puro orgulho, não me deixo ficar para trás e acompanho ele com um pouco de esforço.
- É aqui!
Paro a corrida e já sinto a tensão crescer, escuto uma risada não humana logo atrás de mim. Dou um pulo para trás me afastando do que quer que fosse isso e Tomika chega ao meu lado sacando a Katana e golpeado um grande ser que parecia um dragão azul turquesa.
O suposto dragão desvia com muita facilidade.
- Ora ora se não são esses dois...
Dou uma breve olhada em Giyu para ver se ele sabe de algo.
Ele não me olha de volta mas apenas sussurra em meu ouvido.
- Vai por trás dele ~
Essa voz em meu ouvido me dá uns arrepios. Uma pessoa normal obedeceria o que ele diz, mas esse ser tão esquisito e utópico me deve mais explicações. Apenas passo para a frente de Tomioka e esboço um sorrisinho irritante.
- Olá, podemos fazer uma troca, conversamos quem somos e por que deveria nos temer.
O Dragão solta uma gargalhada agora. Esse ser parece como líquido, e flutua sem precisar de suas asas.
- Eu não temo vocês dois, são apenas humanos vulneráveis quando se refletem em mim, e vejo suas dores. - Uma voz feminina diz isso e ela se movimenta com uma graciosidade tremenda perto de mim. - Você consegue ser tão tola, menina... - ela diz fingindo ter dó.
Controlo minha raiva. E permaneço com o sorrisinho
- Se me conhecesse de verdade não me chamaria de tola.
- Ah! Não é isso que parece, Shinobu Kocho.
Então a ataco rapidamente em uma parte do seu corpo e aproveito para pular para trás da Drogoa.
O ateque bate nela, mas ela se esguia e me ataca na perna. Pulo a tempo mas o que me salva é os cortes que Tomioka faz no corpo do bicho.
A dragoa se regenera depois de alguns segundos. Ela dá um sorrisinho significativo para nós dois.
- Que fofos. - nos ataca de surpresa pelas costas e nos machucam e molham por sua pele ser considerada líquida. Mas nisso nenhum dos dois perdem tempos, eu e Tomioka cravamos nossas Katanas nela até que ela começa a urrar e se afasta de nós.
Meu veneno começa a fazer efeito.
E assim ela foge para o lago e não volta.
Estou toda molhada, e vou atrás dela. Ah mas ela não vai fugir assim não. Por mais que o veneno lhe fizesse mal, ela certamente não vai morrer só com essa dosagem.
Chego na beirada do lago pronta para entrar e matá-la, mas duas mãos me puxam para longe.
- Não, Kocho!
O encaro com os olhos fervendo.
- Me solta! Não vou deixar esse bicho viva. - tento me soltar mas ele me guia para mais longe do lago. - Você não deveria defender esses seres. - digo e desisto de fugir e fuzilo Tomioka com meu olhar.
- Shinobu, quem entra naquele Lago morre na hora. - Agora ele para de me levar para longe e pega nos meus ombros para me olhar.
Começo a falar o que vem na cabeça.
Começo a avançar minha direção na de Tomioka.
- E como é que sabe disso? - avanço ficando a pouco centímetros de distância dele e o encarando intensamente. - Conhece esse bicho e não falou nada?
Tomioka parece apresentar um pequeno sinal de raiva por eu estar falando com ele desse jeito. Mas não me importo agora. Pois ele tem escondido coisas.
- Descobri essa dragoa faz um tempo. Tentei matar ela também. Mas depois disso ela desapareceu. - Ele diz isso mas sua raiva vai dissipando, mas não quebra o contato visual. - Depois disso fui procurar você, e agora faz todo o sentido, o porquê daquele Lago ser estranho é por causa dela. Ela controla o lago e mata os outros quando desejam entrar na água quando se veem mortos e com sangue. E você morreria se entrasse nele.
- Tem que ter um jeito de acabar com ela! Ela sabia meu nome, de algum jeito, ela sabia de muitas coisas. - Começo a ficar com muita raiva. Acumulei tudo que guardei até nesse momento e quase estourei. Ainda estou na frente de Tomioka e ele parece perceber.
