Lua Superior 1

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Pov: Giyu Tomioka

Correndo agora por conta própria em direção onde Hinaki estava escondida, passo aos arredores da Eclosão total da Guerra.
  Sangue fluía fervendo em minhas veias, mas logo o amanhecer vai aparecer para nós ajudar. E com todo o suporte, Muzan não fugirá tão fácil.
  Quanto mais corria, mais amarga minha boca ficava, ver corpos destroçados onde passava me faziam ficar mal. Mas agora não é hora de pensar nisso.
  Meu foco é acabar com a Oni traidora. Ela não pode ficar viva, vai prejudicar nossos ataques se controlar nossa mente.
  Viro em um lugar específico entre as árvores reconhecendo onde ela se escondia, continuo correndo sem parar.
  Meu plano é chegar com tudo por trás, cortando seu pescoço sem perceber minha presença a tempo. Se reparasse em mim, poderia de novo dominar minha mente, então preciso dar um lance certeiro.
  Pulo ficando sobre uma árvore olhando para os lados. Então a vejo.
  Decapitada.
  Uma pessoa, um homem de cabelos platinados de costas, com a cabeça da Oni em suas mãos.
  Pelo visto, acabou de chegar, pois a Garota grita indignada e desintegrando devagar.
— ... Você deve ser o Yushiro, escutei bastante sobre o Oni não subjugado por Muzan...
— Deveria ao menos me temer, traidora do próprio sangue. Ah! Verdade! Você já vai morrer não preciso me preocupar com isso. — o Platinado fala com um ar debochado e joga a cabeça dela no chão e chuta para longe.
  Bem merecido.
Ela continua a berrar, e desço da árvore para saber se esse homem é uma ameaça.
  Hinaki disse algo como se ele fosse um Oni. Isso é estranho. Único Oni o qual vi não sendo subjugado por Kibutsuji Muzan foi Nezuko Kamado... Não desconfio mais de nada, já vi tanta coisa que não duvido esse daí ser um Oni também.
Não perco tempo e num instante imobilizo o Platinado por trás.
  Ele parece surpreso, mas não assustado. Mesmo eu o sufocando com a Katana.
  Destemido, ele apenas diz:
— Estou do seu lado, Giyu Tomioka. Estou lutando com os Hashiras. – olho de soslaio de sua vestimenta de Caçador de Onis, mas não baixo a pressão.
— Por quê um Oni ajudaria a Organização? – Digo com dureza e sem ressentimento.
— Eu ajudei a libertar corvos e com a Arte Demoníaca do meu sangue consegui matar aquela Oni que te controlou até agora. – o suposto Yushiro esclarece enraivecido. Provavelmente sua paciência já se esgotou.
— Qual é? Acha que eu sei de tudo isso e uso a favor de Muzan?! Eu acabei de matar aquele desgraçada!
  Ele tem um ponto. Mesmo que não tenha cheiro de um, ele é mais forte que um humano para a estrutura dele, fazendo eu ter certeza que é um Oni.
  Retiro a espada ainda desconfiado.
  Ele se levanta reclamando em tom baixo. O ignoro e encaro seu rosto pálido.
— Se está mesmo de nosso lado, vamos para a Guerra.
— Eu já estava indo.
  E ele segue na mesma direção do barulho.
  Vou atrás.

