Borboleta em perigo?

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Pov: Tomioka

Enquanto uns estão dando atenção a Shinobu, estava segurando a mão da criança a fim de levar ela no hospital até que Muichiro Tokito vem até mim.
- Quem é? - diz olhando o menino que está com os olhos vermelhos e aparentemente muito cansado.
- Shinobu e mais 5 crianças foram capturadas por algum outro ser estranho da floresta. Estou trazendo elas aqui no hospital dos Hashiras para relatarem o que houve. Já preciso voltar lá e buscar as outras. - não pensei em convidar, mas estava sem paciência e trazer cada criança por vez - Quanta mais gente para ajudar melhor. - digo olhando para Muichiro e já levando a criança para o hospital.
- Eu vou, então. - diz Muichiro - E vou chamar outros.
Apenas deixo a criança no Hospital dos Hashiras e Aoi já vem ajudar o menino.
- Oh! O que acontece com ele?! Esses olhos vermelhos só podem ser veneno de uma planta específica... - Aoi olha para mim - Obrigada por trazer, Tomioka.
Solto a mão do menino que logo corre para longe de mim, me olhando com medo.
- Não chega perto de mim!
Apenas franzo, muleke abusado, estou dando ajuda para ele e me trata assim?
- Deveria estar me agradecendo - Digo e saio. Estranhamente isso lembrou minha infância.

Então eu e mais 3 Hashiras: Muichiro, Obanai e Sanemi fomos buscar as 4 crianças que faltavam. Mostro o local e 3 delas estão quase caindo, e a quarta, uma menininha que eu chutaria cinco anos, olha para mim e reconhece meu rosto de antes.
Ela sai correndo com toda a sua força e abraça minha perna.
- Você voltou! Você voltou! - Diz a menina, chorosa e tremendo muito. Estava soluçando.
Fico surpreso por ela me abraçar sem hesitar. Sinto uma pontada de compaixão. E tentando amenizar a situação da menina me agacho e a seguro no colo sem jeito.
- Ehh... calma... Tô aqui. Qual o seu nome?
- É Gi. - ela me abraçar mais forte que pode, e perde a força à medida que passa.
Gi. É um apelido. Mas vou chamá-la como ela quiser.
Estranho que nenhuma criança gostou de mim. Nunca. Creio que ela perca esse interesse quando for embora para sua casa. Apegar não é uma frase bem-vinda para mim.
Vejo os outros Hashiras ajudarem algumas outras que crianças que também surtam e têm medo, mas depois de tanto perrengue, fomos a caminho da Mansão dos Hashiras.
Achei que a menina tinha desmaiado nos meus braços mas ela de repente fala um pouco alto e os outros escutam.
- Aquela mulher era sua inimiga?
Hum. Inimiga? Não. Mas também não chamaria de amiga. Shinobu é com quem eu mais converso mas não temos aquela intimidade de amigos. Mas ao mesmo tempo podemos ser consideramos amigos devido às circunstâncias.
- Não.
Sanemi ri da situação. Olho para ele com um olhar neutro.
- Shinobu? Inimiga dele? O que rolou, menina? - diz Sanemi debochando, mas Gi não entendeu.
- Eles pareciam bravos! Um não fazia o que o outro queria. Mas no final a amiga dele tinha razão. - e ela ri um pouquinho e começa a tremer de novo.
Choque de realidade **
Até explicaria meu lado, mas era uma criança, seria inútil explicar. Então suspiro.
Os outros Hashiras riem e eu... coro?? Aff.

Chegamos no lugar e deixo Gi no hospital, mas ela não queria me largar. Por quê? Não sei. Ela estava teimando que queria ficar grudada em mim. Depois que falo que ela vai ganhar um brinquedo se ela ficar na sala até melhorar, ela me solta.
Pronto. Onde eu vou achar um brinquedo?!?! Ah, eu procuro um peixe num lago coloco numa bacia grande e funda. Espero que assim ela goste.
Apenas mostro para Aoi que machuquei minha tâmpora mas foi superficial. Então ela coloca uma pomada e diz que posso sair. Única coisa estranha foi não ver Shinobu ali, ela deveria ficar descansando pelo menos.
  Eu deveria descansar também. Mas saio da mansão e vou a um lago que sempre fico. Nele tem algo paranormal. Toda vez que vai se vê, no reflexo do lago, aparece lugares do corpo cheio de sangue e minha Katana começa a sangrar sozinha. Não deveria voltar aqui, é esquisito e medonho. Mas é onde eu vejo a realidade das coisas: simples mortais. Então vejo algo de diferente no lago: uma borboleta pousa exatamente em um dos lugares sangrentos. Mas não era uma simples borboleta, era uma roxa. Shinobu. Ela está em perigo?
E assim a borboleta voa, para longe.
Shinobu precisa de ajuda? Isso parecia um presságio. Terei que ficar de olho nessa Borboleta irritante.

Entre Perigos e Amores - Tomioka & Shinobu Onde histórias criam vida. Descubra agora