E ele me abraça.
Segura a parte de trás da minha cabeça em meu ombro e encosta bem de leve a outra mão em minhas costas fazendo um carinho.
- Pode ficar com raiva. Depois de tanto tempo guardando para si, pode sentir raiva comigo.
E tudo o que tinha de lógico para mim perdeu sentido. O abraço de volta envolvendo meus dois braços nele com toda a força que eu tenho que acumulei de raiva e começo a chorar.
Eu me acostumei a esconder meu ódio por Onis e as injustiça deles. Mas ódio é um sentimento horroroso. Você se cansa dessa raiva, um sentimento que faz se perder e se esquecer de quem você é.
E agora alguém percebeu isso e me ajudou. Não me julgou.
Meu choro é silencioso, mas Giyu respeita meu tempo e deixa eu molhar seu Haori com lágrimas. E toda a tensão que tinha nos meus músculos se relaxam por poder me libertar dessa sensação. E minhas lágrimas se seção. Continuo aninhada a ele apenas com minhas respirações altas e o mesmo me guia para sentarmos ao pé de uma árvore.
Tomioka me envolve com um braço e eu apoio minha cabeça em seu peito. Escuto seu coração mudar de ritmo cada vez mais e acho que vai ter um ateque de coração.
- Obrigada, Giyu. De verdade.
Ele faz um carinho no meu braço.
- Fico feliz que você confiou em mim pra isso. - ele diz num sussurro. E apoia um pouco da sua cabeça na minha.
Agora é a vez do meu coração disparar. Nunca me senti tão segura como agora, nunca.
Também nunca quis admitir isso, mas estou mudando minha visão que tinha antes de Tomioka. Sempre gostei de conversar com ele, mas agora é mais ainda. E me pego pensando com mais frequência nele.
Isso é um pouco perturbador. Mas bom.
- Posso te chamar de Giyu? ~ - Sussuro baixinho e sorrio impulsivamente.
Ele parece demorar um pouco
- Pode ~ - solta um risinho. - Posso te chamar de Nobu? - Giyu diz brincando.
- Tenta me chamar assim pra você ver. - digo fingindo braveza e rindo logo em seguida. Levanto a cabeça para encarar aqueles olhos e me deparo com um sorrisinho verdadeiro estampado em seu rosto que me faz sorrir de volta.
Então começo a encarar a sua boca, e ele faz o mesmo, mostrando que a intenção de nós dois parecia ser a mesma.
Giyu se inclina levemente e me beija de um jeito tranquilo e com calmaria. Retribuo seu beijo e ficamos por alguns minutos assim. Apoio uma de minhas mãos na sua nuca e ele apoia a dele na minha.
Essa é a sensação de amar alguém. Uma pessoa que cuida de você e se preocupa. Antes eu não entendia mas agora eu entendo. E eu não me arrependo disso.
Depois dos beijos, ficamos nos encarando a alguns centímetros de distância como se visse cada pedacinhos da beleza do outro. E depois conversamos, rimos e decidimos ir caçar Onis juntos à noite.
O que eu não esperava era que os ataques dos Luas Superiores seriam hoje.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Eaí gnt?? Esse beijo rolouuuu aaaaaaaaaa finalmente! Os dois perceberam que gostavam um do outro e demonstraram 💗
E é agora começa os ataques dos Luas Superiores... os Hashiras não têm um minutos de paz kakakakaka
Mas o que acharam desse capítulo? Quais são suas teorias? E sobre Tomioka e Shinobu?? Deixem aí seus comentários que eu leio todosss 💘💞
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Entre Perigos e Amores - Tomioka & Shinobu
Fanfiction》Depois de Tomioka Giyuu estar um pouco suspeito, Shinobu Kocho decide ir atrás do que o Misterioso Hashira anda fazendo em segredo. Quanto mais tenta descobrir, mais em perigo sua vida fica. O que estaria por trás de tudo isso? A Menina Borboleta...