~

Por onde eu chego, a luta é feia contra um Oni gigantesco. Que tinha 6 olhos e espadas saindo de seu corpo por todo canto.
  Pelo visto seria a Lua Superior 1.
  Vejo Gyomei correndo junto com seu armamento desviando de ataques contínuos dele. Sanemi entra na luta tentando atrasar os movimentos do Oni sobre o Grande Hashira.
  Vários Espadachins estão ao redor lutando contra o que quer que atrapalhasse a nossa luta e alguns outros estão ajudando os feridos.
  Vejo também Tangen, Mitsuri e Muichiro partindo para cima do Oni pelas suas costas.
  Tangen está urrando de dor, sua roupa está toda ragada, mostrando cortes profundos. Não muito diferente de Muichiro e Mitsuri, ambos também apresentavam sangramento feios.
  Sem pensar mais nada, corro até a cena manejando a Katana da forma certa.
— Gente, Sou eu, Tomioka. – grito alertando todos os Hashiras presentes que cheguei.
  Perceberam minha chegada apenas aceitaram. Não havia tempo para perguntas.
  Por trás, meu objetivo é incapacitar o inimigo, e com um mutirão de Caçadores, facilitar a decapitação do Oni.
  Perto dele, vejo que é gigantesco e medonho, as grandes facas que saem de seu corpo servem para o proteger completamente. Só conseguiremos revidar se formos perfurados por essas lanças.
  Me aproximando de suas costas, combatendo contra as facas, uso até minha respiração 4° Forma para tentar rompê-las com varios ataques contínuos, mas elas chegavam a se desgastar, mas permaneciam ali.
  O Lua Superior está mais preocupado com os Hashiras em seu campo de visão, fazendo com que continue sem parar meus ataques incessantes.
   Era um ser diferente, usava estilos de respiração como um Caçador de Extermínio, e com uma delas, lançou uma a sua frente, e rápido, projetou para trás de si, me acertando sem me dar conta a tempo.
  Sou jogado a alguns metros de distância com uma força a qual me atingiu no ombro esquerdo, me derrubando mas recompondo em segundos, assim, vou na sua direção.
  Seu atentamento, neste momento, vai para mim. Virá totalmente em meu campo e uma Forma de Respiração parecida como tiros de revólver em formato de lua e a distância entre nós diminui.
  Mesmo sendo um ataque ágil, consigo desviar de todos correndo, pequenos pulos e agachamentos. Chegando próximo a mim, o Lua Superior vem com tudo por cima, com sua Katana diferenciada em suas mãos, pronta para cravar em mim.
  Dou um impulso para trás para que o choque de sua jogada atinja o chão, mas o Oni era rápido, e não consegui o fazer a tempo e uso a minha Katana para proteger acima de meu corpo.
  O choque entre as espadas me fazem ter uma posição desvantajosa, que me empurra contra o chão e me projeta para trás. Além das espadas, com seu corpo robusto e afiado pelas lâminas, elas acertam meu pescoço e meu peito.
  Meus dentes rangem como demonstração de dor, foi um tanto profundo o do peito. Pretendia afundar mais com as facas em mim, mesmo eu tentando combater a mesma força entre as Katanas principais, ficava mais difícil gerir a força extrema.
  Algo chega a tempo de atacar a cabeça do Lua Superior, fazendo com que seja afastado alguns centímetros de mim e suas duas lâminas saiam quando consigo me opor a sua força. Corro para trás tocando no ferimento e guardo a Katana, preciso só de um tempinho. Sinto o sangue escorrer pela roupa do esquadrão e entre minhas mãos.
  Solto uma aflição em voz alta, mas convém eu entrar novamente, a Hashira do Amor foi quem conseguiu distrair o Oni para que conseguisse sair dali.
  Volto à luta mais centrado, chegando pela lateral agora. Sigo fazendo ataques contínuos naquelas lanças ao redor dele com mais força e raiva, as laminas começam a desgastar mais dessa vez e consigo sim quebrá-las.
  Com certeza ele percebeu, mas estava acanhado com todos os outros lutando contra si.
— Argh!! – vejo que Yushiro está na batalha, frente a frente com o Lua Superior, mas percebo que esta em posição de defensiva. Observando melhor, percebo que protege Tengen, que está caído com ferimentos expostos.
  Saio do meu posto à sua lateral e impeço que o Oni foque no Hashira, que eu desejava não morresse.
  Foco na minha respiração e lanço um ataque em sua cabeça, fui perfurado com suas lâminas no ombro direito mas continuei sem hesitar, era uma jogada certeira onde poderíamos ganhar tempo.
  O Lua Superior percebe, mas não tão rapidamente quanto uma parte do meu ataque o acerta na tâmpora. Perfurando até sua testa. 
  Agora ele desvia e me atira para longe junto com uma de suas facas que havia me ferido.
  Mas uma coisa ele não conseguiu desviar.
  Mitsuri, Muichiro, Rengoku e Obanai chegam de diversas direções, todos ao mesmo tempo atacando-o com suas respirações mais fortes.
  Tenho um vislumbre de diversas cores que correspondem a cada Hashira antes de cair com tudo ao chão junto com a lâmina presa em meu braço.
  Fico paralisado por um segundo até me sentar e tirar a longa faca que perfurou meu braço até em sua outra extremidade.
  Isso foi terrível, e poderia certamente morrer se não fechasse essa fratura.
  Minha visão treme e quando me levanto, cambaleio enquanto ando até a cena da Guerra.
  Eu não posso deixá-los na mão agora. Todos estão sacrificando a sua vida.
  Corro sentindo meu corpo cheirar sangue e meu cérebro a milhões com todo o barulho presente.
  Portanto, isso parece me fazer acordar de algum jeito.
Com a Katana posta na mão esquerda, sei como manuseá-la com toda a certeza desse mundo.
  O Oni estava em desvantagem, sem conseguir controlar com todos ali.
  Via que suas lâminas estavam se quebrando, muito, muito e muito mais. Agora era a hora. Precisava ser naquele momento.
  Tudo estava claro no instante, tudo pré-definido. Era como se eu necessitasse fazer aquilo.
  Atingi uma velocidade que não sabia que poderia. Meus pés pesavam gotas de águas e meus braços agiam naturalmente com uma força indescritível.
  Nunca senti isso antes.
  Estou na em sua frente.
  Pulo com altitude.
Respiração da água, 12° forma – Sibilo baixinho com o misto de sentimento que eu tenho em mim.
  Então, seu corpo é estraçalhado por fora. Todas as suas lâminas são rompidas pela correnteza que minha Katana produz. Não só exteriormente.
Vejo que a mesma intensidade da água que afetou o seu externo, ataca agora seu interior.
  E não estou sozinho nessa.
  Gyomei e Sanemi chegam atacando o Lua Superior.
  O Hashira do Vento impossibilita as mãos deles, amputando seus dois braços se uma vez, o Hashira da Pedra também não perde tempo. Chegando com suas correntes e envolvendo o corpo completo do Oni.
  Isso!
Outros Hashiras compensam ao redor, sem que ele consiga se mexer, e minha Katana rompe o pescoço do Lua Superior 1.
  Todos destroem totalmente o Oni sem que ele possa se regenerar.
  Nós conseguimos. Eu consegui.
  Decapitei-o.
  Consigo apenas ficar surpreso e com a adrenalina a mil.
  É tanta informação em tão pouco tempo.
  A guerra ainda não acabou.
  Ainda não.

Pov: Shinobu Kocho

  Nada ia bem.
  Tentar fazer outro antídoto como o anterior junto com Tamayo estava cada vez mais complicada.
Não tínhamos os respectivos utensílios para testes e diferenciação. Estávamos abaixo de uma árvore tentando fazer o máximo rápido e certo possível.
  Depois de Giyu ter aparecido "possuído", a cura é mais que precisa.
  A guerra eclodia há alguns metros, a gente conseguiria acabá-la com mais um frasquinho.
  Faltava alguma peça do quebra-cabeça para que funcionasse completamente o antídoto. Nem eu nem Tamayo descobrimos qual elemento faltava.
Tínhamos glicínias, sangue de onis superiores, anticorpos humanos e um estimulante de DNA humano controlador.
  Avançando com cada componente, minha cabeça estava fervendo.
  Tinha que manter a paciência para poder fluir. A mínima mutação indesejada nas misturas causariam problemas maiores.
  O destino estava com a gente.
  Engulo seco e sinto o lembrete do corte em meu pescoço doer. A Oni me ajudou a cessar o sangramento. Tudo estava me dando ansiedade, mas não tinha tempo para isso.
  Os barulhos externos ficavam mais alto e meu foco era afetado. Meu coração batia querendo surtar.
  Eu preciso aguentar. Só mais um pouco.
  Com cuidado e rapidez continuo o processo, não era fácil fazer um frasquinho sequer, e ainda mais com o tempo apertado...
  Só consigo olhar para os frascos e pensar cada vez mais e mais.
  Não dá.
  Os sons ao redor começam a aumentar e meu coração parece explodir.
  Paro tudo que estou fazendo e tampos meus ouvidos com as mãos.
  Estava insuportável.
  Fecho meus olhos também e de repente sinto que não consigo respirar. Abro eles desesperada e tenta buscar ar em meus pulmões. E nada.
  Consigo ver uma Tamayo se aproximando mas ao mesmo tempo que a vejo é como se fosse uma coisa vaga e que a consciência já esquecesse.
  Então estou de volta a luta de Douma, onde não respirava. Onde minha morte já estava pronta. Vários flash's voltam e me lembro. Dele me atacando. Dele conversando. Sobre o quê mesmo...?
  Kanae.
E outra memória volta.
Mas... eu não tenho lembranças disso.
— Shinobu. Respira. – diz com o tom de voz que eu mais tinha falta, mas o que se destaca é seu jeito autoritário de fala.
  Com ela parada a minha frente. Tenho tantas perguntas, mas não consigo formular nem raciocinar.
  Foco mais ainda na respiração, é desesperador. Forço para que o ar entre mas algo impede dentro de mim. Estremeço sentindo minha consciência indo e voltando, fazendo breus em meus olhos.
  Relutante, mais ar adentra no meu peito e consigo ter uma respiração plena.
  Fico ofegante, inspirando e expirando.
— Isso é um ataque de pânico. Mas agora presta atenção. – a Kanae da memória não captada me alerta com uma feição séria. — Você é capaz. Eu confio em você. Lembra daqueles livros na sua estante? Pense neles, em todas as plantas e remédios que elas proporcionam.
  Pisco várias vezes com dúvida.
— Vamos. Você me prometeu que minha morte valeria a pena.
  Isso me despertou.
  A Kanae que estava na minha frente sumiu, e consigo ver Tamayo preocupada comigo.
— Ah, obrigada, Tamayo... – respiro já tentando organizar meus pensamentos. — Acho que já sei como podemos continuar o antídoto.

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  Irruuull, agora tá bom, hein?!
Desculpa o capítulo pequeno, é para compensar o próximo capítulo épico.
  Bom gnt, eu dei uma bela de uma sumida, me desculpem!
Mas foi necessário para mim, eu pretendia acabar com a fanfic em Janeiro para ficar tudo certo, porém percebi que estava mais tentando cumprir meta do que me dedicar e entregar uma boa história e digna da sua leitura. Então agora sim, as coisas melhoraram e consegui entregar o esperado.
  O que estão achando?
  Aproveitem a aventura ;)...
 

Bjss da autora ❤️‍🩹

Entre Perigos e Amores - Tomioka & Shinobu Onde histórias criam vida. Descubra agora